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Caio Mello

Redator do Meio. Jornalista formado pela Cásper Líbero, onde foi coautor de um livro sobre ocupações urbanas do Centro de São Paulo para o Trabalho de Conclusão de Curso. Tem experiência em cobertura política e econômica, passando por redações e veículos de rádio, além de ser pós-graduando em Ciência Política.

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EUA criam 227 mil empregos não agrícolas em novembro, acima das expectativas

Força no mercado de trabalho americano também. Os Estados Unidos registraram a criação de 227 mil empregos não agrícolas em novembro, acima das expectativas dos economistas consultados pela Reuters, que previam um aumento de 200 mil vagas. A taxa de desemprego permaneceu estável em 4,2%, segundo o Bureau of Labor Statistics (BLS). O aumento foi impulsionado principalmente pelos setores de saúde (+54 mil), lazer e hospitalidade (+53 mil) e governo (+33 mil). Na saúde, os serviços de assistência domiciliária e hospitalar lideraram os ganhos, enquanto, no lazer e hospitalidade, os serviços de alimentação foram os maiores responsáveis pela criação de vagas. Por outro lado, o comércio varejista perdeu 28 mil empregos, com quedas em lojas de mercadorias gerais. Os ganhos médios por hora aumentaram 0,4% no mês, elevando o salário médio para US$ 35,61. Nos últimos 12 meses, os rendimentos tiveram altos de 4%. Além disso, revisões nos dados de setembro e outubro adicionaram 56 mil empregos aos números reportados anteriormente. (Meio)

Número de pessoas na pobreza é o menor desde 2012, aponta IBGE

O Brasil reduziu os índices de pobreza e extrema pobreza em 2023, atingindo os menores níveis desde 2012, segundo a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE. A proporção da população com rendimento domiciliar per capita abaixo da linha de pobreza caiu de 31,6% em 2022 para 27,4% em 2023, retirando 8,7 milhões de pessoas dessa condição. A extrema pobreza também recuou, de 5,9% para 4,4%, o menor percentual da série histórica. Sem os programas sociais federais, os dados indicam que a taxa de extrema pobreza teria subido para 11,2%. Além dos programas sociais, o mercado de trabalho também contribuiu para essa melhora, com menos de 1% dos ocupados vivendo na extrema pobreza, enquanto entre os desocupados essa proporção chegou a 14,6%. No entanto, desigualdades persistem: a informalidade atingiu 40,7% dos trabalhadores, sendo mais alta entre pretos e pardos (45,8%) do que entre brancos (34,3%). Brancos recebem, em média, 67,7% mais por hora do que pretos ou pardos, enquanto homens ganham 12,6% mais do que mulheres. Jovens de 15 a 29 anos que não estudam nem trabalham foram 21,2% em 2023, a menor taxa desde 2012. Contudo, quase metade (49,3%) dos jovens das famílias mais pobres está nessa situação, enquanto entre os mais ricos esse índice cai para 6,6%. Além disso, mais de 51% da população rural dependia de benefícios sociais, frente a 24,5% nas áreas urbanas. O índice de Gini, que mede a desigualdade de renda, se manteve em 0,518. Mesmo assim, a renda per capita dos 10% mais ricos foi 3,6 vezes maior que a dos 40% mais pobres. (Meio)

Produção industrial recua 0,2% em outubro, mas cresce 5,8% na base anual

Segundo o IBGE, a produção industrial brasileira registrou variação negativa de 0,2% em outubro de 2024 na comparação com o mês anterior, interrompendo dois meses consecutivos de alta que acumularam ganho de 1,2%. Apesar da retração, o setor apontou crescimento de 5,8% frente a outubro de 2023, marcando a quinta taxa positiva consecutiva na base de comparação anual. No acumulado do ano, a indústria registra alta de 3,4%. Entre os destaques positivos do mês, o setor de veículos automotores, reboques e carrocerias cresceu 7,1% em relação a setembro e 29,9% frente ao mesmo mês do ano anterior, impulsionado pela produção de automóveis, caminhões e carrocerias. Outros setores com desempenho expressivo foram confecção de vestuário (14,1%), produtos químicos (2,8%) e máquinas e equipamentos (2%). Por outro lado, atividades como a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2%) e indústrias extrativas (-0,2%) puxaram o índice para baixo. Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo semi e não duráveis recuaram 0,7%, enquanto bens de consumo duráveis registraram alta de 4,4%, a maior entre as categorias. No acumulado do ano, bens de consumo duráveis (+9,8%) e bens de capital (+8,3%) lideram o crescimento da indústria, sustentados pela maior produção de eletrodomésticos e automóveis, além de equipamentos de transporte. (Meio)

PIB cresce 0,9% no terceiro trimestre e supera expectativas

Economia segue forte. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao segundo trimestre, superando a previsão de 0,8%. Esse resultado foi impulsionado sobretudo pelo setor de serviços, que avançou 0,9%, e pela indústria, com alta de 0,6%. Por outro lado, a agropecuária recuou 0,9%, afetada por quedas na produtividade de culturas como milho (-11,9%) e cana-de-açúcar (-1,2%). O PIB totalizou R$ 3 trilhões no período, sendo R$ 2,6 trilhões de valor adicionado a preços básicos e R$ 414 bilhões em impostos líquidos. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o PIB registrou alta de 4%, com avanço de 4,1% no setor de serviços, liderados por informação e comunicação (7,8%) e outras atividades de serviços (6,4%). A indústria, por sua vez, cresceu 3,6%, com destaque para a construção civil (5,7%) e as indústrias de transformação (4,2%). Por outro lado, novamente a agropecuária teve queda de 0,8% no comparativo com o terceiro trimestre de 2023.

Perspectivas de inflação e PIB voltam a subir para 2024, mostra Focus

O mercado financeiro voltou a elevar sua projeção para a inflação de 2024 de 4,63% para 4,71%, segundo o Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. Na semana passada, o índice sofreu leve reajuste para baixo, mas após a semana marcada pela escalada do dólar e as incertezas fiscais, voltou a subir e permanece acima do teto da meta de 4,5% estabelecida para este ano. A meta central de inflação é de 3%, com tolerância para oscilar entre 1,5% e 4,5%. Para 2025, a estimativa de inflação subiu de 4,34% para 4,40%, aproximando-se de novo do teto de 4,5%, enquanto para 2026 avançou de 3,78% para 3,81%. Cresceu também as expectativas para o crescimento do PIB em 2024 de 3,17% para 3,22%. Para 2025, a projeção permanece em 1,95%. No entanto, tanto as perspectivas para a taxa Selic, quanto para o dólar, não houve mudança de cenário para este ano, apesar da desvalorização do real observada na semana passada. Parte da explicação pode ser atribuída à metodologia do boletim, que colhe perspectivas ao longo da semana, não necessariamente contemplando todos os acontecimentos. O mercado segue prevendo que a Selic feche 2024 em 11,75% ao ano, com um aumento para 12,63% até o final de 2025. Já o dólar deve encerrar 2024 cotado a R$ 5,70, com projeção para R$ 5,60 ao final de 2025. (Meio)

Dívida pública bruta sobe em outubro e superávit primário fica abaixo do esperado

A dívida bruta do Brasil, aquela que não desconta os ativos do Estado, aumentou para 78,6% do PIB em outubro, tendo vindo de 78,2% no mês anterior, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira. O crescimento foi impulsionado por fatores como a alta dos juros, a desvalorização cambial e a variação do PIB nominal. No acumulado de 2024, a dívida bruta subiu 4,2 pontos percentuais do PIB, alcançando R$ 9 trilhões. Já a dívida líquida caiu levemente para 62,1% do PIB em outubro, frente aos 62,4% registrados em setembro, devido à desvalorização cambial e ao superávit primário de R$ 36,9 bilhões no mês, abaixo da expectativa de R$ 40 bilhões projetada por analistas. O Governo Central apresentou um saldo positivo de R$ 39,1 bilhões, enquanto estados e municípios registraram um déficit de R$ 1,9 bilhão e as estatais tiveram saldo negativo de R$ 360 milhões. Os juros nominais somaram R$ 111,6 bilhões em outubro, refletindo perdas com operações de swap cambial (R$ 30,3 bilhões), instrumento do BC para estabilizar a moeda, e um aumento no IPCA do período. (Meio)

Desemprego no Brasil cai para 6,2% em outubro, ao menor nível da série histórica

Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% no trimestre encerrado em outubro de 2024, marcando o menor nível já registrado pela série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. O índice representa uma redução de 0,6 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior (6,8%) e uma queda de 1,4 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2023 (7,6%). A população ocupada atingiu um recorde de 103,6 milhões de pessoas, resultado de um aumento de 1,5% no trimestre e 3,4% no ano. Ao mesmo tempo, o contingente de pessoas desocupadas caiu para 6,8 milhões, uma redução de 8% no trimestre (591 mil pessoas) e de 17,2% no ano (1,4 milhão de pessoas), registrando o menor número de pessoas sem algum tipo de ocupação desde 2014. O setor privado se destacou na criação de empregos, atingindo 53,4 milhões de trabalhadores, o maior número já registrado. Entre os empregados com carteira assinada, foram contabilizados 39 milhões de pessoas, um aumento de 1,2% no trimestre e de 3,7% no ano. Já o número de empregados sem carteira assinada no setor privado também foi recorde, chegando a 14,4 milhões, com altas de 3,7% no trimestre e de 8,4% no ano. A informalidade representou 38,9% da população ocupada, ou 40,3 milhões de trabalhadores.

PIB dos EUA cresce 2,8% no 3º trimestre na base anual; consumo desacelera

A economia dos Estados Unidos cresceu 2,8% no terceiro trimestre de 2024 comparado ao mesmo período do ano anterior, segundo dados revisados divulgados nesta quarta-feira pelo Departamento de Comércio. Embora o número esteja alinhado às expectativas de mercado, ao aprofundar os dados há sinais mistos, com desaceleração no consumo das famílias e queda nos lucros corporativos, mas com investimentos mostrando maior resiliência. O consumo das famílias, que responde por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, teve sua taxa de crescimento ajustada para baixo, de 3,7% para 3,5% no trimestre, especialmente em bens duráveis e serviços. Os investimentos fixos não residenciais, que incluem gastos empresariais em equipamentos e infraestrutura, cresceram 1,7%, acima da estimativa anterior de 1,4%. Já as exportações avançaram 7,5%, enquanto as importações recuaram de 11,2% para 10,2%, contribuindo positivamente para uma menor pressão sobre o déficit comercial. Os gastos do governo mantiveram uma taxa de crescimento robusta de 5%, com destaque para o aumento nas despesas federais.

IPCA-15 tem alta de 0,62% em novembro, acima do consenso

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma previsão da inflação oficial do mês, apresentou alta de 0,62% em novembro, acima dos 0,54% registrados em outubro. O número frustra o consenso de mercado que esperava uma desaceleração da inflação para 0,48%. Com esse resultado, o índice acumula aumento de 4,35% no ano e 4,77% nos últimos 12 meses, superando os 4,47% do último mês. Esse indicador afere a volatilidade dos preços dos primeiros 15 dias do mês em vigor e dos últimos 15 do último mês. O grupo Alimentação e Bebidas liderou o aumento, registrando alta de 1,34%. Itens como óleo de soja (8,38%), tomate (8,15%) e carnes (7,54%) tiveram altas significativas, enquanto cebola (-11,86%) e frutas (-0,46%) tiveram as maiores quedas. Já o grupo de Transportes subiu 0,82%, com destaque para o aumento de 22,56% nas passagens aéreas, o maior impacto individual no índice. No entanto, os combustíveis tiveram aumento de 0,03%, com alta no gás veicular (1,06%) e gasolina (0,07%), compensadas por quedas no etanol (-0,33%) e óleo diesel (- 0,17%). O segmento Habitação registrou alta de 0,22%, influenciada principalmente pela energia elétrica residencial, que desacelerou de 5,29% para 0,13%, com a adoção da bandeira tarifária amarela em novembro. Regionalmente, todas as áreas pesquisadas tiveram aumento na inflação, com Recife apresentando maior variação (0,94%), impulsionada pela alta na gasolina (6,34%) e nas passagens aéreas (21,12%). Já Porto Alegre registrou menor variação (0,25%) devido à queda nos preços da energia elétrica residencial (-1,67%). (Meio)

Perspectiva de inflação para 2024 cai, mas segue acima da meta, aponta Focus

O boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, mostrou que a projeção do mercado financeiro para a inflação passou a cair para 2024, saindo de 4,64% para 4,63%, mas continua acima do limite do teto da meta de 4,5%. Porém, para 2025, a expectativa subiu de 4,12% para 4,34%, e para 2026, de 3,70% para 3,78%. No campo do crescimento econômico, a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 foi elevada novamente de 3,10% para 3,17%, enquanto a estimativa para 2025 avançou de leve de 1,94% para 1,95%. A taxa Selic, atualmente em 11,25% ao ano, deve atingir 11,75% até o fim de 2024, estável com as últimas projeções, mas para 2025, os agentes do mercado financeiro subiram de 12% para 12,25% a perspectiva da taxa básica de juros da economia. Já o câmbio deve encerrar 2024 cotado a R$ 5,70, acima dos R$ 5,60 projetados na semana passada. (Meio)

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