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Para ler com calma. Bradley Cadenhead, adolescente do Texas, nos Estados Unidos, se tornou vítima de bullying constante no ensino médio, e abandonou os estudos aos 15 anos. Em seu quarto, ele passou a utilizar a plataforma Discord e desenvolveu o grupo 764, que chantageava crianças para obter imagens explícitas, além de incentivar vítimas a cometer crimes dos mais diversos. A falta de moderação efetiva do Discord permitiu que suas atividades continuassem mesmo após denúncias. Somente em 2022, após várias contas criadas por Cadenhead, a empresa tomou medidas mais drásticas. O jovem foi condenado a 80 anos de prisão. (Washington Post)

“Todo mundo sabe que o Twitter deixou de existir.” Essa é a justificativa do advogados do X para não pagar uma multa de US$ 610 mil imposta à plataforma em fevereiro do ano passado, um mês antes da compra pelo bilionário Elon Musk, pela Comissão de Segurança Digital da Austrália. A punição se deveu ao Twitter não responder a questionamentos sobre proteção a menores na plataforma. No julgamento, previsto para terminar nesta terça-feira, a defesa alega que a multa perdeu a validade com o “fim do Twitter”, enquanto a promotoria sustenta que a simples troca de proprietário e nome não anula as responsabilidades da plataforma. (Guardian)

Em entrevista ao Valor Econômico, Benjamin Mandel, economista com passagens pelo Federal Reserve, banco Citi e J.P. Morgan, e que agora integra a frente da pesquisa econômica da Jubarte Capital, no Brasil, descreveu a política monetária brasileira como a “motorista” da economia, em contraste com a americana, que ele classifica como “passageira”. Enquanto o Banco Central do Brasil se prepara para aumentar a taxa Selic, o Federal Reserve dos EUA deve cortar os juros. Essa diferença, segundo ele, reflete as peculiaridades da economia brasileira, entre as quais a sustentabilidade da dívida pública e a credibilidade do Banco Central.

A dedicação exclusiva aos estudos e a atividade adequadas à idade está longe de ser uma realidade para crianças e adolescentes no Brasil. De acordo com um estudo da Equidade.info, com dados até maio deste ano, 39,4% dos menores que frequentam escolas no país dizem também trabalhar para ajudar no sustento da família. O número difere dos 4,9% apontados pelo IBGE, mas segundo os pesquisadores a Equidade.info, ligada à universidade americana de Stanford, a divergência está principalmente no universo de entrevistados. Enquanto a pergunta sobre trabalho infantil e adolescente é feita ao adulto responsável pelo domicílio, a pesquisa ouviu diretamente crianças, adolescentes e professores. (Folha)

Está marcado para hoje o evento It's Glowtime, da Apple, em Cupertino, na Califórnia, para revelar o novo iPhone 16. É amplamente esperado mais detalhes sobre a nova linha de smartphones e como a inteligência artificial pode se encaixar e melhorar os celulares. Em junho, a empresa apresentou uma abordagem de IA generativa focada em melhorar a experiência do usuário, mas atrasos no desenvolvimento podem adiar a entrega dessas melhorias apenas em 2025. Analistas sugeriram que a introdução desses recursos poderia impulsionar um superciclo de vendas do iPhone 16, comparável à adição do 5G no passado. No entanto, o lançamento lento do Apple Intelligence pode reduzir esse potencial. Além disso, obstáculos regulatórios na União Europeia e na China podem prejudicar as vendas. (TechCrunch)

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou nesta segunda-feira que vai encerrar o processo contra Edmundo González, candidato da oposição nas eleições presidenciais, que conseguiu asilo político na Espanha. Ligada diretamente ao governo de Nicolás Maduro, a Procuradoria-Geral pediu a prisão de González sob a acusação de crimes eleitorais e incitação ao terrorismo por divulgar cópias das atas de votação mantidas em sigilo pelo governo e convocar manifestações. O pedido foi aceito pela Justiça, também fortemente atrelada ao regime. Além de afirmar que o exílio do opositor mudou a situação processual do caso, Saab alegou que as pressões para que González se exilasse vieram também de María Corina Machado, principal líder opositora. Os advogados do candidato, porém, negam a afirmação e dizem que seu cliente sofria ameaças constantes antes de pedir asilo. (CNN Brasil)

A mudança de endereço visando o conforto dos visitantes não foi o suficiente para evitar filas e lotação no dia tradicionalmente mais cheio para a Bienal do Livro de São Paulo. Quem passou pelo Distrito Anhembi neste sábado teve de encarar filas que ocupavam boa parte dos corredores para entrar nos estandes e se misturavam, causando confusões. Uma das mesas mais aguardadas do dia, foi composta por Elayne Baeta, Clara Alves e Stefano Volp, que discutiram sobre o diálogo com seus leitores. Fenômeno lésbico da literatura nacional, Baeta foi uma das mais requisitadas pelo público LGBTQIA+ que compareceu em peso. A Bienal vai até o próximo dia 15 e ainda deve receber nomes como Ailton Krenak, Raul Juste Lores, Jeff Kinney, Carla Madeira e Eliana Alves Cruz. (Folha)

O presidente Lula convocou uma reunião de emergência neste domingo, no Palácio do Planato, diante do agravamento da situação na Venezuela após a fuga de Edmundo González Urrutia para a Espanha e o cerco militar à embaixada argentina, representada pelo Brasil há pouco mais de um mês. A avaliação do governo é de que, apesar dos esforços do país para mediar a crise e buscar uma saída política, a tensão é crescente. Lula e sua diplomacia tinham esperança de conduzir a oposição e o regime de Nicolás Maduro a um diálogo, mas a decisão unilateral de Caracas de romper o acordo com o Brasil para preservar a embaixada da Argentina foi interpretada como um sinal claro de um distanciamento entre os países. O motivo do rompimento, segundo Caracas, foi que oposicionistas abrigados na embaixada argentina estariam tramando o assassinato de Maduro. O governo brasileiro acreditava em um acordo entre governo e oposição, e considera que o asilo político de Urrutia na Espanha põe um ponto final nesse anseio. Complica o esforço brasileiro nesse momento o fato de estarem fora do país o assessor especial Celso Amorim, em Moscou, e o chanceler Mauro Vieira, em viagem a Omã e Arábia Saudita. Participaram da reunião com Lula assessores e a secretária-geral do Itamaraty, Maria Laura da Rocha. (UOL)

O Brasil encerrou sua participação nos Jogos Paralímpicos de Paris neste domingo após fazer sua melhor campanha na história das edições. Pela primeira vez, o país terminou no top 5, além de superar sua própria marca em número de medalhas de ouro e de pódios. Foram 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes, totalizando a marca inédita de 89 medalhas e o 5º lugar. Atletismo (36) e natação (26) foram os esportes com mais medalhas conquistadas. Destaca-se também a diversidade regional dos atletas no pódio, que são de 16 estados mais o Distrito Federal. Antes do encerramento, ainda deu tempo de Tayana Medeiros quebrar o recorde paralímpico no halterofilismo, ao levantar 156 kg e levar o ouro na categoria até 86kg. E uma dobradinha no pódio da canoa individual 200m VL2, com Fernando Rufino conquistando o ouro e Igor Tofalini, a prata, fechou o quadro de medalhas brasileiro. (ge)

Prejuízo para os Correios no segundo trimestre e, se a empresa não reverter o resultado nos próximos meses, 2024 será o terceiro ano seguido no vermelho. A receita somou R$ 4,78 bilhões e teve uma ligeira queda, de 0,5%, na comparação com o mesmo trimestre de 2023. Já o prejuízo líquido cresceu 36% e saltou para R$ 553,2 milhões. O prejuízo acumulado no semestre é de R$ 1,35 bilhão, aumento de 84% ante o mesmo período de 2023, quando o resultado ficou negativo em R$ 735 milhões. Após ter sua privatização considerada no governo de Jair Bolsonaro, os Correios receberam outro tratamento da gestão de Lula, que prometeu fazer a empresa voltar a lucrar. Mas a entrega de cartas e correspondências no Brasil é um nicho em declínio. A receita com as cartas seguiu a tendência dos últimos anos, com queda de 8% no semestre, para 2,28 bilhões de reais. As encomendas avançaram 1,4%, somando 4,64 bilhões de reais. (Veja)