Redação

Walmart troca etiquetas adesivas por eletrônicas e facilita preço dinâmico

O Walmart se tornou a mais recente rede varejista dos Estados Unidos a substituir os adesivos de preços de seus mercados por etiquetas eletrônicas nas prateleiras. O novo modelo vai permitir que os funcionários troquem os valores das mercadorias a cada dez segundos. “Se estiver calor lá fora, podemos aumentar o preço da água e do sorvete. Se houver algo próximo do prazo de validade, podemos baixar o preço – essa é a boa notícia”, disse o analista do setor de alimentos Phil Lempert. A adoção de valores dinâmicos já é uma prática conhecida em aplicativos de corrida, como Uber e 99, mas se torna mais polêmica quando discutida por outros setores. Em fevereiro, a rede de fast food Wendy’s se viu envolvida em uma confusão, quando foi mal interpretada sobre a mudança de preços em horários de menor circulação, o que segundo a companhia, não envolvia tal prática. (NPR)

Moraes censura reportagens sobre relato de agressão de Lira a sua ex-mulher

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a retirada de dois vídeos e dois textos jornalísticos em que Jullyene Lins, ex-mulher do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), diz que teria sido agredida pelo parlamentar em 2006. A medida atendeu a um pedido feito pela defesa de deputado e inclui vídeo de uma entrevista feita pela Folha em 2021, outro da Mídia Ninja, uma reportagem do Terra e outra do Brasil de Fato sobre o caso. A decisão de Moraes tem o mesmo conteúdo de outras determinações suas voltadas a perfis de influenciadores bolsonaristas. À Folha, Jullyene disse que Lira, com quem foi casada por dez anos e tem dois filhos, agrediu-a fisicamente e, tempos depois, ameaçou-a para que mudasse seu depoimento. Ela acabou mudando o depoimento, e ele foi absolvido em 2015. No ano passado, Lira também moveu ações pedindo a remoção de conteúdos produzidos pela Agência Pública e pelo canal ICL Notícias, além de reparação por danos morais. Mas, nos dois casos, os juízes negaram as liminares. (Folha)

China é o verdadeiro poder na relação entre Putin e Kim

Seul, Tóquio, Washington e Bruxelas veem um grande perigo na aproximação entre Vladimir Putin e Kim Jong Un. Os dois líderes precisam um do outro. Putin necessita urgentemente de munições para manter a guerra na Ucrânia, e a Coreia do Norte precisa de dinheiro. Mas eles estão reforçando seus laços às portas da China. Por isso, têm de ser cautelosos para não provocar Pequim, uma fonte vital de comércio e de influência para os dois regimes, que são alvos de sanções. E mesmo que Putin enalteça a sua “firme amizade” com Kim, deve saber tem um limite. O limite é o presidente chinês, Xi Jinping. E há alguns sinais de que Xi desaprova a crescente aproximação entre dois dos seus aliados. (BBC)

Autor de PL Antiaborto prevê mudanças em texto e mais tempo para debate

Autor do projeto de lei Antiaborto, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) admitiu que a matéria poderá ser ajustada e que a criação de uma comissão para analisar o texto dará mais tempo para o debate na Câmara. “O projeto pode ser amadurecido. Contribuições para enfrentar os estupradores com mais pena, estamos dispostos a cumprir e [fazer] ajustes no texto. Nunca vi um projeto de lei entrar nesta Casa [Câmara] e sair na segunda Casa [Senado] igual entrou”, disse em entrevista nesta quarta-feira. Mas, o parlamentar garantiu que continuará lutando pela aprovação da criminalização do procedimento após 22 semanas de gravidez mesmo em situações já garantidas por lei, como em caso de estupro. “Não abriremos mão do cerne do projeto, que é defender a vida (sic) do pequeno bebê. Isso é prioridade para todos nós”, concluiu. (Folha)

Mauro Vieira diz que retirada de embaixador de Israel não significa rompimento

Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores na Câmara dos Deputados, o chanceler Mauro Vieira afirmou que a retirada do embaixador Frederico Meyer da representação brasileira em Tel Aviv não significa o rompimento das relações com Israel. “Retirar o embaixador é muito aquém de um rompimento”, afirmou. A embaixada continua aberta, sob o comando do encarregado de negócios, Fábio Farias. Meyer deixou o posto no início do ano, após ser convocado pelo ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, a uma cerimônia pública no memorial do Holocausto, em Jerusalém, para repreendê-lo por uma declaração do presidente Lula, comparando os ataques de Israel à Faixa de Gaza ao Holocausto. Fora dos padrões de reprimendas privadas, o episódio foi visto pelo Brasil como humilhante. Já Lula foi classificado como persona non grata por Israel e chamou Meyer de volta. Vieira reafirmou a posição do Brasil pelo reconhecimento de dois Estados e enfatizou que Lula condenou os ataques terroristas do Hamas e sempre defendeu a libertação dos reféns. Mas reiterou que o uso da força militar por Israel é desproporcional. (Globo)

Novos nomes surgem como possíveis substitutos de Campos Neto no BC

As recentes críticas de Lula ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, aqueceram as especulações sobre possíveis novos nomes para substituí-lo a partir do ano que vem. Na entrevista de terça-feira à CBN, Lula usou termos como “maduro” e “calejado” para descrever o perfil de seu futuro indicado. Só que o principal cotado até então, o atual diretor de Política Monetária da autarquia, Gabriel Galípolo, tem apenas 42 anos. Por isso, agentes do mercado passaram a enxergar uma diminuição nas chances de ser Galípolo, especialmente se ele votar nesta quarta-feira pela manutenção da Selic em 10,5% ao ano. Nas bolsas de apostas, circulam nomes como o do ex-diretor do BC Luiz Awazu, de 67 anos; o do ex-ministro Guido Mantega, de 75; e o do atual presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, de 70. Outros nomes especulados são os do economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato Barbosa, de 45 anos, e o do economista André Lara Resende, de 73 anos. (Valor)

Astrônomos descobrem primeiro par de quasares em período próximo ao Big Bang

Cientistas fizeram uma descoberta inédita, ao encontrar, pela primeira vez, um par de quasares no período mais próximo ao Big Bang. Cada quasar, núcleo brilhante de uma galáxia formado por um buraco negro, tem 100 milhões de vezes a massa solar, orbitando duas galáxias em processo de fusão que existiam quando o Universo tinha “apenas” 900 milhões de anos, no período conhecido como “Amanhecer Cósmico” ou “Época da Reionização”, quando os primeiros corpos celestes se formaram. O estudo foi publicado na revista científica The Astrophysical Journal Letters. Os astrônomos descobriram os astros acidentalmente, enquanto rastreavam áreas remotas do Universo, quando encontraram duas fontes de luz semelhantes e extremamente vermelhas. Ao procurar entender o comportamento dos elementos no entorno, descobriram que a luminosidade vinha da formação contínua de estrelas em suas galáxias hospedeiras e que a ponte de gás que os uniam tratava-se de uma fusão.

Juro alto não é problema só do fiscal, diz um dos pais do Plano Real

Para ler com calma. Um dos idealizadores do Plano Real, Winston Fritsch, de 77 anos, era secretário de Política Econômica em 1994. Nos 30 anos do estabelecimento da moeda brasileira, o engenheiro e economista faz um retrospecto dos últimos anos no país, a partir do Plano Real, e diz ter esperança de que o governo Lula ainda possa surpreender positivamente. “Melhoramos em vários aspectos, mas os problemas estruturais seguem latentes. O real deixou alguns unfinished business (negócios não resolvidos). Uns estruturais; outros, de manutenção. A política fiscal pode ser entendida como problema estrutural. Pois temos um sistema muito ineficiente, cheio de band-aids. E o equilíbrio fiscal é algo que vamos ter de buscar sempre”, diz em entrevista à Folha. Entre outros assuntos, ele fala sobre privatização, tributação, crises internacionais, reformas juros e crise fiscal. “O juro está alto por causa do fiscal? Bullshit [bobagem]. Está alto pela taxa do Fed a 5,5% ao ano. Mas aparece todo o discurso conservador da Faria Lima. É claro que você tem que ter um déficit primário baixo, mas não precisa ser zero. Tem países que tem déficits primários muito maiores que o Brasil e estão funcionando.” (Folha)

Alucinações, memória, empatia: o que acontece no cérebro quando estamos morrendo?

Uma neurologista dos Estados Unidos tem se dedicado há uma década a estudar o que se passa no cérebro humano no momento da morte. E descobriu que quando ventiladores mecânicos são retirados e os pacientes já estão além de qualquer possibilidade de recuperação, tem início uma alta atividade cerebral relacionada às funções cognitivas. Segundo a pesquisadora Jimo Borjigin, diretora de um laboratório que leva seu nome na Universidade de Michigan, foram detectadas ondas gama — as ondas cerebrais mais rápidas — que estão envolvidas, por exemplo, com a memória. Uma das áreas ativadas é a chamada zona quente cortical posterior, a parte de trás do cérebro, responsável pela percepção sensorial. Essa área está associada à consciência, aos sonhos e às alucinações visuais. A junção temporoparietal, do lado direito do cérebro, tem sido associada ao desenvolvimento da empatia. "Pacientes que sobreviveram a paradas cardíacas e tiveram experiências próximas à morte relatam que essas experiências os mudaram para melhor, que passaram a sentir mais empatia.” (BBC)

Alta do dólar faz bancos centrais de países da América Latina cortarem menos juros

A política monetária na América Latina vem sendo alterada pela valorização global do dólar, que tem modificado as expectativas de bancos centrais em países como Brasil. Até o início do ano, o boletim Focus previa taxa Selic a 9% no fim de 2024, mas a reunião do Copom deve acabar hoje com a manutenção dos 10,50% ao ano. Em relatório sobre a situação do continente, a XP destaca que as economias da região estão vivendo uma flexibilização monetária, mas em diferentes fases. Brasil, Chile e Peru, por exemplo, estão chegando ao fim deste ciclo e sendo mais cautelosos com as taxas de câmbio. “Grande parte da desvalorização das moedas pode ser atribuída à força do dólar em meio a juros mais altos nos Estados Unidos”, afirma o economista da XP Francisco Nobre. (InfoMoney)