Redação

Suzano aumenta atuação no setor têxtil e compra 15% da austríaca Lenzig

A Suzano, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, comprou 15% da Lenzig, empresa austríaca que produz celulose solúvel e tecidos. O acordo foi fechado na terça-feira e prevê o pagamento de 229,9 milhões de euros quando o negócio se concluir, o que deve acontecer até final do ano. A companhia brasileira vai comprar as ações da fundação B&C, que detém 52,25% dos papéis, e pode adquirir mais 15% até 2028, o que a tornaria acionista majoritária da Lenzig, posto ocupado pela B&C. O investimento da Suzano é um passo mais firme no mercado têxtil. Ela, embora produza celulose, não faz a celulose solúvel (“dissolving pulp”), cujo vem ganhando espaço com o apelo sustentável em um mercado ainda dominado pelas fibras sintéticas feitas a partir de polímeros. A Lenzig é uma das primeiras empresas a desenvolver tecnologia para produzir, a partir da celulose, fibras têxteis e não tecidos. A Suzano já havia investido nessa tecnologia ao aplicar dinheiro na startup finlandesa Spinnova, que criou uma fibra têxtil sustentável obtida a partir de celulose. (Valor)

Senado aprova bolsa mínima de R$ 700 para universitários de baixa renda

O Senado aprovou na noite de terça-feira a criação do Programa Bolsa Permanência (PBP), que prevê o pagamento de uma ajuda de custo mensal mínima de R$ 700 para estudantes de baixa renda na graduação e de R$ 300 para alunos do Ensino Médio. A medida busca combater a evasão dos estudantes e faz parte da Política Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), que inclui outras dez iniciativas, como apoio à saúde mental e orientações sobre alimentação saudável. Para ter direito à bolsa, o estudante precisa pertencer a uma família com renda per capita de até um salário mínimo, estar matriculado em curso com carga horária diária mínima de cinco horas e não ultrapassar dois semestres do tempo previsto de formação. Indígenas e quilombolas têm a bolsa em dobro e não precisam cumprir as exigências de renda mínima e prazo máximo para a graduação. A medida vai agora à sanção do presidente Lula. (g1)

Corretoras revisam para baixo as estimativas de crescimento da bolsa brasileira

O desempenho abaixo do esperado da bolsa brasileira no primeiro semestre de 2024 minou as expectativas para o resto do ano. Se antes as corretoras projetavam uma performance na faixa de 160 mil a 170 mil pontos, agora elas estimam algo entre 150 mil a 135 mil pontos para o Ibovespa, principal índice da B3. A revisão de expectativas se deve ao cenário incerto quanto ao ritmo do corte de juros nos Estados Unidos, ao risco fiscal do Brasil e aos ruídos causados pelo governo em empresas com forte peso na bolsa, como a Petrobras e a Vale. O maior corte na projeção de preço-alvo da Ibovespa neste ano foi da Empiricus, que antes estimava 170 mil pontos e agora projeta 145 mil, mesmo nível projetado por Santander e XP. (Estadão)

PF cumpre mandado de prisão contra presidente do Solidariedade

O presidente do Solidariedade, Eurípedes Júnior, é o principal alvo da Polícia Federal (PF) em 45 mandados de busca e apreensão e sete de prisão preventiva por desvio de dinheiro do fundo eleitoral na manhã desta quarta-feira. O único mandado de prisão preventiva ainda não cumprido até o momento é o dele. A PF segue procurando Júnior em endereços ligados ao político ou ao partido. Quatro ex-candidatos a deputados distritais pelo Partido Republicano da Ordem Social (Pros) - que se fundiu ao Solidariedade no ano passado - também são alvos de buscas da PF, que aponta que as candidaturas foram laranja, para recebimento de dinheiro do fundo partidário. Em duas dessas candidaturas, por exemplo, o repasse somado foi de R$ 3,5 milhões. Segundo os investigadores, o desvio atribuído ao presidente do Solidariedade - que também foi dirigente do Pros - é de pelo menos R$ 36 milhões. Júnior, investigado por organização criminosa, lavagem de dinheiro e furto, chegou a comprar um helicóptero Robinson R66 Turbine por R$ 2,4 milhões (R$ 5 milhões em valores atuais) com dinheiro público, usado em seus deslocamentos entre Planaltina (GO), onde tem residência, e a sede do partido, em Brasília. (CNN)

Real é a 7ª moeda que mais perdeu valor frente ao dólar em 2024

A cotação do dólar comercial fechou em R$ 5,36 na terça, o maior valor desde novembro de 2022. O patamar evidencia a desvalorização do Real frente a moeda americana neste ano. Ele é a sétima que mais perdeu valor frente ao dólar, segundo levantamento da classificadora Austin Rating com base em dados do Banco Central do Brasil. A que mais perdeu valor foi a Naira, moeda nigeriana, seguida pela Libra egípcia e pela Libra sul sudanesa. Na América Latina, o Real só se desvalorizou menos que o Peso argentino. Do outro lado da tabela, a moeda que mais se valorizou foi o Xelim, do Quênia, que cresceu 21,2% em 2024. A alta do dólar no Brasil se deve em grande parte ao patamar do juro dos Estados Unidos. Como ele em alta, cresce a remuneração dos títulos do tesouro norte-americano, considerados os mais seguros do mundo. Os investidores, então, tiram dinheiro de mercados emergentes e menos seguros, como o brasileiro, para colocá-lo nesses papéis. Outros fatores que contribuem para esse cenário são os conflitos armados, como a guerra na Ucrânia, o quadro fiscal e a balança comercial do Brasil. (g1)

Morre Françoise Hardy, ícone da canção francesa

A história musical francesa perdeu um de seus mais importantes nomes com a morte, aos 80 anos, da cantora, compositora e atriz Françoise Hardy (Spotify). A causa não foi divulgada, mas artista lutava há anos contra um câncer na faringe. Hardy despontou para a fama em 1962, aos 18 anos, com a canção Tous les Garçons et les Filles (Todos os Rapazes e as Moças) e simbolizou esteticamente uma nova geração de franceses. Muito bonita, “Mick Jagger” a chamou de “a mulher ideal” e Bob Dylan escreveu-lhe diversas cartas de amor, foi também modelo disputada por grifes. Em mais de cinco décadas de carreira, participou de álbuns de artistas diversos como Blur e Iggy Pop. (BBC)

Hamas diz estar pronto para um acordo de cessar-fogo

O Hamas afirmou nesta terça-feira que apresentou sua resposta ao plano de cessar-fogo na Faixa de Gaz apoiado pelos Estados Unidos. Em comunicado, o grupo e seus aliados da Jihad Islâmica Palestina expressaram “prontidão para positivamente” chegar a um acordo. O texto proposto – que foi aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU na segunda-feira – exige um cessar-fogo de seis semanas que acabaria por se tornar permanente. O Hamas apelou à “paralisação completa” dos combates. O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que foi “útil” que o Hamas tenha apresentado uma resposta e que as autoridades americanas estão “avaliando” os pedidos do grupo. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, que está no Oriente Médio, disse que o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, “reafirmou seu compromisso” com o plano de cessar-fogo em Gaza e que o mundo estava aguardando a resposta do Hamas. (BBC)

Ruy Castro revela lado menos conhecido de Tom Jobim em novo livro

Quando viu uma sessão especial do documentário Elis&Tom - Só Tinha de Ser com Você, promovida pela Academia Brasileira de Letras, no ano passado, o jornalista e escritor Ruy Castro concluiu que Tom Jobim, ao contrário de muitos de seus companheiros falecidos, não tinha morrido. “Está conosco em todas as instâncias”, afirma. Foi quando teve a ideia de escrever um livro sobre o maestro, que acaba de chegar às livrarias com o título O Ouvidor do Brasil - 99 Vezes Tom Jobim. A obra é uma adaptação de 90 crônicas escritas sobre o músico na Folha, além de outras nove escritas exclusivamente para o projeto. Castro, que já escreveu longamente sobre o mestre da MPB em outros dois livros, dessa vez foca em seu lado mais pessoal. “O livro fala pouco de música porque Tom, em pessoa, falava pouco de música. É um Tom menos conhecido, com seus hábitos, particularidades, preferências (tem até o time de futebol dele), amizades (quase todas fora da música) e, principalmente, sua preocupação com o meio ambiente, quando isso ainda era um assunto estranho para muitos no Brasil”, explica. (Folha)

Pacheco devolve ao governo parte da MP que limita uso de créditos do PIS/Cofins

Depois da dura reação do setor produtivo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou nesta terça-feira que vai devolver as mudanças no PIS/Cofins feitas via medida provisória para compensar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e de pequenos municípios. “É sabido que, em matéria tributária, vigoram alguns princípios que são muito caros para se conferir segurança jurídica, previsibilidade, ordenação de despesas, manutenção dos setores produtivos. E um dos princípios é o de anterioridade e anualidade”, afirmou. Pacheco não gostou de o governo ter optado por tratar do assunto via MP, que passa a vigorar imediatamente e, se não votada em quatro meses, perde a validade. E alertou que dessa forma não há respeito à noventena — prazo de 90 dias para a medida entrar em vigor. O setor produtivo reclamava que a MP onerava todas as atividades econômicas, inclusive exportação. Pacheco destacou que não há adversidade entre o Legislativo e o Executivo e que a decisão foi tomada “com absoluto respeito” às prerrogativas do presidente Lula. E agradeceu ao líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), por ter sido construtivo desde que a “celeuma” foi criada. (Folha)

MEC suspende criação de cursos EAD até março de 2025

O Ministério da Educação suspendeu até 10 de março de 2025 a criação de novos cursos de graduação e o aumento de vagas e polos de Ensino a Distância (EAD). Segundo a pasta, a medida tem como objetivo garantir a sustentabilidade e qualidade dos cursos oferecidos nessa modalidade e faz parte do processo de revisão do marco regulatório do setor, que deve ser concluído até 31 de dezembro de 2024, após ouvir gestores, especialistas, conselhos federais e representantes das instituições de ensino superior. Em maio, o MEC já havia estipulado novas diretrizes para os cursos de licenciatura no modelo EAD, estabelecendo que pelo menos 50% da carga horária seja cumprida presencialmente. (g1)