Redação

Planalto vê como vago acordo com big techs sobre fake news no RS e pode alterá-lo

O governo federal quer fazer ajustes no acordo assinado com as big techs há duas semanas por avaliar que ele não impediu a circulação de fake news sobre a tragédia no Rio Grande do Sul. Fontes do Planalto disseram que o texto ficou vago após o governo ter feito concessões, como a supressão de um trecho que determinava a remoção em até 12 horas de conteúdos falsos depois de identificados. O acordo foi assinado por Jorge Messias, advogado geral da União, e por representantes de Google, Meta (Facebook e Instagram), TikTok, X, Kwai e LinkedIn. Integrantes do Ministério da Justiça e da Comunicação participaram da elaboração do texto. (g1)

Escolas públicas reduzem distância das particulares no Enem

Embora as escolas privadas ainda tenham uma média acima das públicas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), essa diferença vem caindo, aponta estudo do SAS Educação. Na redação, por exemplo, a discrepância de performance caiu de 68% em 2018 para 35% em 2022, último ano com dados disponíveis. Ambos os modelos de ensino mostraram melhora no Enem, mas as notas dos estudantes da rede pública tiveram um crescimento mais acelerado no período, passando de 382 pontos em 2018 para 553 em 2028. Já nas escolas privadas, a média de pontos subiu de 644 para 747 no mesmo período. Foram consideradas na análise colégios que participaram do Enem em todos os cinco anos abordados. (Globo)

Boletim Focus: crescem as projeções de inflação e Selic para 2024

As projeções para a inflação e Selic em 2024 e 2025 seguem em alta, de acordo com o último Boletim Focus, relatório semanal do Banco Central que reúne as expectativas do mercado. Os analistas estimam que a inflação neste ano será de 3,88%, 0,02 ponto acima da previsão da última segunda. Para o próximo ano, a taxa deve ser de 3,77%. A meta para a inflação em 2024 e 2025 é de 3%, com margem de 1,5 ponto para cima ou para baixo. A projeção da Selic também cresceu, de 10,0% para 10,25% ao ano em 2024. Em 2025, a taxa básica de juros deve ficar em 9,18%. Para o dólar, os analistas acreditam que a cotação encerrará este ano em R$ 5,05, mesmo nível estimado no último relatório. Também foi mantida a projeção do PIB, com crescimento de 2,05% neste ano. (Valor Investe)

Projeto de lei da reforma tributária quer imposto de herança para previdência privada

O governo federal deve enviar nesta semana um projeto de lei (PL) com as regras para a taxação sobre herança e doação do exterior e para a tributação de previdência privada. Trata-se do segundo PL complementar à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma da tributária, aprovada em dezembro último. Ele exige que o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) seja progressivo, aumente em relação ao valor transmitido. Assim, quanto maior a quantia de herança ou doação, maior o tributo recolhido, desde que não ultrapasse a alíquota de 8%. Fontes disseram à reportagem que o tema entrou no PL por pedido de governadores, já que ITCMD é um atribuição estadual e cada unidade federativa pode estabelecer a porcentagem que vai recolher. Atualmente, 14 estados e o Distrito Federal têm tributações progressivas.

Com duas mulheres à frente das pesquisas para presidente, mexicanos vão às urnas

Os mexicanos foram às urnas neste domingo para eleição que deve colocar a primeira mulher na presidência do país. Claudia Sheinbaum e Xóchitl Gálvez apareciam nas pesquisas muito à frente do único candidato masculino, Jorge Álvarez Máynez. Os eleitores também escolheram todos os membros do Congresso e governadores de oito estados, bem como o chefe do governo da Cidade do México. A campanha foi ofuscada por ataques violentos, que, segundo o governo, resultaram na morte de mais de 20 candidatos, embora dados independentes apontem um total de 37. Sheinbaum, uma cientista de 61 anos que foi prefeita da Cidade do México de 2018 a 2023, tem o apoio do atual presidente, Andrés Manuel López Obrador, que está no poder desde 2018. Sua principal concorrente é a senadora Gálvez, também de 61 anos, que foi escolhida por uma ampla coligação de partidos que partilham o desejo de pôr fim ao governo do partido Morena. A vencedora tomará posse em setembro. (BBC)

Parada do Orgulho LGBT+ atrai multidão em São Paulo

A 28ª Parada do Orgulho LGBT+ reuniu milhares de pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo. Com mais de 16 trios elétricos, o evento contou com shows de Pabllo Vittar, Glória Groove e Filipe Catto. O tema deste ano, "Basta de Negligência e Retrocesso Legislativo - Vote Consciente por direitos da população LGBT+", visou promover a importância de eleger representantes que apoiem a comunidade LGBTQIAPN+. Os organizadores incentivaram o público a vestir roupas nas cores verde e amarelo e do arco-íris, em um esforço para retomar as cores da bandeira nacional, frequentemente associados ao bolsonarismo. (g1)

Ministro da Defesa de Israel afirma que guerra só terminará com Hamas destruído

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou neste domingo que o país está trabalhando para encontrar um substituto para o governo do Hamas na Faixa de Gaza e prometeu que a guerra não terminará até que o grupo terrorista seja desmantelado em suas capacidades militares e governamentais. “Por um lado, a ação militar e, por outro, a capacidade de mudar o regime [em Gaza], conduzirão à realização de dois dos objetivos desta guerra: o desmantelamento do governo do Hamas e do seu poder militar, e o retorno dos reféns”, disse. Os comentários seguem a declaração do presidente americano, Joe Biden, que na sexta-feira defendeu o fim da guerra e apoiou o que descreveu como a mais recente proposta israelense para um acordo de reféns e cessar-fogo. O discurso abalou o governo israelense. Apesar de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu insistir que não haverá cessar-fogo permanente em Gaza até que as capacidades militares e de governo do Hamas sejam destruídas, os chefes dos dois partidos ultranacionalistas do governo, o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e o da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, ameaçaram derrubar o governo se o novo acordo for adotado. (Times of Israel)

Opep+ estende corte gradual na produção até 2025 para segurar preço

A Opep+ chegou a um acordo para estender o corte no fornecimento de petróleo até 2025, enquanto estabelece um cronograma para reduzir gradualmente algumas das restrições até o fim deste ano. Firmado em Riad neste domingo, o acordo supera as expectativas de mercado e estende os chamados cortes “voluntários” de membros-chave, incluindo Arábia Saudita e Rússia, até o ano que vem. Mas também prevê o começo da reversão de algumas reduções de oferta a partir de outubro, mais cedo do que previam alguns observadores. Traders e analistas esperavam a extensão dos cortes do grupo, considerando-a necessária para compensar o aumento da produção de vários rivais da Opep+, principalmente as perfuradoras de xisto dos Estados Unidos, sem contar as frágeis perspectivas econômicas do principal consumidor, a China. (Bloomberg Línea)

Starlink leva internet a tribo indígena na Amazônia

Para ler com calma. O povo Marubo, tribo indígena que vive na floresta amazônica, obteve acesso à internet de alta velocidade através do serviço de satélite Starlink de Elon Musk. Embora a internet tenha proporcionado benefícios como comunicação em emergências e conexão com entes queridos distantes, também trouxe desafios como o vício dos jovens em telefones, exposição a desinformação e mudanças culturais. A tribo, que historicamente resistiu à modernidade, agora lida com o impacto dessa conectividade repentina em seu modo de vida tradicional. A chegada da internet gerou um debate entre os Marubo sobre seus benefícios e desvantagens, refletindo preocupações mais amplas sobre os efeitos da integração tecnológica rápida em comunidades isoladas. (New York Times)

Aumento de enchentes e secas no Brasil indica impacto das mudanças climáticas

Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), a última década registrou um aumento significativo em recordes de enchentes e secas. De 2014 a 2023, houve 314 enchentes e 406 secas, comparado a 182 enchentes e 92 secas na década anterior. Este aumento é atribuído às mudanças climáticas, que alteram os regimes de chuvas, resultando em eventos mais extremos e frequentes. Exemplos incluem recordes de cheias nos rios Taquari e Caí no Rio Grande do Sul, a maior cheia do rio Amazonas em 2021, e a pior seca do rio Madeira em 2023. Especialistas afirmam que as mudanças climáticas são responsáveis por essas variações. O SGB, responsável pelo monitoramento hidrográfico no Brasil, destaca a necessidade de aprimorar sistemas de alerta e monitoramento para mitigar os impactos dessas mudanças. (F0lha)