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Caio Mello

Redator do Meio. Jornalista formado pela Cásper Líbero, onde foi coautor de um livro sobre ocupações urbanas do Centro de São Paulo para o Trabalho de Conclusão de Curso. Tem experiência em cobertura política e econômica, passando por redações e veículos de rádio, além de ser pós-graduando em Ciência Política.

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Previsão de inflação sobe pela quarta semana seguida, aponta Focus

As projeções do Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (íntegra), indicam continuidade no cenário de crescimento econômico em 2024, porém com maior pressão inflacionária e um câmbio mais alto. A estimativa de inflação oficial (IPCA) subiu para 4,55%, continuando a tendência de alta das últimas quatro semanas. O PIB, por sua vez, deve crescer 3,08%, segundo o mercado, enquanto a expectativa para a taxa Selic foi mantida em 11,75%. A previsão para o dólar no final de 2024 também foi reajustada para R$ 5,45, refletindo uma expectativa de fortalecimento da moeda americana com uma possível vitória de Donald Trump nos Estados Unidos e a preocupação fiscal no Brasil. Para 2025, apenas a inflação teve ajuste de racional, com subida prevista de 4%. PIB segue com expectativa de alta de 1,93%, com câmbio a R$ 5,40 e Selic em 11,25%. (Meio)

Confiança do consumidor cai após quatro meses de alta, aponta FGV

Após quatro meses consecutivos de alta, o Índice de Confiança do Consumidor, medido pela FGV IBRE, registrou queda de 0,7 ponto em outubro, atingindo 93 pontos. Segundo o levantamento, a diminuição foi atribuída à piora das expectativas para os próximos meses. A economista da instituição, Anna Carolina Gouveia, destacou que o resultado representa uma acomodação das expectativas, com estabilidade nas médias móveis trimestrais em 93,3 pontos. Segundo ela, apesar a diminuição do otimismo ter sido mais generalizada, a faixa de consumidores que recebe entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 foi exceção e declarou maior otimismo no mês. O Índice de Expectativas, responsável por medir as perspectivas futuras, caiu 2,5 pontos, atingindo 99,7 pontos, enquanto o Índice da Situação Atual, que avalia o momento presente, subiu 2 pontos, alcançando 83,7 pontos, o maior nível desde 2014, puxado tanto pela percepção das finanças pessoais, quanto na visão da economia local. (Meio)

Energia elétrica puxa alta acentuada da prévia da inflação de outubro

A prévia da inflação de outubro registrou alta de 0,54%, divulgou nesta quinta-feira o IBGE com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). Acima das expectativas de mercado, que esperava alta de 0,51%, o resultado representa uma aceleração em relação aos dados de setembro, quando o aumento foi de 0,13%. No acumulado do ano, o IPCA-15 apresenta alta de 3,71% e, nos últimos 12 meses, de 4,47%. O fator determinante foi Habitação, grupo que registrou variação de 1,72%, impulsionada pelo aumento de 5,29% nos preços da energia elétrica residencial após a entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar dois a partir de 1º de outubro.

Novo estudo revela que semaglutida oral reduz em 14% risco de eventos cardiovasculares

Durante um café da manhã para a imprensa na última segunda-feira, em São Paulo, a Novo Nordisk anunciou os resultados do estudo SOUL, que demonstrou que a semaglutida oral reduziu em 14% o risco de eventos cardiovasculares adversos graves em adultos com diabetes tipo 2. A pesquisa incluiu 9.650 pessoas com diabetes e doença cardiovascular ou doença renal crônica e comparou a semaglutida com placebo como parte do tratamento padrão. Portanto, há a comprovação de que o medicamento, quando adicionado ao tratamento convencional, contribui para a redução de eventos como morte cardiovascular, infarto do miocárdio não fatal e acidente vascular cerebral não fatal. Martin Holst Lange, vice-presidente executivo da Novo Nordisk, destacou a importância de terapias que tratam tanto o diabetes quanto as doenças cardiovasculares, uma vez que 1 em cada 3 adultos com diabetes tipo 2 também convive com problemas cardíacos. Os resultados do estudo também foram contextualizados com o recente lançamento do Wegovy no Brasil, outro medicamento da Novo Nordisk, que auxilia na redução de peso em pessoas com obesidade e sobrepeso, mas também reduz o risco de eventos cardiovasculares graves em 20%. (Meio)

Arrecadação federal atinge R$ 203 bilhões em setembro, recorde para o mês

A arrecadação federal em setembro de 2024 registrou um crescimento expressivo, atingindo novo recorde com R$ 203,169 bilhões, aumento real de 11,61% em comparação ao mesmo período do ano passado. As receitas administradas pela Receita Federal do Brasil somaram R$ 196,646 bilhões, com alta de 11,95%. Esse desempenho foi impulsionado pelo crescimento da massa salarial, retomada da tributação sobre combustíveis, a tributação de fundos exclusivos e a recuperação das importações. No caso da massa salarial, houve aumento de 7,23%, que impactou diretamente a arrecadação previdenciária, totalizando R$ 482 bilhões, a partir da criação de mais de 1,7 milhão de empregos formais até agosto de 2024. A tributação sobre fundos de investimentos exclusivos também teve impacto significativo, com a Receita Federal arrecadando R$ 13 bilhões, reforçando o desempenho do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos de capital, que cresceu 18,71%. (Meio)

‘A Vegetariana’, da vencedora do Nobel de literatura Han Kang, redimensiona as pequenas violências

‘A Vegetariana’, aclamada obra da mais recente vencedora do Nobel de literatura, não é sobre alimentação ou sobre o dilema de comer ou não carne, por mais que o título possa sugerir isso. A autora sul-coreana Han Kang pega algo comum e cotidiano para explorar a profundidade das relações humanas. Na obra, há uma mulher, Yeonghye, que decide abandonar os alimentos de origem animal de sua dieta. Diferentemente de 8% da população mundial ou de 14% do Brasil que são vegetarianos, sua decisão não teve como motivo saúde, religião ou até o impacto ambiental da indústria da proteína animal. Foram sonhos. Ou pesadelos. O que seria uma simples decisão de dieta provoca uma série de questionamentos das pessoas ao seu redor, e o texto, bem-escrito e dinâmico, faz o leitor se questionar a todo momento sobre do que realmente se trata a obra, já que decidir o que se come não é algo atípico.

BRICS lança sistema de pagamento unificado para transações internacionais

Aceita Brics? O bloco econômico composto por países emergentes lançou uma forma de pagamento conjunta, o BRICS Pay QR, que padroniza a conexão entre os diferentes sistemas de pagamento dos países membros, permitindo que comerciantes e consumidores façam transações usando QR code, independentemente de sua moeda nacional. Por meio de uma carteira digital integrada a aplicativos móveis, os usuários poderão realizar pagamentos com seus smartphones de forma ágil, semelhante ao que hoje é o Pix no Brasil. Entre os princípios básicos do novo sistema estão a descentralização, que distribui os fluxos financeiros entre os participantes, e a inclusão, permitindo que qualquer usuário acesse o sistema. Além disso, o BRICS Pay promete ter baixos custos de transação e rápido processamento. A estrutura colaborativa do BRICS Pay ainda abre portas para a integração com sistemas de pagamento já existentes, além de possibilitar a criação de novas funcionalidades, como carteiras digitais que operam com redes blockchain. São membros hoje do Brics o Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos. (Meio)

Estimativas de inflação e PIB voltam a subir para 2024, mostra Boletim Focus

As projeções dos agentes do mercado financeiro para a inflação e o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 foram revisadas para cima segundo o Boletim Focus (íntegra), divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de inflação do país, subiu de 4,38% para 4,39%, marcando a segunda semana consecutiva de alta. No entanto, a previsão para a inflação de 2025 teve uma queda, passando de 3,97% para 3,96%. Já as expectativas para o crescimento do PIB em 2024 subiram de 3% para 3,01%, com a previsão para 2025 mantida em 1,93%.

Setor de serviços frustra expectativas e recua 0,4% em agosto

O setor de serviços no Brasil teve uma retração de 0,4% em agosto de 2024, segundos dados divulgados pelo IBGE. A expectativa do mercado, de acordo com pesquisa do Broadcast, era de um crescimento de 0,1%, o que torna o resultado uma surpresa negativa. Ainda assim, o setor permanece 15% acima do nível registrado em fevereiro de 2020, antes do início da pandemia de Covid-19. Na comparação com agosto de 2023, o volume de serviços expandiu 1,7%, registrando o quinto mês consecutivo de alta. No acumulado do ano, o setor cresceu 2,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O recuo de julho para agosto foi puxado por duas das cinco atividades monitoradas. O destaque negativo foi o setor de informação e comunicação, que caiu 1%, influenciado por uma redução de 6,6% nos serviços audiovisuais. A retração nos transportes, de 0,4%, também contribuiu para o desempenho negativo, com o transporte aéreo caindo 4%.

Inflação ao Consumidor dos EUA sobe 0,2% em setembro

Em setembro de 2024, a inflação nos Estados Unidos subiu 0,2%, repetindo o mesmo percentual de alta observado nos meses de agosto e julho, segundo o Bureau of Labor Statistics. O número vem acima do esperado pelo consenso de mercado, que esperava alta de 0,1%. Porém, no acumulado de 12 meses, a inflação começou a desacelerar, caindo de 2,5% para 2,4%, o menor aumento desde fevereiro de 2021. O índice de habitação subiu 0,2% e o de alimentos aumentou 0,4%, sendo os maiores responsáveis pela inflação no mês. Já o índice de energia apresentou queda significativa, com recuo de 1,9% em setembro, impulsionado pela redução de 4,1% nos preços da gasolina. No acumulado de 12 meses, o núcleo da inflação, índice que exclui alimentos e energia, que são itens mais voláteis, subiu 3,3% na base anual e 0,3% no mês. Entre os setores com maiores variações anuais, destacam-se o seguro de veículos automóveis (+16,3%), assistência médica (+3,3%) e moradia (+4,9%). (Meio)

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