Redação

Europa vive nova escalada de violência política às vésperas da eleição na UE

A tentativa de assassinato de Roberto Fico, primeiro-ministro da Eslováquia, deixa a Europa em alerta para uma escalada na violência política da região. Alvo de um ativista e poeta de 71 anos – segundo a mídia local –, Fico levou cinco tiros em uma praça na cidade de Handlova, na área central do país, enquanto cumprimentava uma claque de apoiadores que o esperavam no local. O estado de saúde do primeiro-ministro é grave. O presidente do país, um cargo meramente cerimonial, declarou que o ataque é, também, um golpe na democracia eslovaca. Fico já foi primeiro-ministro em outras duas oportunidades e tem guinado a um autoritarismo nos moldes do russo Vladimir Putin e do húngaro Viktor Orbán, com políticas anti-LGBTQIAP+, anti-imigração e de desrespeito às liberdades constitucionais, como o papel da imprensa. Ainda assim, a brutalidade do ataque chocou a comunidade internacional, levando até mesmo o presidente dos EUA, Joe Biden, a uma declaração repudiando o atentado. A poucos dias das eleições parlamentares da União Europeia, a violência política demonstra ter voltado ao palanque do Velho Mundo depois de muitas décadas de instabilidade. (New York Times)

Morre Silvio Luiz, ícone da crônica esportiva, aos 89 anos

Em menos de 24h, a crônica esportiva perdeu três gigantes. Depois de Washington Rodrigues, o Apolinho, e Antero Greco, o narrador Silvio Luiz também morreu, aos 89 anos. Dono de bordões inesquecíveis e uma irreverência marcante, Silvio estava internado desde 8 de maio no Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, depois de idas e vindas à UTI após sofrer um derrame durante a transmissão da final do Campeonato Paulista. Na última semana, com uma piora no quadro, ele voltou a ser internado. Uma falência múltipla dos órgãos é a causa oficial da morte, comunicada em nota da instituição. (UOL)

Empreendimentos ameaçam 98% dos quilombos no país

Das 485 comunidades quilombolas do Brasil, cerca de 98% estão sob ameaça de algum tipo de empreendimento. A conclusão é do relatório do Instituto Socioambiental (ISA), uma ONG com atuação voltada às comunidades tradicionais. Atividades como mineração, agricultura e pecuária e ampliação de infraestrutura, como construção de estradas, são as mais prejudiciais aos quilombos, gerando escassez de recursos naturais, degradação florestal e até incêndios. O cadastro de imóveis rurais sobre as terras quilombolas também ameaça a vida dos descendentes de escravizados. Além de uma porção de terra, os quilombos representam a tradição cultural, espiritual e histórica de um povo, conforme explica o relatório do ISA. (g1)

TSE começa julgamento que pode cassar o mandato de Sérgio Moro (União-PR)

Começa nesta quinta, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o julgamento que pode cassar o mandato do senador Sergio Moro (União-PR) por suposto abuso de poder econômico e caixa dois nas eleições de 2022. A ação foi impetrada por PL e PT na Justiça Eleitoral do Paraná, onde Moro foi inocentado. De acordo com as acusações, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça se aproveitou de uma possível candidatura à Presidência, ainda pelo Podemos, e utilizou verbas maiores que as disponíveis para o cargo que efetivamente disputou, gerando desequilíbrio na disputa. (Globo)

CBF suspende duas rodas dos Campeonato Brasileiro

A CBF anunciou a suspensão da 7ª e da 8ª rodada do Campeonato Brasileiro que estavam previstas para os próximos dois finais de semana, em razão das enchentes no Rio Grande do Sul. A decisão foi tomada após pedido de 15 clubes e da Federação Gaúcha de Futebol. Somente Flamengo, Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Bragantino não solicitaram a paralisação. A medida não vale para as demais competições que envolvem clubes brasileiros, como a Copa do Brasil. As equipes gaúchas seguem suspensas das disputas até o dia 27 de maio. (UOL)

Lewandowski recebe oposição para esclarecer sobre investigação das fake news

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, recebeu parlamentares da oposição para discutir um pedido de investigação do governo sobre as fake news que circulam sobre a tragédia no Rio Grande do Sul. Entre os presentes, estavam os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Caroline De Toni (PL-SC). Lewandowski esclareceu que apenas repassou a solicitação de investigação à Polícia Federal (PF), a pedido da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), que identificou uma série de informações falsas sobre a situação no estado. (CNN Brasil)

Lula faz discurso com tom eleitoral em visita ao Rio Grande do Sul

O discurso do presidente Lula para anunciar as medidas de socorro ao Rio Grande do Sul foi marcado pelo tom eleitoral em evento ocorrido em São Leopoldo, a cerca de 35 km de Porto Alegre. Durante sua fala, Lula disse que pretende viver até os 120 anos para “disputar umas 10 eleições”. No maior município governado pelo PT no estado, o encontro teve gritos da plateia em tom de comício e elogios a Paulo Pimenta, potencial candidato a governador em 2026 e recém-nomeado ao Ministério Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. No palco, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, lembrou que já fez campanha eleitoral para Pimenta. Aliados do presidente já haviam apontado que a escolha do ministro para a nova pasta tem o objetivo de manter no estado um ator político que impeça o governador Eduardo Leite de se catapultar com recursos federais. (Folha)

Eduardo Leite diz ser pego de surpresa com nomeação de Paulo Pimenta

O governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que soube pela imprensa a indicação de Paulo Pimenta como titular do Ministério Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, conta Igor Gadelha. Segundo o governador gaúcho, não houve qualquer comunicado prévio por parte de Lula ou de integrantes do governo sobre a nomeação do então chefe da Secretaria de Comunicação Social, antes da notícia sair nos jornais, na terça-feira. A escolha de Lula gerou críticas entre aliados do governador tucano pelo fato de Pimenta, que também é gaúcho, ser apontado como pré-candidato ao governo estadual em 2026. Aécio Neves (PSDB-MG), disse que a decisão era uma “excrescência” e que politiza a tragédia. “Não sou inimigo do Leite. Nossa relação é ótima, de respeito e parceria institucional. Claro que temos diferenças, mas nada que impeça um ótimo trabalho conjunto”, disse Pimenta à coluna. (Metrópoles)

Senado aprova projeto que suspende dívida do RS por três anos

O Senado aprovou nesta quarta-feira, por unanimidade, o projeto que suspende a dívida do Rio Grande do Sul com a União por três anos. O texto segue para sanção presidencial. Antes, a proposta havia sido aprovada pela Câmara durante a madrugada do mesmo dia. A suspensão foi uma das medidas anunciadas pelo governo federal para atender o estado, que sofre com temporais e enchentes desde 29 de abril. O projeto também anistia os juros que seriam cobrados durante o período. Os R$ 23 bilhões que serão adiados ou perdoados devem ser direcionados "integralmente" a ações de enfrentamento e diminuição de danos provocados pela calamidade pública. O texto aprovado pelo Senado permite que as mesmas regras de suspensão da dívida possam ser aplicadas a outros estados que passem por tragédias semelhantes e tenham a situação de calamidade reconhecida pelo Congresso no futuro. (g1)

Galípolo diz que cogitou votar em corte de 0,25 p.p. na Selic

Diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo afirmou que há muito valor na unanimidade entre os membros do Comitê de Política Monetária (Copom), mas que isso não pode ser usado como um escudo para se proteger de eventuais críticas sobre um dissenso. “Fico muito orgulhoso que o Copom tenha tido coragem de tomar decisão com cada um seguindo sua consciência”, afirmou em evento em Nova York. Segundo ele, os membros do grupo conversam várias vezes “e ninguém tenta convencer o outro”. “Votar por um corte de 0,25 p.p. foi algo que cogitei em vários dos diálogos”, afirmou. “Estaria hoje muito confortável em apresentar todos os argumentos de o porquê votar em 0,25, mas eu entendo que o ponto mais importante na mudança de 0,50 para 0,25 era sinalizar um tom adicional de preocupação para o mercado para além daquilo tudo que está registrado em consenso entre os membros do Copom.” (Globo)