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Caio Mello

Redator do Meio. Jornalista formado pela Cásper Líbero, onde foi coautor de um livro sobre ocupações urbanas do Centro de São Paulo para o Trabalho de Conclusão de Curso. Tem experiência em cobertura política e econômica, passando por redações e veículos de rádio, além de ser pós-graduando em Ciência Política.

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Monitor do PIB da FGV tem alta de 0,3%, a maior em quatro meses

Calculado pela FGV, o Monitor do PIB (leia aqui) cresceu 0,3% em maio na comparação com abril, melhor desempenho dos últimos quatro meses. A alta foi de 1,3% em comparação com maio do ano passado e a taxa de crescimento acumulada em 12 meses, até maio, foi de 2,4%. Para Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, o consumo das famílias, que registrou a maior alta do ano – 4,6%, com grande influência do consumo de serviços e de produtos não duráveis –, foi o propulsor do dado. Para ela, isso representa uma demanda interna aquecida. No entanto, entre as três grandes atividades econômicas, apenas a agropecuária teve crescimento. Indústria e setor de serviços se mostraram estáveis, então é possível identificar que a capacidade produtiva não teve a mesma força e impacto que o consumo, mesmo com formação bruta de capital fixo (FBCP) tendo crescido 4,5% no trimestre encerrado em maio. (Meio)

Maior ação judicial do país em proteção de dados cobra R$ 1,7 bilhão do WhatsApp

Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo e Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) ajuizaram uma ação contra o WhatsApp por danos morais coletivos, por agir de forma contrária às leis brasileiras e violar direitos dos usuários no país desde que a empresa mudou suas políticas de privacidade em 2021. Na ocasião, houve coleta e compartilhamento de dados com outras empresas, entre elas Instagram e Facebook, também do grupo Meta. O MPF e o Idec pedem R$ 1,733 bilhão em indenização, que seria destinada a grupos e projetos do Fundo de Defesa de Direitos Difusos. O valor torna esta a maior ação judicial do país em proteção de dados pessoais – e é semelhante ao que a União Europeia cobrou da Meta por violações na lei da política de privacidade da rede social. Resultado de uma petição encaminhada pela organização global Ek? ao MPF em abril de 2021, a ação pretende que o WhatsApp respeite as leis brasileiras, assim como fez na Europa, e ofereça a opção do usuário de decidir quais dados quer fornecer para a empresa. Os órgãos pedem a interrupção imediata do compartilhamento de dados do WhatsApp. O processo também questiona a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) pela atuação insuficiente e opaca no caso. Com cerca de 150 milhões de usuários, o Brasil é o terceiro maior mercado do WhatsApp no mundo – 99% dos brasileiros que usam celular têm o aplicativo. A Meta disse que ainda não foi notificada. (Meio)

Focus: diminui projeção de inflação e aumenta a de PIB e dólar em 2024

O Boletim Focus, divulgado toda segunda-feira pelo Banco Central e que reúne a média das expectativas de agentes do mercado financeiro sobre a economia, trouxe novidades (leia). Após várias semanas de alta nas expectativas de inflação, desta vez houve revisão para baixo no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,02% para 4%. Para 2025, porém, a alta no índice continuou, de 3,88% para 3,90%. Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), o boletim marcou nova revisão para cima em 2024, com perspectiva de crescimento de 2,11% em 2024, e 1,97% em 2025, representando estabilidade no próximo ano. No câmbio, ou seja, no valor do dólar em comparação com o real, houve revisão altista para 2024 e manutenção de expectativas em 2025 - o mercado entende que um dólar deve valer R$5,22 no fim do ano e R$5,20 no ano que vem. Quanto às estimativas para a Selic, taxa básica de juros da economia, não houve mudanças quanto à semana passada, com projeções de 10,50% ao final de 2024 e 9,50% em dezembro de 2025. (Meio)

Inflação ao produtor cresce acima do esperado nos EUA

O Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em junho nos Estados Unidos após estabilidade em maio e acima do consenso, que projetava 0,1% de avanço (relatório completo aqui). A inflação ficou em 2,6% no período de 12 meses encerrado em junho, maior avanço nessa base comparativa desde março de 2023. O índice é importante, pois alta nos preços para produtores costumam ser refletidas no preço futuro para o consumidor. O núcleo da inflação, quando são excluídos itens mais voláteis, como alimentos e energia, subiu 0,4% no mês e 3% no ano, bem acima das previsões. Além disso, o dado reflete que os preços dos serviços aumentaram 0,6%, principalmente puxado pelo atacado de máquinas e veículos. Ao mesmo tempo, valores dos bens diminuíram 0,5%, sobretudo por uma queda de 5,8% na gasolina. (Meio)

Indústria recua no mês, mas cresce 2,5% no acumulado do ano, diz IBGE

Em maio, nove de 15 estados pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tiveram recuo na produção industrial, que caiu 0,9% na comparação com abril. Comparando com maio de 2023, a queda foi de 1%. O resultado, reflexo das enchentes no Rio Grande do Sul, que fizeram a produção industrial do estado despencar 26,2% no mês, foi melhor do que muitos previam. Já no acumulado do ano até o momento, é observada uma alta de 2,5% na indústria nacional, com resultados positivos em 15 dos 18 estados pesquisados, sendo Rio Grande do Norte o maior avanço, com quase 25%. Além dos dados da indústria, o IBGE divulgou o Volume de Serviços de maio, que ficou estável, superando a expectativa de queda. Três das cinco atividades observadas tiveram taxas negativas. O setor de serviços está 0,9% abaixo de dezembro de 2022, quando atingiu o ponto mais alto da série histórica, e 2,7% acima do nível de fevereiro de 2020, período pré-pandemia. (Meio)

Vendas no varejo contrariam expectativa e crescem 1,2% em maio, diz IBGE

As vendas no varejo registraram inesperada alta de 1,2% no mês de maio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. A expectativa era de uma queda de 0,9%. Na base anual, o crescimento foi de 8%, o dobro da expectativa. Foi o quinto mês consecutivo de alta no indicador, sendo que o acumulado no ano ficou em 5,6%, enquanto nos últimos 12 meses ficou em 3,4%. Das oito atividades contempladas na pesquisa, cinco tiveram avanço - tecidos, vestuário e calçados e outros artigos de uso pessoal e doméstico registraram as maiores altas. Registraram as maiores quedas móveis e eletrodomésticos, combustíveis e lubrificantes e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação. O dado chama atenção também por ser o ponto mais alto da série histórica, que havia sido registrado em abril. Para o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, o desempenho dos últimos meses foi puxado por hiper e supermercados e artigos farmacêuticos, que atingiram seus níveis máximos em maio. O pesquisador também ressalta os elementos macroeconômicos que acabaram impulsionando resultados do varejo, sobretudo com o aumento da concessão de crédito à pessoa física, o crescimento da massa de rendimento e o número de pessoas ocupadas. (Meio)

Estados Unidos têm deflação nos preços ao consumidor em junho

O índice de Inflação ao Consumidor (CPI, na versão em inglês) caiu 0,1% em junho nos Estados Unidos, contrariando expectativa de alta de 0,1% (leia release completo). Nos últimos 12 meses, a inflação ficou em 3%, ainda acima da meta de 2%, mas menor do que a inflação do período de 12 meses medida em maio. O núcleo, a inflação que se tem ao excluir itens voláteis como alimentos e energia, desacelerou para 0,1%, vindo de 0,2%. Dos grupos observados, apenas alimentos subiu na base mensal, de 0,1% em maio para 0,2% em junho. Energia se manteve em deflação de 0,2% e habitação caiu de 0,4% para 0,2%. Após o dado, a moeda americana perdeu força ante o real, com perspectivas maiores de cortes de juros nos Estados Unidos já em setembro. (Meio)

Inflação desacelera no Brasil em junho para 0,21%

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,21% no mês de junho, mostrou nesta quarta (10) o IBGE (veja íntegra), abaixo do consenso de agentes de mercado, de 0,32%. Em maio, a alta generalizada dos preços havia sido de 0,46%. Dos nove grupos contemplados na pesquisa, sete tiveram alta em junho, com destaque para Saúde e Cuidados Pessoais, que variou 0,54% puxado pelo preço de perfumes e reajuste nos planos de saúde. Alimentos e Bebidas tiveram alta menor, de 0,44%, mas possuem mais peso no índice, sendo o fator mais determinante para o IPCA. Destacam-se entre as altas dos alimentos a batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%), café moído (3,03%) e arroz (2,25%) e entre as baixas a cenoura (-9,47%), a cebola (-7,49%) e as frutas (-2,62%).

Avaliação de Lula sobe para maior nível de 2024, aponta Quaest

Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada hoje (leia na íntegra) mostrou crescimento da aprovação do presidente Lula e queda na reprovação - nos dois casos, acima da margem de erro de dois pontos percentuais. Das duas mil pessoas ouvidas, 54% aprovam o trabalho de Lula (eram 50% na aferição passada) e 43% desaprovam (eram 47%). O bom desempenho foi puxado pelos mais pobres, eleitores entre 35 e 59 anos e moradores do Sudeste. A grande maioria, 90%, concorda com falas do presidente de que o salário deveria crescer acima da inflação, e a queda de braço com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, rendeu bons dividendos de popularidade: 66% concordam com as queixas do presidente. O número é positivo mesmo entre os que disseram ter votado no ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022. A maioria (53) acredita que as falas de Lula não foram a principal razão das recentes altas do dólar. Na economia, 36% acreditam que a economia piorou nos últimos 12 meses, mas 52% creem em melhora da economia até julho do próximo ano. (Meio)

Presidente do Fed cita PIB moderado nos EUA, mas não fala em data para cortar juros

O presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos), Jerome Powell, esteve nesta terça-feira no Senado do país - o que é rotineiro - para falar sobre a política monetária. Em discurso lido (leia na íntegra), Powell adotou um tom neutro, isto é, nem muito duro, nem muito frouxo, com relação aos juros do país, hoje em patamares históricos de 5,25% e 5,50% (nos EUA, os juros são um intervalo entre dois pontos, e não um número fixo, como no Brasil). Ele citou uma expansão sólida da economia norte-americana, mas com um crescimento moderado do PIB no primeiro semestre de 2024. O presidente do Fed ressaltou a diminuição da inflação, mas que o indicador permanece acima da meta de 2%, e que o mercado de trabalho está voltando aos níveis pré-pandemia. Jerome Powell reafirmou que a política monetária restritiva vem ajudando a equilibrar a demanda, descartando, no entanto, definir uma data prévia para início do ciclo de cortes de juros. Hoje, agentes de mercado apostam majoritariamente em corte em setembro, segundo a ferramenta Fed Watch, do CME Group.

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