Redação

Governo planeja arrecadar R$ 50 bilhões com novo ‘Desenrola’

O Governo federal está discutindo um novo programa de renegociação de dívidas com a União, uma espécie de continuação do Desenrola, a exemplo do que foi lançado no ano passado. O foco agora estaria em repactuar débitos de até R$ 20 mil com a União. A proposta partiu do ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), que teria apresentado o projeto ao Presidente Lula e recebido aval para ir adiante. França já alinhou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que também deu sinal verde à proposta, com potencial de arrecadar até 50 bilhões de reais e ajudar a cumprir as metas fiscais de déficit zero em 2024 e 2025. França teve como amparo o fato de existirem 37 milhões de protestos do governo federal contra pessoas físicas e jurídicas, somando R$ 569 bilhões em dívidas, com valor médio de pouco mais de R$ 15 mil. Inicialmente a ideia não seria perdoar multas e juros ou parcelar o débito, mas sim aplicar um desconto percentual no montante total da dívida, facilitando o pagamento. (CNN Brasil)

Ações judiciais contra planos de saúde aumentam 50% em três anos

Cresceu 50% o número de ações contra planos de saúde entre 2020 e 2023. O número saltou de 80,7 mil processos para 122,2 mil, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em 2024, quatro mil novas ações foram protocoladas entre janeiro e abril. Além da quebra de expectativas entre as necessidades do consumidor e a oferta dos planos de saúde, um dos principais motivos é o fato de não haver regulamentação para os planos de saúde coletivos, que abrangem cerca de 80% das pessoas que têm acesso à saúde privada. Elas sofrem com reajustes considerados abusivos pelos especialistas e que chegam, não raro, a 25%. No Procon-SP o número de queixas registadas também subiram - no ano passado, foram 13.230 reclamações, 38% a mais do que no ano anterior. (InfoMoney)

Federal Reserve passa a enviar sinais de cortes de juros em breve

O Banco Central norte-americano, o Federal Reserve (Fed), vem dando claros sinais de que o início do afrouxamento monetário chegará em breve, com redução dos juros do nível mais alto dos últimos 23 anos, no intervalo entre 5,25% e 5,50%. Semana passada, Jerome Powell, presidente do Fed, e outras autoridades do banco, tiveram falas mais leves com relação à política de juros dos Estados Unidos amparadas nos dados de inflação ao consumidor (CPI na sigla em inglês) e produtor (PPI), que mostraram números bons, abaixo do consenso no caso do CPI e um pouco acima no do PPI. Além disso, o mercado de trabalho mostrou desaceleração com taxa de desemprego em 4,1%, acima dos 4% esperados. Powell entende ser necessária uma política de juros que não penalize demais a atividade econômica do país para ser feito o chamado pouso suave, e vê progresso no combate à inflação com as taxas no atual patamar. O mercado já espera redução nas próximas três reuniões do FOMC (Comitê de Política Monetária americano) - as três últimas do ano -, em setembro, novembro e dezembro. A política de juros norte-americana impacta mercados e economias de todo o mundo, incluindo Brasil. Quanto maiores os cortes de juros nos Estados Unidos, maiores as chances de um fluxo de investimentos mais expressivo para o Brasil. (Financial Times)

Google se aproxima de compra de startup de segurança cibernética

A Alphabet, controladora do Google, está negociando a aquisição de uma startup de segurança cibernética, a Wiz, por nada menos que US$ 23 bilhões. Se concluída nesses termos, esta será a maior aquisição da Alphabet até hoje. O Google tem um histórico de compras menores se comparado a outras big techs. A última aquisição da companhia, a Motorola Mobility, deu-se por US$ 12,5 bilhões há doze anos. A eventual aquisição pode fortalecer os esforços da Alphabet no setor de computação em nuvem, mercado no qual a empresa ocupa a terceira posição atualmente, atrás da Amazon e da Microsoft. A Wiz foi fundada em 2020 e chama atenção pela capacidade de valorização rápida, tendo atingindo US$ 350 milhões em receita recorrente anual em 2023, com parcerias com grandes empresas de nuvem como Amazon, Microsoft e a própria Google. (Valor Econômico)

Câmara entra em recesso informal nesta segunda-feira

Deputados e senadores já começam a esvaziar Brasília nesta segunda-feira, dia 15, para o início das férias parlamentares. Com isso, os projetos do legislativo paralisam, como a promulgação da Reforma Tributária. O recesso é considerado informal, pois para haver a paralisação do meio do ano é necessário ser aprovado o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que orienta o Orçamento do ano seguinte, o que ainda não aconteceu - mas houve acordo para que ninguém comparecesse no final de julho e nenhuma sessão fosse convocada. Por ser informal, o recesso não paralisará o cronômetro dos prazos regimentais, ou seja, medidas provisórias (MPs) seguem valendo e terão menor tempo de apreciação em agosto antes de perderem validade. No segundo semestre, também dividirão atenções com as pautas legislativas as eleições municipais, nas quais muitos parlamentares estarão concorrendo ou apoiando políticos de sua base. No entanto, as sessões do legislativo não acabaram por completo esta semana: a Câmara ainda tem agendas do Conselho de Ética e o Senado contará com sessões semipresenciais entre terça-feira, dia 16, e quarta-feira, dia 17. Pautas mais quentes, em sua maioria, ficam para agosto, com exceção da tentativa de uma alternativa à desoneração da folha de pagamentos. (g1 e CNN)

Trump ensaia novo tom em primeira entrevista após atentado

Donald Trump deu entrevista após atentado enquanto voava para a convenção republicana que começa hoje

Donald Trump deu uma entrevista de trinta minutos a dois jornalistas conservadores durante o voo que o levou a Milwaukee, onde começa hoje a convenção republicana que irá confirmar sua candidatura à Casa Branca. A bordo do seu Boeing 757, ele disse que “deveria estar morto” e que isso não aconteceu por milagre. “O mais incrível foi que eu não só virei a cabeça, mas virei no momento exato”, disse, afirmando que o tiro não o acertou em cheio porque ele virou-se para ler em uma tela números sobre imigração, enquanto discursava para apoiadores no comício de Butler, na Pensilvânia, na tarde de domingo. O ex-presidente afirmou que o atentado mudará completamente seu discurso de quinta-feira, quando fará um pronunciamento após ser nomeado como candidato republicano pela terceira vez consecutiva. “Eu tinha preparado um discurso brutal sobre a administração corrupta e horrível [de Joe Biden]”, disse. “Mas o joguei fora.” Ele pretende “unir o país” em sua nova fala, mas admite não saber se isso é possível, pois “as pessoas estão muito divididas”. “Alguns querem fronteiras abertas, outros não. Alguns querem que os homens possam jogar em times esportivos femininos, outros não”, declarou a Michael Goodwin, do New York Post, e Byron York, do Washington Examiner. Trump elogiou o telefonema que recebeu do presidente Joe Biden dizendo que a ligação foi “ótima” e que o democrata foi “muito gentil”. Sugeriu que a campanha entre eles poderá ser mais civilizada de agora em diante. Também elogiou o Serviço Secreto, que fez, nas suas palavras, um “trabalho fantástico”. (New York Post e Washington Examiner)

Atentado a Trump mostra risco das armas, diz Lewandowski

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, usou o atentado na Pensilvânia, que classificou como “lamentável”, como exemplo contra a proliferação de armas de fogo. “O aumento indiscriminado de armas de fogo em poder dos cidadãos comuns não representa apenas um risco para a segurança pública, mas coloca em xeque a própria democracia, como demonstra o lamentável atentado cometido contra o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em plena campanha pela reeleição”, afirmou. (CNN)

Marina diz que é preciso não demonizar quem é contra ou a favor do aborto

A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, posicionou-se contra a PL Antiaborto, que equipara o aborto ao crime de homicídio. Evangélica, Marina voltou a dizer que qualquer mudança na legislação deve ser debatida por meio de um plebiscito, mas que é preciso trabalhar para que as mulheres possam ter condições de fazer suas escolhas. Ela também disse que o debate não deve ser demonizado, “nem de quem é a favor nem de quem é contra”.

Morre Shannen Doherty, estrela dos seriados ‘Barrados no Baile’ e ‘Charmed’

Morreu nos EUA, aos 53 anos, a atriz Shannen Doherty, que alcançou fama mundial com os seriados Barrados no Baile e Charmed. Ela lutava desde 2015 contra um câncer que começou no seio e se alastrou para outras partes do corpo. Doherty começou a carreira ainda na infância, participando de séries de sucesso como Os Peregrinos e Our House, mas se tornou uma estrela em 1990, ao ser escalada para o papel principal de Barrados no Baile. Ela vivia Brenda, jovem que se mudava com os pais e o irmão para Beverly Hills, área rica de Los Angeles. A atriz tinha fama de difícil e acabou demitida após cinco temporadas devido a brigas com colegas. Em 1998, estrelou outra série de sucesso, Charmed, como Prue, a mais velha de três irmãs bruxas, mas também se indispôs com colegas e acabou cortada em 2001, ao fim da terceira temporada. Desde então, participou de filmes, realities e séries, inclusive uma continuação de Barrados. Artistas, alguns dos quais se estranharam com ela ao longos dos anos, foram a público lamentar a morte da atriz. (Deadline)

Biden determina ‘revisão independente’ da segurança de Trump

O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou neste domingo que será feita uma “revisão independente” da segurança de seu adversário na campanha eleitoral, o ex-presidente Donald Trump, que sofreu um atentado na tarde de sábado. Em um rápido comentário a jornalistas na Casa Branca após receber um relatório sobre as investigações, Biden apelou para que país permaneça “unido como uma nação” e pediu que as pessoas esperem mais informações antes de presumirem os motivos ou a afiliação política do atirador. O presidente deve fazer um pronunciamento formal mais longo no Salão Oval ainda na noite deste domingo. (AP)