Flávia Tavares

Editora-chefe do Meio. Jornalista com mais de 20 anos de carreira, com passagens pelo Estadão; pela revista Época, como repórter em Brasília e editora de política em São Paulo; e pela CNN, como editora-chefe do site. Ama escrever sobre política e direitos humanos. E agitar as reuniões de pauta com brincadeiras fora de hora.

Marielle Franco: crime completa 5 anos sem mandantes

Nesta terça, 14 de março de 2023, os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completam cinco anos sem resolução. Eles foram executados em 2018, no Rio de Janeiro, e a investigação ainda não chegou ao fim. Neste #MesaDoMeio, Mariliz Pereira Jorge, Flávia Tavares e Luciana Lima explicam por que é tão importante encontrar os mandantes do crime. As jornalistas também analisam a promessa de Jair Bolsonaro de devolver as joias presenteadas pelos sauditas, o retorno do julgamento do STF sobre abordagem policial, a bronca que Lula deu nos ministros que lançam propostas sem passar pela Casa Civil e a questão do etarismo envolvendo as estudantes de Bauru.

A incômoda ideia de Lula para o STF

A extrema direita nos deixa sem parâmetro do que é o mínimo aceitável e de onde deve estar nosso nível de exigência com um governo democrático civilizado. Em contraposição aos erros e crimes grotescos do governo anterior, e pelo que Lula representa na política do Brasil, a barra com ele deve, sim, estar lá em cima. A começar por ele não indicar seu advogado a ministro do STF.

Quem tem culpa pelos escravizados?

As vinícolas Aurora, Salton e Garibaldi se apressaram em dizer que não sabiam dos trabalhadores em condição análoga à escravidão que colhiam uvas para elas. Uma entidade de Bento Gonçalves ainda botou a culpa pela situação no Bolsa Família. E até eu já ignorei denúncia de trabalho escravo em marca de roupa de que gosto. Está na hora de assumirmos a responsabilidade que nos cabe.

Estou com medo de esquecer o Bolsonaro

As vacinas estão nos postos, a ministra da Saúde vai convocar uma mega campanha de vacinação agora em fevereiro, o Brasil está debatendo política econômica e até ovni chinês está na pauta. Me deu um baita temor de esquecer que estivemos tão distantes desse básico há tão pouco tempo.

Lula e o jogo duplo com o mercado

Ser um homem de esquerda liderando o país depois de quatro anos de extrema direita pode dar ao presidente um ímpeto de reforçar seus ideais social-democratas e seu desdém pela elite econômica, que ajudou o bolsonarismo a crescer. Mas também o desafia a se pacificar com essa mesma elite, sob risco de deixar a extrema direita ressurgir.

Hora da realpolitik

Observar de perto como é a negociação de cargos na Câmara e no Senado é um exercício para exterminar a ingenuidade e o falso moralismo de qualquer um. Mas dividir o poder é parte fundamental do jogo e acomoda interesses para que o Legislativo possa operar e se relacionar harmoniosamente com os demais poderes. É uma característica da nossa democracia imperfeita.

O que esperar das eleições da Câmara e do Senado

Uma nova legislatura se aproxima e, com isso, novas eleições para as Presidências no Congresso Nacional - e do próprio parlamento. Na Câmara, Arthur Lira (PP-AL) é franco favorito à recondução. No Senado, Rodrigo Pacheco também lidera as apostas, mas com vantagem menos considerável que o colega da Casa baixa. No #MesaDoMeio desta terça (31), Pedro Doria e Christian Lynch analisam os cenários para os pleitos e, de Brasília, a editora Flávia Tavares e a repórter especial Luciana Lima trazem as atualizações mais importantes na véspera da posse Legislativa.

É genocídio que chama

O que está acontecendo com o povo ianomâmi não é acidental. É um projeto. Tem comando e uma mentalidade militarista por trás. A gente já deixou de punir assassinatos com essa mesma mentalidade lá no fim da ditadura. Dessa vez, aproveitando as lições de Argentina, 1985, que acaba de ser indicado ao Oscar, não vai dar para deixar passar.

Genocídio ianomâmi na conta dos militares e de Bolsonaro

Desde o final da semana passada, as imagens apocalípticas da população ianomâmi têm rodado o Brasil e levantado uma série de perguntas que, invariavelmente, direcionam-se à principal: como chegamos às cenas vistas naquele território – teoricamente – protegido por lei? No #MesaDoMeio desta terça-feira (24), Pedro Doria, Mariliz Pereira Jorge e Flávia Tavares jogam luz sobre o tratamento relegado ao tema durante os últimos anos, sobretudo os que representam o mandato de Jair Bolsonaro na Presidência da República.

Golpistas têm direito aos direitos humanos?

Sim, claro que têm. Mas sempre que se atente contra a dignidade de outra pessoa ou contra a democracia alguns desses direitos podem ser revogados. É a lei. Entender isso passa por enxergar quem são os humanos, quais são os direitos e o que é dignidade.