Olavo David
Produtor e repórter multimídia do Meio. Formado em jornalismo, passou pelas redações do Jornal de Brasília e Metrópoles. É apaixonado por política, história e esportes - não necessariamente nessa ordem.
Produtor e repórter multimídia do Meio. Formado em jornalismo, passou pelas redações do Jornal de Brasília e Metrópoles. É apaixonado por política, história e esportes - não necessariamente nessa ordem.
Em meio a toda a conspiração golpista que vem à tona, dois militares de alta patente se mostraram alheios às movimentações para derrubar o Estado democrático brasileiro até o momento. Ainda assim, a Polícia Federal pretende apurar uma suposta omissão dos dois fardados, que, mesmo sabendo da conspiração bolsonarista, não atuaram para conter os golpistas, algo obrigatório para qualquer servidor público – sobretudo aqueles com o poder para tal. De acordo com um relatório da corporação, os investigadores querem entender a razão por trás da inação do general Freire Gomes, ex-comandante do Exército, e do brigadeiro Baptista Junior, antigo chefe da Força Aérea.
Todo mundo sabe que o general Augusto Heleno, aquele mesmo, era o chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo passado. E, é claro, todo mundo sabe que o GSI tinha sob sua alçada o comando da Agência Brasileira de Inteligência. O que poucos tinham conhecimento é que a relação de Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin, e o ex-presidente Jair Bolsonaro superava até as barreiras hierárquicas.
O deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) foi alvo de operação da Polícia Federal, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, por supostamente ser gestor de espionagem ilegal dentro do Abin. Os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao parlamentar, inclusive dentro do Congresso Nacional. No gabinete, os agentes encontraram celulares e até um computador usado por Alexandre Ramagem nos tempos de Abin.
A Polícia Federal saiu às ruas bem cedinho, na quinta, para deflagrar mais uma fase da Operação Lesa Pátria. Essa aí, você sabe, é aquela que não tem data para acabar e que tem como alvos partícipes e financiadores dos atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado. Desta vez, quem recebeu um bom dia bem especial foi o deputado bolsonarista e líder da oposição na Câmara Carlos Jordy, do PL do Rio, investigado pelas relações que mantém com um dos organizadores da ‘Festa da Selma’ que os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) promoveram na Praça dos Três Poderes.
Ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal, Corte que também presidiu, Ricardo Lewandowski é o mais novo ministro da Justiça e Segurança Pública. Lewandowski assume no lugar de Flávio Dino, que deixou o Palácio da Justiça justamente para ir ao STF. A troca já era ventilada nos bastidores desde o fim do ano passado, mas ganhou ares públicos neste início de 2024. Agora, o presidente Lula anunciou de vez a ida de Lewandowski ao governo. É a segunda vez que o agora ministro da Justiça é indicado por Lula a um cargo. Em 2006, ainda no primeiro mandato do petista, o jurista foi o nome do presidente à Suprema Corte.
Num dia marcado pelas notas de apoio ao pe. Júlio Lancellotti e por derrotas sucessivas do presidente argentino, Javier Millei, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou as diretrizes para as Eleições Municipais de outubro deste ano. Além de cuidados e limites ao uso de Inteligência Artificial, como a obrigatoriedade de identificação das peças feitas com o recurso tecnológico, a Corte eleitoral estipulou também as punições para o uso indevido das ferramentas.
Na Argentina das últimas décadas, a pior crise econômica é sempre a seguinte. Após a eleição do extremista Javier Milei, a inflação, que batia na casa dos três dígitos há muitos anos, agora parece correr a galope solto. Em 15 dias de mandato, o novo ocupante da Casa Rosada aplicou medidas econômicas que dobraram os preços de produtos básicos, como as fraldas descartáveis, e já alcançaram cerca de 60% de incrementos em itens como a carne vermelha – um dos principais produtos de importação do país.
Tomou posse neste domingo o agora novo presidente da Argentina, Javier Milei. Ele, que é um populista de extrema-direita, chegou à Casa Rosada falando em “acabar com o populismo”. Em Buenos Aires, Milei recebeu a faixa do agora ex-presidente Alberto Fernandez, do espectro derrotado nas eleições de novembro, o peronismo. Logo na sequência, o novo chefe de Estado desprezou o tradicional discurso no Parlamento para falar com as massas, do lado de fora da sede do Legislativo.
Militares dos Estados Unidos e da Guiana realizaram exercícios aéreos conjuntos na região de Essequibo. Segundo a embaixada americana em Georgetown, as operações são de rotina e têm o objetivo de aprimorar a parceria militar e “fortalecer a cooperação regional”. Os exercícios estão em linha com as declarações do presidente guianense, Mohamed Arfaan Ali, de busca por aliados para assegurar a defesa da região no “pior cenário possível”. O Conselho de Segurança da ONU vai se reunir hoje para abordar o conflito territorial.
Na Câmara dos Deputados, recinto de muitos pré-candidatos às Prefeituras de suas cidades no ano que vem, uma parte dos parlamentares discute há algum tempo o aumento da verba disponível a quem desejar se candidatar nas Eleições Municipais de 2024. Para a próxima festa da democracia, parte da Câmara quer algo próximo a 4,9 bilhões de reais, o dobro do que foi disponibilizado nas eleições de 2020. Enquanto isso, uma maioria no Senado e alguns deputados de estados menores querem manter os 2,5 bilhões gastos no último pleito do tipo, com pequenas correções em face da inflação. O Congresso também avalia como irrigar o fundo eleitoral com dinheiro público. Uma proposta é reduzir a verba de alguns ministérios na votação do Orçamento de 2024, transferindo o dinheiro para o fundão.