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Caio Mello

Redator do Meio. Jornalista formado pela Cásper Líbero, onde foi coautor de um livro sobre ocupações urbanas do Centro de São Paulo para o Trabalho de Conclusão de Curso. Tem experiência em cobertura política e econômica, passando por redações e veículos de rádio, além de ser pós-graduando em Ciência Política.

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Vendas no Varejo caem 0,3% em agosto, mostra IBGE

Em agosto de 2024, o comércio varejista no Brasil apresentou uma retração de 0,3% em relação a julho, mas surpreendeu o mercado, que esperava uma queda maior, de 0,6%. No acumulado do ano, o varejo ainda mantém um desempenho positivo de 5,1%, segundo os dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira. A média móvel trimestral, que havia variado positivamente em 0,2% no trimestre encerrado em julho, apresentou retração de 0,2% no trimestre encerrado em agosto, sinalizando uma desaceleração do setor. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de 4%, sendo o 23º mês consecutivo de variação positiva. No comércio varejista ampliado, que inclui atividades de veículos, motos, peças e peças, além de material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas caiu 0,8% em relação ao mês anterior. Ainda assim, na comparação com agosto de 2023, o varejo ampliado apresentou um crescimento de 3,1%.

Haddad considera alta da inflação em setembro como temporária

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou a jornalistas que a variação da inflação em setembro é temporária, destacando a influência de fatores climáticos, como a seca, sobre os preços de energia e alimentos. Ele pediu cautela ao Banco Central na definição da taxa básica de juros, comentando que “juro não faz chover”. Segundo o ministro, o aumento nos preços desses itens deve se normalizar com a chegada das chuvas. Haddad explicou que o IPCA de setembro, que subiu 0,44%, reflete um “choque de oferta”. A Selic, que está em 10,75% ao ano, deve ser ajustada nas próximas reuniões do Copom, com o mercado prevendo novos aumentos até o fim do ano.

Inflação acelera para 0,44% em setembro, puxada por energia e alimentos

A inflação no Brasil, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,44% em setembro, vinda de uma queda de 0,02% em agosto, conforme dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira. O resultado foi influenciado principalmente pelo aumento no grupo Habitação (1,80%), devido à alta de 5,36% nos preços da energia elétrica residencial, e no grupo Alimentação e bebidas (0,50%), que aumentou após dois meses de quedas.

Mercado revisa inflação para cima em 2024 e prevê PIB mais forte em 2025, revela Focus

O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, trouxe leves ajustes nas projeções econômicas dos agentes do mercado financeiro. A estimativa para a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024, subiu de 4,37% para 4,38%, enquanto as previsões de 2025 e 2026 se mantiveram em 3,97% e 3,60%, respectivamente. O Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 foi ajustado para cima, de 1,92% para 1,93%, enquanto as previsões para 2024 e 2026 permaneceram estáveis, com crescimento previsto de 3% este ano e 2% em 2026. No câmbio, a projeção para 2025 foi revisada de R$ 5,35 para R$ 5,39, mantendo-se em R$ 5,40 para 2024 e R$ 5,30 para 2026. Já a taxa Selic, taxa básica de juros do país, segue inalterada nas previsões, com 11,75% para 2024, 10,75% para 2025 e 9,50% para 2026. (Meio)

Brasil adota regras da OCDE para tributação mínima de multinacionais

O Governo Federal publicou a Medida Provisória nº 1.262 na noite de quinta-feira, que introduz no Brasil um adicional da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em conformidade com as Regras Globais Contra a Erosão da Base Tributária, parte do Pilar 2 da OCDE. Essa MP visa aplicar a nova regra a cerca de 290 grupos multinacionais que operam no país e que tenham faturamento superior a 750 milhões de euros, incluindo 20 grupos brasileiros. Segundo as novas diretrizes, qualquer grupo multinacional que pague menos de 15% de tributos sobre seu lucro deverá recolher um adicional para alcançar esse mínimo. A MP alinha o Brasil às práticas entre cerca de 140 países, evitando a cobrança duplicada de tributos. A projeção de impacto fiscal é de um aumento na arrecadação de R$ 3,4 bilhões em 2026 e R$ 7,3 bilhões em 2027. (Meio)

Criação de empregos nos EUA supera consenso com 254 mil novas vagas em setembro

Muito acima do esperado. O Bureau of Labor Statistics dos Estados Unidos divulgou que o emprego total não agrícola aumentou em 254 mil vagas em setembro, acima da expectativa de mercado, que era de 140 mil postos de trabalho. A taxa de desemprego se manteve praticamente inalterada em 4,1%. Com isso, a partir da atividade econômica mais forte, investidores passam a acreditar em um corte de 0,25 ponto percentual pelo Federal Reserve na próxima reunião da autoridade monetária norte-americana, ao invés dos 0,50 anteriormente. Segundo ferramenta FedWatch, do CME Group, 91% dos agentes de mercado passaram a precificar corte de 25 pontos-base e apenas 9% seguem crendo em corte de 50 pontos-base.

Produção industrial avança 0,1% em agosto após queda no mês anterior

A produção industrial brasileira subiu 0,1% em agosto, revertendo parte da queda de 1,4% observada em julho, conforme divulgou o IBGE (íntegra). Com esse resultado, o setor industrial alcançou um patamar 1,5% superior ao período pré-pandemia, embora ainda esteja 15,4% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. No acumulado do ano, a produção industrial subiu 3%, e, em 12 meses, a expansão foi de 2,4%. Entre os setores que puxaram o desempenho positivo em agosto estão as indústrias extrativas, que voltaram a crescer após uma queda em julho, e o segmento de produtos farmacêuticos. Quando comparado ao mesmo mês de 2023, o setor industrial teve crescimento de 2,2%, registrando o terceiro mês consecutivo de alta, embora com menor intensidade, afetado pelo efeito calendário e uma base de comparação elevada

Déficit do setor público recua, mas dívida e juros pressionam contas, revela BC

O setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 21,4 bilhões em agosto, levemente inferior ao déficit de R$ 22,8 bilhões registrado no mesmo mês de 2023, conforme dados do Banco Central, divulgados nesta segunda-feira. O Governo Central foi responsável por um déficit de R$ 22,3 bilhões, enquanto governos regionais e empresas estatais apresentaram superávits de R$ 435 milhões e R$ 469 milhões, respectivamente.

Focus mantém projeções de inflação e crescimento, mas eleva Selic para 11,75% em 2024

O Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (íntegra), indicou estabilidade nas projeções para inflação, crescimento econômico e câmbio em 2024, após semanas de revisões para cima nesses indicadores, mas as estimativas para a taxa básica de juros, a Selic, subiram novamente. Segundo os agentes de mercado ouvidos pela pesquisa, os juros devem ficar em 11,75% até o final de 2024, ante projeção de 11,50% na semana passada, enquanto a previsão para 2025 avançou de 10,50% para 10,75%.

BC: carteira de crédito cresce 0,9% em agosto

Em agosto, o crédito ampliado ao setor não financeiro do Brasil alcançou R$ 17,9 trilhões, equivalente a 158,1% do PIB, marcando um aumento de 1,4% em relação ao mês anterior. Este crescimento foi impulsionado, principalmente, pelos títulos de dívida, que apresentaram uma elevação de 2,1% no saldo, enquanto os empréstimos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) subiram 0,8%. Comparando ao ano anterior, o crédito ampliado cresceu 15%, com destaque para os títulos de dívida e empréstimos externos. No segmento empresarial, o saldo do crédito atingiu R$ 6,2 trilhões, representando 54,8% do PIB, com um crescimento mensal de 0,8% e anual de 15,6%. Para as famílias, o crédito totalizou R$ 4,1 trilhões, um aumento de 1% no mês e de 11,6% em 12 meses. Além disso, a carteira total de crédito do SFN cresceu 0,9%, totalizando R$ 6,1 trilhões. No mesmo período, a taxa média de juros nas concessões atingiu 27,7% ao ano, com uma leve queda em comparação ao mês anterior. Em um contexto de reestruturação do setor financeiro, a nova legislação, estabelece que os juros e encargos em crédito rotativo e parcelamento de faturas de cartões não podem exceder o valor original da dívida. O Banco Central iniciou a divulgação de estatísticas sobre os juros cobrados, para buscar maior transparência e proteção ao consumidor. (Meio)

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