Redação

Reformista é o mais votado no Irã, que terá segundo turno na sexta-feira

O Irã terá segundo turno nas eleições presidenciais. O parlamentar reformista Masoud Pezeshkian teve uma pequena margem à frente do linha-dura Saeed Jalili, mas não conseguiu superar os 50% de votos necessários para vencer no primeiro turno. Quase 25 milhões de iranianos foram às urnas. Pezeshkian recebeu 10,45 milhões de votos, Jalili ficou com 9,47 milhões e o outro líder conservador, Mohammad Bagher Ghalibaf, 3,38 milhões. Cerca de 60% do eleitorado não foi compareceu às urnas como forma de protesto contra o governo. Mais perto da vitória, Pezeshkian, um renomado cirurgião cardíaco de 69 anos, foi o único reformista aceito pelo Conselho dos Guardiães para se candidatar. Agora no segundo turno, marcado para a sexta-feira, dia 5, seu esforço será para atrair a multidão de ausentes no primeiro. Ele defende diálogo com o Ocidente, que as mulheres se vistam como quiserem e já disse que não acionará a chamada “polícia moral” caso seja eleito. (Guardian)

Aos 93 anos, bilionário Warren Buffett dá uma prévia do seu testamento

Warren Buffett, o bilionário investidor e décimo homem mais rico do mundo, deu uma prévia do seu testamento ao jornal The Wall Street Journal. Ele pretende deixar quase toda sua fortuna para um fundo de caridade administrado por seus três filhos. Buffett tem patrimônio de US$ 128,4 bilhões no momento e controla desde 1965 a empresa Berkshire Hathaway. Ele também confirmou que deixará de colaborar com a Fundação Bill & Melinda Gates - no total, o bilionário já doou US$ 39,3 bilhões para a fundação. Aos 93 anos, afirmou: “Existem oito bilhões de pessoas no mundo, eu e meus filhos estamos entre os mais sortudos. Há muitas maneiras de ajudar as pessoas”. Ontem, Buffett doou US$ 5,3 bilhões em ações para cinco instituições de caridade, sua maior contribuição desde que começou a fazer doações anuais, em 2006. Seus filhos terão a responsabilidade de decidir como a fortuna será distribuída para causas filantrópicas. (Wall Street Journal e Forbes)

Lula diz que economia vive bom momento e evitar pedir votos para Boulos

O presidente Lula está em São Paulo neste fim de semana e, um dia após o IBGE divulgar os números da PNAD Contínua - que indicaram, entre outros dados, o índice de desocupação mais baixo dos últimos 10 anos (7,1%) -, o petista disse que a economia brasileira vive bom momento. “Não sei se vocês acompanham os números. Hoje temos o menor desemprego desde 2014. Temos o crescimento da massa salarial, da renda das pessoas, de 11,7%. Temos aumento do salário mínimo de acordo com a alta do PIB [Produto Interno Bruto]. Temos condições de dizer que os acordos salariais, antes abaixo da inflação, hoje são feitos com aumento real”, disse o presidente. Ele afirmou querer que empresários lucrem “para girar a economia” e destacou a importância do investimento em educação para melhorar a mão de obra trabalhadora. “Quero que a economia cresça, quero que todo mundo cresça. Mas é importante que a gente coloque o povo mais humilde para subir um degrau na escala social desse país. E começa pela educação. O Estado tem que garantir à filha mais humilde da empregada doméstica o direito de entrar na mesma universidade que o filho da patroa. Se for universidade pública, tem que ser igual para todo mundo”, defendeu. (Poder360)

Pobres e negros são mais prejudicados pela tragédia do RS, diz pesquisa

Estudo do Datafolha com 567 entrevistas revela quem são as pessoas mais atingidas pela tragédia no Rio Grande do Sul. Segundo o instituto, a população mais pobre, negra e com menor escolaridade é a que mais sofreu perdas de patrimônio e de renda nas enchentes dos últimos dois meses. Cento e setenta e nove pessoas morreram, 34 ainda estão desaparecidas e 2,3 milhões foram prejudicadas de alguma forma. Nas cidades atingidas pelas inundações, quase metade (47%) das famílias que ganham até dois salários mínimos respondeu ter perdido casa, móveis, eletrodomésticos ou o próprio sustento — na forma do emprego ou da própria empresa. Entre aquelas que ganham de cinco a dez salários, 13% relatam algum tipo de prejuízo. Mais da metade (52%) das pessoas pretas relata algum tipo de perda com as enchentes. Entre os pardos, 40% tiveram prejuízo. Entre a população branca dessas mesmas cidades, 26% sofreram perda material ou de renda. (Folha)

Executivos da Americanas se livram da cadeia

Ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, foi liberado pelas autoridades espanholas neste sábado após ser detido pela Interpol em Madri. Ele está sendo investigado pela Polícia Federal na operação Disclosure por fraude nos balanços contáveis da empresa no valor de R$ 25,3 bilhões. A defesa alega que o executivo é vítima de “delações mentirosas” e nega participação no esquema fraudulento. Gutierrez, que vive há um ano em Madri, entregou o passaporte e precisa se apresentar a cada 15 dias às autoridades. Enquanto isso, a ex-diretora Anna Saicali, que fugiu para Portugal há duas semanas, comprometeu-se a voar de volta para o Brasil na noite de domingo, com chegada prevista para a madrugada de segunda-feira, dia 1. Após pedido de sua defesa, a Justiça revogou a prisão preventiva de Saicali sob a condição de entrega do passaporte e apresentação no aeroporto de Lisboa, sem ser detida ou algemada. A investigação envolve 15 ex-diretores e executivos da companhia acusados no envolvimento daquele que é considerado o maior crime financeiro da história do Brasil. (Folha, Valor e UOL)

Somente o clã Biden pode fazer o presidente mudar de ideia

Ninguém além de sua esposa, da irmã mais nova, do melhor amigo e de um pequeno grupo de conselheiros irá influenciar o presidente Joe Biden a desistir da reeleição. Mesmo que os principais jornais do país, como o New York Times, e inúmeros políticos do seu próprio partido insistam em pedir que ele se retire da disputa. A única forma de Biden se afastar, apesar de seu debate desastroso, é se o pequeno clã que o cerca pedir que ele o faça - e nada garante que isso vá acontecer. Muito pelo contrário. Jill Biden, sua companheira há quase cinco décadas, é sua principal apoiadora e pensa que as cenas de quinta-feira foram apenas uma noite ruim - e noites ruins acontecem. Enquanto isso, os aliados de Biden imaginam cenários e veem poucas chances de alguém além da vice-presidente, Kamala Harris, ganhar a indicação, caso Biden mude de ideia - mas muito se fala, de Washington a Los Angeles, no governador da Califórnia, Gavin Newsom. “Eles sabem que foi um desastre”, disse uma fonte próxima à família. “Mas acreditam que há esperança.” Biden mantém apoios fundamentais para a confirmação de sua candidatura na convenção democrata em agosto. O principal deles é do ex-presidente Barack Obama. No dia seguinte à sua performance em rede nacional, Biden demonstrou força durante comício em North Carolina: “Eu não ando tão facilmente quanto costumava. Não falo tão suavemente quanto costumava. Não debato tão bem quanto costumava. Mas sei como dizer a verdade. Sei o que é certo e o que é errado. Sei como fazer esse trabalho. (...) E sei, como milhões de americanos sabem: quando você é derrubado, você se levanta”. (Axios e New York Times)

Marina Abramovic e seus 7 minutos de silêncio em Glastonbury

Abramovic fez uma intervenção artística com milhares de pessoas em "colaboração", como ela disse

Silêncio é o que não se espera em um festival de música, muito menos no de Glastonbury, com headliners como Coldplay, Dua Lipa e SZA. Mas uma intervenção da artista sérvia Marina Abramovic fez a multidão que estava na plateia se manter em silêncio por longos sete minutos, “Existem guerras, fome, protesto e matança. Aqui, nós podemos fazer algo diferente”, disse. Convidada pelos organizadores do festival, ela encorajou as milhares de pessoas presentes a pensarem sobre a paz de olhos fechados. Todos se calaram enquanto Abramovic, de 77 anos, mantinha-se no palco, com os braços abertos e um vestido branco que formava o símbolo da paz. “Todos podemos dar amor incondicional uns aos outros. É a única maneira de mudar o mundo.” Assista à performance aqui. (BBC)

Os melhores filmes de 2024 até agora

A Variety acredita que 2024 já é um sucesso para o cinema e fez uma lista com os melhores filmes até o momento, incluindo grandes produções e outras independentes. Divertida Mente 2 marcou o retorno criativo da Pixar e está fazendo sucesso no mundo todo, incluindo Brasil. A animação insere novas emoções na vida de Riley, que agora precisar lidar com desafios da adolescência. Já Duna: Parte Dois, de Denis Villeneuve, está na lista por ter continuado a saga épica de ficção científica com um novo espetáculo visual, consolidando o impacto do primeiro filme. A revista elogia as questões humanas reais do filme, que simplificam a trama misteriosa em um mundo tão diferente. A história de amor e esporte de Luca Guadagnino em Rivais também foi lembrada. O filme explora um triângulo amoroso no mundo do tênis entre Art (Mike Faist), Patrick (Josh O'Connor) e Tashi (Zendaya). O roteiro de Justin Kuritzkes e a direção de Guadagnino transformam o drama em um jogo complexo de atrações e rivalidades, com uma visão do amor além do convencional. Aqui a lista completa. (Variety)

Rival do Ray-Ban Meta terá ChatGPT-4o integrado

GPT-4o nos óculos. Os Ray-Ban Meta Smart Glasses terão um competidor. A Solos está lançando o AirGo Vision, que além de gravar vídeos, terá integração com o chatbot da OpenAI. O novo modelo fotografa por comando de voz, tira dúvidas, reconhece objetos, pessoas, plantas e animais, e também sugere caminhos mais rápidos no trânsito. O AirGo Vision tem design modular, permitindo substituir a câmera quando necessário e as hastes. Se quiser usá-lo como óculos de sol, basta trocar a lente. Eles possuem LEDs para notificação de chamadas ou e-mails e podem ser integrados com as IAs Google Gemini e Claude da Anthropic. Assim como o Ray-Ban Meta, os óculos respondem perguntas por áudio, sem exibir informações visualmente. Preço e data de lançamento ainda não foram definidos, mas espera-se que custem mais de US$ 250 (cerca de R$ 1.400, na cotação atual). Já o Ray-Ban Meta começa a partir de US$ 299 (aproximadamente R$ 1.672). (The Verge)

Apenas sete estados realizam cirurgias de redesignação sexual pelo SUS

Em 2008, o Brasil instituiu o chamado processo transexualizador no Sistema Único de Saúde (SUS), que inclui diversos procedimentos destinados a pessoas transexuais, como cirurgias de redesignação sexual. Mas, após 16 anos, apenas sete estados possuem um total de dez serviços oficialmente habilitados para as operações em todo o país. De acordo com a presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Bruna Benevides, o número de estabelecimentos é insuficiente para dar conta da demanda, fazendo com que pessoas fiquem mais de dez anos na fila de espera. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram realizados 565 procedimentos desde 2008 pela rede pública, sendo 53 deles no ano passado. Até abril deste ano, foram 28. Para realizar a cirurgia, é preciso ser maior de 21 anos e ter passado por acompanhamento clínico e hormonal por pelo menos 24 meses. (Globo)