Redação

Regras do Plano Safra bloqueiam acesso ao crédito rural a 7% dos produtores agrícolas

Nem todas as propriedades rurais terão acesso ao Plano Safra. Segundo levantamento da consultora Terra Analytics, 7% do total, ou cerca de 65 mil fazendas, serão bloqueados de conseguir o crédito agrícola por não estarem dentro das regras estabelecidas pelo Banco Central. As normas fazem parte da estratégia do governo federal para, por meio Conselho Monetário Nacional (CMN), reduzir o desmatamento ilegal. Serão vetadas as propriedades com pendências com o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) e sem registro no CAR (Cadastro Ambiental Rural). Elas são, em sua maioria, grandes propriedades, que têm de 5 a 10 hectares de terra. Por outro lado, produtores agrícolas disseram, em debate na Câmara, que a maioria tem pendências no Ibama, mas não consegue resposta do instituto para solucioná-las. (Folha)

Brasil diminui desperdício de água, mas ainda está longe da meta

Pela primeira vez em seis anos o Brasil conseguiu reduzir o desperdício de água tratada, mas ainda está longe da meta estabelecida pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. De acordo com estudo do Instituto Trata Brasil, em 2022, último ano com dados disponíveis, foram 37,8% de toda a água potável produzida no país se perderam antes de chegar aos usuários, uma melhora em relação aos 40,3% do ano anterior, mas ainda assim equivalentes a 7 bilhões de metros cúbicos. A meta considerada aceitável pelo ministério é de 25% de perda. No país, a região Norte tem o maior desperdício, com 46,9%, enquanto o Sudeste tem o menor, 34%. (g1)

Brasil tem 212 milhões de cartões de crédito ativos, mas registra forte desaceleração na emissão

O Brasil fechou 2023 com 212,3 milhões de cartões de crédito ativos, segundo o relatório “Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil”, divulgado na terça (4) pelo Banco Central. O número é maior do que os 203,1 milhões de pessoas estimados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2022. Embora a quantidade de cartões emitidos seja 3,3% maior que o ano retrasado, verifica-se uma desaceleração na emissão de cartões de crédito. Em 2021, ela cresceu 36% e, em 2022, 12,5%. Entre as bandeiras, a maior é a Mastercard, com 129,7 milhões de cartões ativos. Em seguida vem a Visa, com 68 milhões, Elo, com 9,1 milhões, e American Express, com 831 mil cartões ativos. (Valor)

PF diz ter provas de que Bolsonaro sabia da venda de joias

A Polícia Federal afirma já ter provas de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha pleno conhecimento de que joias presenteadas pela Arábia Saudita estavam sendo vendidas nos EUA em vez de serem incorporadas ao acervo da presidência, conta Bela Megale. No inquérito a ser concluído e entregue à Procuradoria-Geral da República ainda esta semana, os agentes vão incluir mensagens e imagens sobre a venda de um lote de peças, recomprado após o Tribunal de Contas da União (TCU) determinar que os itens não eram de uso pessoal de Bolsonaro. O ex-presidente deve ser indiciado, juntamente com outros participantes da negociação. (Globo)

Instagram testa forçar usuários a assistir propagandas

O Instagram está testando um tipo de propaganda que os usuários não conseguem pular, o que é possível fazer quando elas aparecem no feed ou nos stories. Chamada de "ad break", a imagem ou vídeo aparece com um contador de tempo regressivo que indica quanto falta para a publicidade acabar. O usuário, ao clicar em mais informações, lê que "às vezes você precisa ver uma propaganda antes de continuar navegando". A Meta, dona do Instagram, confirmou o teste e disse que dará mais detalhes caso isso se torne algo permanente na plataforma. O YouTube já faz algo do tipo com vídeos "não puláveis". A estratégia, porém, não garante melhores resultados ao anunciante. Em janeiro, o TikTok publicou uma pesquisa em que sugere que os espectadores engajam menos diante de propagandas obrigatórias de se ver. (BBC)

Seguradoras de saúde querem regulamentar plano que não cobre internação do usuário

O acordo para a suspensão do cancelamento unilateral de planos de saúde de usuários em tratamento foi costurado com algumas condições. Elas devem integrar uma nova lei que regulamenta o setor. Uma delas é a criação do "plano segmentado", que dá direto ao segurado de fazer consultas e exames, mas não cobre internação. As operadoras argumentam que isso aliviaria seus caixas e evitaria judicializações. Assim, o usuário teria de arcar com o custo de ser internado. Outra condição dos planos de saúde é a criação de um consórcio para a compra de medicamentos de alto custo, o que poderia equiparar o preço de remédios adquiridos pelos planos com os aplicados ao governo em compras para o SUS (Sistema Único de Saúde). As seguradoras também pedem que se estabeleça o "prontuário unificado eletrônico", uma forma de manter informações de um paciente no mesmo documento e evitar que ele faça novamente exames já realizados quando, por exemplo, troca hospitais públicos por privados. (O Globo)

Hackers atacam TikTok de Paris Hilton e CNN

Hackers atacaram os perfis no TikTok de Paris Hilton, CNN e outras celebridades e marcas. A ByteDance, dona do aplicativo de vídeo, disse que a conta da CNN americana foi uma das poucas afetadas. Já a de Hilton, que é usuária frequente da plataforma em que tem mais de 10 milhões, sofreu o ataque, mas não foi invadida. Representantes do TikTok afirmaram que trabalham com o canal de televisão para reestabelecer o acesso ao seu perfil. Segundo eles, as investidas se deram por mensagens diretas no aplicativo. (BBC e Guardian)

USP perde liderança de melhores universidades da América Latina

A Universidade de São Paulo (USP) perdeu o posto de melhor da América Latina no ranking da Quacquarelli Symonds, especialista global no ensino superior, dando lugar para a Universidad de Buenos Aires (UBA), da Argentina, segunda colocada da região na edição passada. Mesmo com a queda, a USP segue entre as 100 melhores nos quesitos de reputação acadêmica e do empregador, resultados de emprego e sustentabilidade. Além da USP, que ficou em 92º lugar na classificação global, Universidade Estadual de Campinas (232º), Universidade Federal do Rio de Janeiro (304º), e Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp (489º) se destacaram no top 500.

X pede a Suprema Corte que revise decisão que obrigou entrega de dados de Trump

A X Corp. está pedindo à Suprema Corte americana que analise se as redes sociais podem ser forçadas a compartilhar dados de usuários com investigadores do governo enquanto são impedidos de informar aos envolvidos sobre o repasse de informações. A solicitação da companhia se refere a uma ordem dos tribunais federais de Washington, que obrigou a plataforma de Elon Musk a repassar dados da conta de Donald Trump ao procurador especial Jack Smith, sem que o ex-presidente pudesse saber ou intervir. Uma juíza chegou a rejeitar os protestos da X Copr., sob a argumentação de que os promotores apresentaram evidências de que informar Trump colocaria em risco as investigações sobre sua participação no ataque ao Capitólio. A companhia alega que as decisões dos tribunais ferem o direito de se comunicar com seus clientes, previsto na Primeira Emenda. (Politico)

PGR recorre da decisão de Toffoli que livrou Marcelo Odebrecht da Lava Jato

A Procuradoria-Geral da República entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira para reverter a decisão do ministro Dias Toffoli, que derrubou todos os processos e investigações contra o empresário Marcelo Odebrecht na Operação Lava Jato. O executivo fechou acordo de colaboração com a força-tarefa e admitiu propinas a centenas de agentes públicos e políticos, mas a defesa alega que ele foi forçado a assinar a delação. Seus advogados usaram mensagens hackeadas da força-tarefa, obtidas na Operação Spoofing, para recorrer ao STF e pedir a extensão de uma decisão que beneficiou o presidente Lula. Toffoli concluiu que houve “conluio processual” entre o ex-juiz Sergio Moro e a força-tarefa e que os direitos do empresário foram violados nas investigações e ações penais. Por isso, declarou a “nulidade absoluta de todos os atos processuais” contra Odebrecht na Lava Jato. O procurador-geral, Paulo Gonet, defende que as situações de Lula e Odebrecht são diferentes e que a decisão que beneficiou o presidente não pode ser estendida ao empresário. (Estadão)