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Flávia Tavares

Editora-chefe do Meio. Jornalista com mais de 20 anos de carreira, com passagens pelo Estadão; pela revista Época, como repórter em Brasília e editora de política em São Paulo; e pela CNN, como editora-chefe do site. Ama escrever sobre política e direitos humanos. E agitar as reuniões de pauta com brincadeiras fora de hora.

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Síria acusa Israel de bombardear aeroporto; israelenses dizem que sírios lançaram foguetes

As Forças de Defesa de Israel afirmaram que dois foguetes foram lançados pela Síria no norte do país e que reagiram com artilharia. O exército israelense informou que os foguetes caíram em uma área aberta e não há registros de feridos. Já a Síria acusa Israel de ter atingido novamente o aeroporto de Aleppo, ao norte do país. O Ministério da Defesa da Síria divulgou um comunicado em que afirma que “aproximadamente às 23h35, o inimigo israelense realizou um ataque aéreo vindo da direção do Mar Mediterrâneo, visando o Aeroporto Internacional de Aleppo, causando danos materiais ao aeroporto e colocando-o fora de serviço”. (Folha e Times of Israel)

Irã diz que, se Israel invadir Gaza com forças terrestres, terá de reagir

O Irã enviou uma mensagem a Israel, via Organização das Nações Unidas (ONU), reforçando que não quer uma escalada na guerra entre Israel e Hamas, mas que terá de intervir se a operação israelense em Gaza continuar, de acordo com duas fontes diplomáticas do Axios. O envolvimento do Irã no conflito, seja diretamente ou por apoio a grupos terroristas da Síria ou do Líbano, é um dos pontos de maior tensão regional. O governo de Joe Biden vem tentando dissuadir os iranianos e o Hezbollah de entrarem na guerra. Mas o ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, reuniu-se com o enviado da ONU ao Oriente Médio, Tor Wennesland, hoje em Beirute e disse que, embora não queira que o conflito se transforme numa guerra regional e vá tentar ajudar na libertação de reféns israelenses, se a operação militar de Israel continuar — e especialmente se Israel cumprir a sua promessa de uma ofensiva terrestre em Gaza – o Irã terá de responder. Wennesland ligou para o conselheiro de segurança nacional israelense, Tzachi Hanegbi, e outras autoridades e transmitiu a mensagem do Irã, disseram as fontes. Ainda neste sábado, Amir-Abdollahian se reuniu com o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Doha, Catar, de acordo com a agência de notícias oficial do Irã, a Irna. Esta é a primeira reunião oficial entre autoridades iranianas e Haniyeh após a "operação Tempestade em Al-Aqsa”, como a Irna chama o atentado do dia 7 de outubro. (Axios e CNN)

Brasileiros ainda não conseguiram deixar Gaza e Lula pede apoio ao Egito e a Abbas

Um grupo de 16 brasileiros que tentam deixar a Faixa de Gaza chegaram à cidade palestina de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza, e foi alocado pela Embaixada do Brasil na Palestina em uma casa na região. É dali que eles aguardarão a autorização para cruzar a fronteira e, do Egito, pegar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que espera em Roma, para o Brasil. Em reunião com ministros e membros do governo nesta tarde, o presidente Lula expressou a preocupação com a situação desses brasileiros. O governo busca confirmar a informação de que Israel não autorizou a saída de brasileiros e de cidadãos de outras nacionalidades de Gaza pela fronteira com o Egito. Cidadãos de diversos países se aglomeram nessa área, depois do ultimato para que o norte de Gaza fosse esvaziado. Após a confirmação dessa informação com autoridades israelenses e egípcias, o governo avaliará sobre como proceder.

Familiares acusam governo de Israel de abandonar reféns capturados pelo Hamas

Ronen Tzur, porta-voz das famílias dos israelenses desaparecidos após o ataque de 7 de outubro, muitos dos quais são mantidos em cativeiro em Gaza, criticou o governo de Israel por abandonar os reféns ao dizer que não aceitará negociar. Tzur disse numa coletiva em Tel Aviv que se Israel não negociar com inimigos que querem destruir Israel — de acordo com a declaração feita pelo Conselheiro de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi — o governo estará, na prática, abandonando os detidos. E que as famílias aguardam esclarecimentos sobre a declaração de Hanegbi. “Estamos aguardando clareza do governo”, diz Tzur.

Hezbollah não deve provocar ‘destruição’ do Líbano, alerta governo de Israel

Os ataques do Hezbollah parecem ter sido contidos e o grupo libanês não deve tomar nenhuma medida que possa levar à “destruição” do Líbano, afirmou Tzachi Hanegbi, conselheiro de segurança nacional do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em um pronunciamento na TV. Neste sábado, o Hezbollah disparou mísseis contra tropas israelenses nas Fazendas de Shebaa, faixa de terra sob controle de Israel, próxima da tríplice fronteira entre a Síria, Líbano e Israel. O grupo já havia assumido a autoria de outros quatro ataques contra Israel na sexta-feira. “Esperamos que o Hezbollah não provoque, de fato, a destruição do Líbano. Porque se houver uma guerra lá, o resultado não será menor”, disse ele, se referindo às ameaças de Israel de lançar ataques contra o país, numa tentativa de conter os ataques de mísseis do Hezbollah.

Análises: O desafio de Israel de manter as tratativas para a normalização das relações com a Arábia Saudita

Com o aprofundamento do conflito entre Israel e Hamas, e o potencial envolvimento de outros atores árabes na guerra, como o Hezbollah e o Irã, analistas descrevem o desafio do governo israelense de manter a tentativa de normalização das relações com a Arábia Saudita e como isso seria uma derrota aos radicais.

Crianças e mulheres são mortas em bombardeio israelense a comboio em fuga de Gaza

A BBC confirmou que um ataque israelense na rua Salah-al-Din, uma das duas rotas de evacuação do norte de Gaza para o sul, deixou mulheres e crianças palestinas mortas, algumas com idades entre dois e cinco anos. Na estrada, são visíveis na imagem pelo menos 12 cadáveres. Segundo a reportagem, o posicionamento das sombras no vídeo sugere que ele foi filmado por volta das 17h30, no horário local. O Ministério da Saúde palestino afirma que 70 pessoas morreram no local. Israel diz que investiga o caso e responsabiliza os inimigos pela tentativa de impedir que civis deixem o norte. (BBC Brasil)

Ataques a Gaza se intensificam e Israel diz ter matado dois líderes do Hamas

O prazo dado por Israel para a evacuação do norte da Faixa de Gaza expirou às 10h (horário de Brasília) e os ataques se intensificaram. As Forças de Defesa de Israel informaram que na ofensiva, que teve como um dos alvos um quartel-general do Hamas, matou o chefe da formação aérea do grupo, Murad Abu Murad, um dos líderes do atentado do dia 7 de outubro, e Ali Qadi, que seria, de acordo com a agência France Presse, chefe da unidade da força de elite do Hamas. Em visita a soldados da infantaria israelense próximos da Faixa de Gaza, o premiê Benjamin Netanyahu perguntou aos militares: “Vocês estão prontos para a próxima fase? A próxima fase está chegando”, conforme mostra um vídeo divulgado em suas redes sociais.

Lula apela por corredor humanitário em Gaza a presidente de Israel

O presidente Lula conversou com o presidente de Israel, Isaac Herzog, e fez um apelo por um corredor humanitário para que civis, incluindo brasileiros, possam deixar a Faixa de Gaza. Em um post no X, Lula disse ter reafirmado “a condenação brasileira aos ataques terroristas e nossa solidariedade com os familiares das vítimas. Solicitei ao presidente todas as iniciativas possíveis para que não falte água, luz e remédios em hospitais. Não é possível que os inocentes sejam vítimas da insanidade daqueles que querem a guerra”. Enquanto voos da FAB (Força Aérea Brasileira) e da Presidência da República já resgataram mais de 500 brasileiros que estavam em Israel, o Brasil está com dificuldades de retirar 22 brasileiros de Gaza. O governo mandou um avião da FAB ficar de sobreaviso em Roma, aguardando a autorização do Egito para a retirada dos brasileiros. (UOL)

Fernando Sabino, 100 anos

A obra-prima O encontro marcado, do escritor mineiro Fernando Sabino, cujo centenário é celebrado nesta quinta-feira, dia 12, revolucionou a literatura e influenciou gerações de autores que se seguiram. "Uma novidade, um espanto", lembra Humberto Werneck sobre como foi a chegada do livro, que ganhará edição comemorativa pela Record, em 1956. Apesar da imensidão desse romance, Sabino, contemporâneo de gigantes como Guimarães Rosa e Clarice Lispector, teve um legado ainda mais significativo nas crônicas, argumenta Henrique Balbi. E Alvaro Costa e Silva conta como o autor chegou a ser rotulado de “inventor” das crônicas — mas como foi bem além, sendo, inclusive, um cineasta. Confira cinco livros fundamentais de Fernando Sabino e os lançamentos em sua homenagem. (Estadão, Globo e Folha)

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