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Caio Mello

Redator do Meio. Jornalista formado pela Cásper Líbero, onde foi coautor de um livro sobre ocupações urbanas do Centro de São Paulo para o Trabalho de Conclusão de Curso. Tem experiência em cobertura política e econômica, passando por redações e veículos de rádio, além de ser pós-graduando em Ciência Política.

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Focus: mercado volta a prever inflação mais alta

O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, mostrou nova alta nas perspectivas de inflação. A previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024 subiu pela segunda semana seguida, passando de 4,05% para 4,10%, enquanto para 2025 a projeção aumentou de 3,90% para 3,96%. Já para a taxa básica de juros, a Selic, não houve revisão das expectativas, permanecendo em 10,50% neste ano e em 9,50% no próximo. Em relação ao PIB, a estimativa de crescimento para 2024 avançou de 2,15% para 2,19%. Para o ano que vem, a projeção aumentou ligeiramente de 1,93% para 1,94%. Quanto ao câmbio, em 2024 não houve mudança, ficando em R$ 5,30, enquanto a estimativa para 2025 passou de R$ 5,23 para R$ 5,25.

Confiança do Consumidor sobe pelo segundo mês no Brasil

Otimismo com a economia do país para os próximos meses. Essa foi a detecção do Índice de Confiança do Consumidor, divulgado pela FGV, que registrou alta de 1,8 ponto em julho, atingindo 92,9 pontos. Esta foi a segunda elevação consecutiva do índice, que em médias móveis trimestrais, se manteve praticamente estável. De acordo com Anna Carolina Gouveia, economista do FGV, o aumento da confiança foi impulsionado principalmente pela melhoria nas expectativas para os próximos meses - de médio prazo, portanto -, principalmente com a forte alta no indicador de situação financeira futura das famílias, no maior patamar desde agosto de 2023. O otimismo de curto prazo, no entanto, se manteve estável, e o de longo prazo, caiu. (Meio)

Prévia da inflação de julho desacelera a 0,30%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação cheia de julho, por captar os primeiros 15 dias do mês e os últimos 15 do mês anterior, registrou uma inflação de 0,30% em julho, abaixo dos 0,39% observados em junho, segundo o Índice Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE (íntegra). Ainda assim, o número ficou acima do consenso de mercado, que esperava uma desaceleração maior, na faixa dos 0,23%, e o acumulado nos últimos 12 meses marca inflação de 4,45%. No período contemplado pela pesquisa, o grupo Transportes apresentou a maior variação, com 1,12%, e o maior impacto no índice, puxado pela forte alta das passagens aéreas e reajuste nos combustíveis. Habitação e Saúde e Cuidados Pessoais vêm logo na sequência. Por outro lado, Alimentação e Bebidas e Vestuário tiveram variações negativas. Dentro do grupo dos alimentos, destaca-se a queda de preços da cenoura, tomate e cebola. O leite longa vida e o café moído foram os que mais subiram no grupo. Pensando regionalmente, Brasília foi a capital que apresentou a maior variação, com 0,61%, enquanto Recife teve o menor resultado, de -0,05%. (Meio)

Kamala apresenta melhora nas intenções de voto em relação a Biden

Nova pesquisa da Morning Consult (disponível aqui) atualizou os cenários sobre a corrida eleitoral à Casa Branca após a desistência do presidente Joe Biden e a provável nomeação de Kamala Harris. O republicano Donald Trump está à frente de Kamala por 2 pontos percentuais, 47% a 45%, o que representa melhora considerável em relação à margem de 6 pontos que Biden enfrentou na mesma pesquisa antes de sua saída da disputa. Entre eleitores democratas, 65% apoiam a vice-presidente para liderar a chapa do partido, número mais do que o dobro do nível observado no mês anterior, quando ela tinha apenas 30% de apoio. A mudança de rota dos democratas, inclusive, parece engajar seus eleitores: democratas estão mais motivados a votar do que os republicanos após a decisão de Biden, e a maioria dos votantes acredita que Harris terá mais chances contra Trump. (Meio)

Índice de preços ao consumidor sobe 0,34% na terceira semana de julho

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), observou a terceira semana de julho de 2024 e registrou alta de 0,34%, acumulando aumento de 3,92% nos últimos 12 meses (estudo completo aqui). O indicador é usado para observar tendências de inflação com base no preço médio necessário para comprar um conjunto de bens de consumo e serviços no Brasil. Das oito classes de despesas aferidas, quatro tiveram aumento dos preços na semana, sendo que a maior contribuição ao índice veio do grupo Educação, Leitura e Recreação, em que a taxa passou de 1,39% para 2,35%, puxada por um aumento de 13,83% no preço das passagens aéreas. Também houve aumento nos grupos de Transportes, com destaque para o aumento da gasolina, e Habitação, afetado pela alta da tarifa de energia elétrica residencial. A boa notícia veio da alimentação, na qual a deflação observada foi de 0,92%, maior recuo de preços, Também houve desaceleração em Saúde e Cuidados Pessoais. (Meio)

Por que Obama não apoiou Kamala Harris (ainda)?

Para ler com calma. Muitos democratas importantes rapidamente apoiaram Kamala Harris após Joe Biden anunciar que não disputaria a reeleição, mas não foi o caso do ex-presidente Barack Obama, que preferiu destacar apenas Biden em um texto publicado neste domingo (21). Obama classificou Biden como um amigo - o atual presidente foi seu vice quando esteve na Casa Branca - e como um dos presidentes mais importantes que os Estados Unidos já tiveram, mas se negou a expressar um apoio claro à Kamala, limitando-se a dizer que o partido escolherá um excelente candidato para a próxima eleição. Fontes próximas a ele, dizem que a postura não significa apoio, ou falta dele, mas que, como tem grande influência no partido, prefere não interferir nos processos e escolhas internas, postura similar a adotada em 2020, nas primárias. Independente da escolha do candidato ou da candidata, se espera ampla participação de Obama na campanha. Biden pode estar ressentido com mais um episódio que seu amigo não o apoiou diretamente - antes, em 2016 e 2020, o ex-presidente não foi entusiasta da ideia de Joe Biden ser presidente. (New York Times)

Mercado eleva perspectivas para o PIB, inflação e dólar

Tendência mantida: o Boletim Focus (leia na íntegra), divulgado toda segunda-feira pelo Banco Central, apresentou as mais recentes projeções econômicas, refletindo as expectativas do mercado em relação ao cenário econômico brasileiro. Há pouca diferença com relação à semana passada. A expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi novamente revisada para cima em 2024 e ficou em 4,05%, vinda de 4%, enquanto a previsão para 2025 permanece inalterada em 3,90%. Já o crescimento econômico medido pelo Produto Interno Bruto (PIB) teve nova revisão de alta para 2024 e nova revisão de baixa em 2025, ficando em 2,15% e 1,93%, respectivamente. No câmbio, revisões altistas para este ano e para o próximo, com um dólar previsto para R$ 5,30 em 2024 e R$5,23 em 2025. Na taxa básica de juros, a Selic, não houve alterações com relação à semana passada: 10,50% este ano e 9,50% no próximo. (Meio)

Tribunal de Haia ordena desanexação de terras na Palestina

Em decisão histórica, a Corte Internacional de Justiça de Haia, chegou a conclusão de que Israel anexou territórios, confiscou ativos e exerceu controle sobre a população da Cisjordânia, em Gaza e na parte oriental de Jerusalém. Os juízes da Corte ainda pontuaram que foi cometida discriminação contra a população desses territórios, com isso, Israel deveria deixar as terras ocupadas, interromper a política de assentamentos, providenciar reparação às vítimas, extinguir leis segregacionistas, além de que outros países não devem ajudar a promover as anexações de territórios palestinos. O Tribunal tomou a decisão com base em provocações de diversos países, inclusive anteriores aos ataques do Hamas em 7 de outubro, que geraram a resposta considerada desproporcional de Israel pela Comunidade Internacional. (UOL)

Agricultura pode ficar inviável na Amazônia e Cerrado até 2060, diz estudo

A manutenção do modelo atual do agronegócio, com pressão sobre o capital natural e grandes impactos ambientais, pode tornar boa parte do território dos biomas da Amazônia e Cerrado inviável para a agricultura até 2060. A conclusão é do Relatório Temático sobre Agricultura, Biodiversidade e Serviços Ecossistêmico, produzido por mais de 100 pesquisadores de 40 instituições em todos os biomas brasileiros, e organizado pela Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, o BPBES. O estudo pontua que 74% dos espaços agriculturáveis destes biomas podem ficar comprometidos, o que traria impactos ambientais, sociais e econômicos. Isso porque o Brasil abriga 20% das espécies descritas no planeta e é o primeiro no ranking das nações mais megadiversas do mundo, além de que o agronegócio responde por 20% dos empregos formais e aproximadamente 25% do PIB do país. Para evitar o cenário mais dramático, o estudo conclui ser necessária uma agenda integrada entre agricultura e conservação e mudanças na agricultura de grande escala, hoje caracterizada por monoculturas, irrigação intensiva e uso excessivo de insumos. (Valor)

Pesquisa mostra Biden atrás em todos os estados decisivos

Novas más notícias para os democratas. Nas pesquisas de intenção de voto da Emerson College (íntegra), o republicano Donald Trump lidera em todos os estados-pêndulos, aqueles nem republicanos e nem democratas que alternam a preferência eleitoral. Nos sete estados aferidos, em comparação com a pesquisa de março de 2024, Trump ganhou um ponto percentual na Geórgia, Pensilvânia e Wisconsin, e dois pontos no Arizona, enquanto perdeu um ponto em Michigan, ainda que lidere no estado. Também estavam na pesquisa os estados da Carolina do Norte e Nevada. Nacionalmente, o republicano está na frente com 44% das intenções de voto, contra 38% do adversário. Quando perguntados se o presidente Biden deveria se retirar da disputa, 52% acham que ele deveria e 48% acham que ele não deveria. Sobre Trump, 56% acham que ele não deveria sair da disputa e 44% acham que ele deveria. A pesquisa ouviu mil eleitores e tem margem de erro de 3 pontos percentuais. (Political Wire)

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