Redação

Intel anuncia novos chips de IA para concorrência com Nvidia e AMD

Buscando recuperar seu espaço no mercado de processadores, a Intel anunciou hoje sua nova linha de chips de inteligência artificial para data centers, que deve competir com os produtos de Nvidia e AMD. Durante a conferência de tecnologia Computex, em Taiwan, o CEO da Intel, Pat Gelsinger, disse que o Xeon 6 oferece melhor desempenho e eficiência energética que seu antecessor. A companhia também revelou detalhes da arquitetura de seus próximos processadores Lunar Lake, que vão competir com seus concorrentes na categoria para PCs de IA. A Intel tem enfrentado dificuldades financeiras, registrando uma perda operacional de mais de US$ 7 bilhões em 2023 em relação ao ano anterior, além de perder espaço para fabricantes internacionais, como a Taiwan Semiconductor Manufacturing. (CNBC)

Funcionários da OpenAI pedem mais proteção para denunciantes sobre riscos de IA

Um grupo de ex e atuais funcionários da openAI divulgou uma carta aberta nesta terça-feira pedindo que empresas de inteligência artificial protejam os colaboradores que sinalizam riscos de segurança sobre a tecnologia para que possam alertar sobre riscos sem medo de retaliação. No texto, o ex-engenheiro da OpenAI Daniel Ziegler afirma que a IA está “avançando rapidamente e há muitos incentivos fortes para avançar sem a devida cautela”. Em entrevista, ele conta que não teve medo de falar internamente sobre o tema durante seu período na companhia, entre 2018 e 2021, mas que a corrida para comercializar rapidamente as novas ferramentas faz com que as empresas de IA ignorem os riscos. Daniel Kokotajlo, um dos organizadores da carta, diz que saiu da empresa comandada por Sam Altman porque “perdi a esperança de que eles agiriam com responsabilidade”, especialmente na construção da inteligência artificial geral, (AGI, em inglês), um tipo de IA tão ou mais inteligente que os humanos. Em resposta, a companhia afirma que já possui um canal para que os funcionários compartilhem suas preocupações, incluindo uma linha anônima. (AP News)

Dólar sobe a R$ 5,285, maior cotação desde março de 2023

O dólar fechou com forte alta nesta terça-feira, avançando 0,98%, a R$ 5,285 – maior patamar desde 15 de março de 2023, quando ficou em R$ 5,293. Apesar de dados mostrarem uma desaceleração do mercado de trabalho americano, a divisa avançou devido à desvalorização das commodities. E nem os dados positivos do PIB brasileiro seguraram o Ibovespa, que emendou a quinta queda seguida, recuando 0,19%, aos 121.802 pontos. Em Wall Street, Dow Jones fechou em alta de 0,36%, S&P 500 subiu 0,15% e Nasdaq avançou 0,17%. (Valor Investe)

Biden autoriza fechamento temporário de fronteira com o México

Em uma guinada à direita na política migratória americana, o presidente Joe Biden emitiu nesta terça-feira uma ordem executiva que impede que imigrantes busquem asilo na fronteira entre os Estados Unidos e o México quando a travessia de pessoas superar uma média de 2.500 pessoas por dia. Em ano eleitoral, a medida buscar aliviar a pressão sobre o sistema de imigração e resolver uma grande preocupação entre os eleitores. A medida é a política de fronteira mais restritiva já instituída por um democrata moderno e ecoa o esforço feito por Donald Trump em 2018 para interromper a imigração, bloqueado na Justiça. “Esta ação vai nos ajudar a obter o controle de nossa fronteira e a restaurar a ordem no processo”, disse Biden. Ciente das comparações com Trump, ele tentou diferenciar suas ações. “Continuamos a trabalhar em estreita colaboração com os nossos vizinhos mexicanos, em vez de os atacar”, disse. Normalmente, um imigrante que atravessa ilegalmente a fronteira e pede asilo é solto nos EUA para esperar o julgamento de seu caso. Mas isso pode levar anos. O novo sistema foi concebido para impedir as travessias ilegais. A fronteira só será reaberta aos requerentes de asilo quando o número de travessias ficar abaixo da média diária de 1.500 por sete dias consecutivos. A União Americana pelas Liberdades Civis disse que planeja contestar a ação executiva na Justiça. (New York Times)

Revista americana elege os 300 melhores discos da história com dois brasileiros

A revista americana Paste elegeu os 300 melhores discos da história da música, escolhendo como critério para um grande álbum algo entre “influência e atemporalidade”. Participaram da votação editores, redatores, freelancers e estagiários da publicação que existe desde 2002. No topo da lista aparece Songs in the Key of Life, de Stevie Wonder, seguido por Disintegration da banda The Cure, Hounds of Love de Kate Bush, e os aclamados Sign o' the Times, de Prince e Abbey Road, dos Beatles. Dois discos brasileiros de 1972 entraram para a lista, com Clube da Esquina de Milton Nascimento e Lô Borges, assumindo a nona colocação, e Acabou Chorare dos Novos Baianos, na 51ª posição. Enquanto Clube da Esquina é descrito como “um dos projetos sul-americanos mais ricos já compostos”, Acabou Chorare é considerado “impressionante” para os criadores do ranking. (Globo)

STF torna Moro réu por calúnia contra Gilmar Mendes

Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal tornou réu o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) por calúnia contra o decano da corte, Gilmar Mendes. Os magistrados julgaram uma denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o parlamentar, após um vídeo viralizar mostrando o senador em um evento social falando em “comprar um habeas corpus” de Gilmar. No texto, a então vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, afirma que Moro atribuiu falsamente a prática do crime de corrupção passiva ao ministro com a intenção de macular sua imagem e a honra, tentando descredibilizar sua atuação. Relatora do caso, a ministra Cármen Lúcia entendeu que há elementos para a abertura de uma ação penal contra o senador. Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Alexandre de Moraes acompanharam a decisão. O crime de calúnia é punido com seis meses a dois anos de prisão. (g1)

Garimpos podem ter usado até 185 toneladas de mercúrio ilegal em 5 anos

Entre 2018 e 2022, a produção de ouro subiu no Brasil, ao mesmo tempo em que a importação de mercúrio diminuiu, ainda que o país não produza o metal. Um estudo do Instituto Escolhas estima que até 185 toneladas de mercúrio de origem desconhecida tenham sido utilizadas em garimpos no período. Segundo o levantamento, 127 toneladas de ouro foram registradas em áreas permitidas no país, tendo sido necessário uma quantidade entre 165 e 254 toneladas de mercúrio para a produção. No entanto, apenas 68,7 toneladas do metal foram importadas, indicando que até 185 toneladas podem ter origem ilegal. “Esse dado preocupa porque revela uma enorme falha do controle oficial sobre o comércio de algo que representa um grave perigo à saúde humana e ao equilíbrio ambiental. O Brasil precisa se comprometer com o fim do uso do mercúrio e, até que isso ocorra, o mínimo que se espera é um controle rígido sobre o mercúrio que ainda circula no país”, explica Larissa Rodrigues, pesquisadora do Escolhas. (g1)

Relator no Senado anuncia retirada de ‘jabutis’ do Mover

O relator no Senado do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), Rodrigo Cunha (Podemos-AL), afirmou nesta terça-feira que vai excluir do texto os “jabutis”, dispositivos sem relação com o texto inicial, que tratam da taxação a compras internacionais de até US$ 50 e da autonomia do governo na política nacional de petróleo. Os “jabutis”, porém, podem ser recolocados na proposta pela Câmara e, se isso acontecer, estarão sujeitos a veto do presidente Lula. Essas mudanças precisam passar pelo plenário, o que pode ocorrer ainda hoje. Se a retirada dos trechos for aprovada, o texto voltará à Câmara, atrasando ainda mais a aprovação do programa de descarbonização do setor automotivo. O relator defendeu que esses outros temas devem ser debatidos separadamente. Durante a tramitação do projeto de lei, a Câmara dos Deputados incluiu, com apoio do presidente Arthur Lira (PP-AL), o fim da isenção de imposto sobre as compras internacionais de até US$ 50. Após semanas de adiamento devido à falta de acordo, deputados e governo concordaram com a taxação dessas compras em 20%, e o projeto foi aprovado em 28 de maio. Durante a votação, porém, outro jabuti foi incluído, criando a política de conteúdo local para o petróleo. (Folha)

The New York Times elege as 25 fotografias mais significativas desde 1955

O New York Times reuniu um grupo de especialistas para escolher as 25 fotografias mais significativas desde 1955, tanto artísticas quanto jornalísticas. Entre os jurados estavam a curadora-chefe interina de fotografia do Museu de Arte Moderna, Roxana Marcoci, o fotógrafo conceitual canadense Stan Douglas e o vietnamita-americano An-My Lê. A lista deixou de fora nomes consagrados como Henri Cartier-Bresson, Roy DeCarava e Berenice Abbott e não incluiu fatos marcantes como a queda do Muro de Berlim. As obras selecionadas incluem os retratos de Che Guevara, feito por Alberto Korda, em 1960, e de Huey Newton, líder do partido dos Panteras Negras, feito por Blair Stapp, em 1968. Também aparecem o Nascer da Terra, registro de William A. Anders, durante a missão Apollo 8 à Lua, em 1968, e a icônica imagem de Stuart Franklin de um homem não identificado bloqueando uma coluna de tanques na Praça Tiananmen, de 1989. Para fechar a curadoria, está a capa do álbum Renaissance de Beyoncé, feita por Carlijn Jacobs. (The New York Times)

ANS autoriza aumento de até 6,91% em planos de saúde individuais

Os planos de saúde individuais e familiares podem ficar até 6,91% mais caros neste ano, definiu a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O reajuste terá validade de maio deste ano a abril de 2025. O índice, acima dos 3,69% de IPCA acumulados em 12 meses até abril, vai impactar os contratos de quase 8 milhões de beneficiários, que representam 15,6% dos 51 milhões de consumidores de planos de assistência médica no país. Além da inflação, o valor final do plano de saúde também é impactado por fatores como aumento ou queda da frequência de uso e custos dos serviços médicos e insumos, como produtos e equipamentos. O teto de reajuste para 2024 ficou abaixo dos 9,63% do ano passado e dos 15,5% de 2022. “O índice definido pela ANS para 2024 reflete a variação das despesas assistenciais ocorridas em 2023 em comparação com as despesas assistenciais de 2022 dos beneficiários de planos de saúde individuais e familiares”, explicou o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello. (UOL e g1)