Caio Mello

Economista analisa dados de emprego nos Estados Unidos e possível impacto no Brasil

O Payroll, principal dado de emprego dos Estados Unidos, desacelerou a 206 mil vagas criadas em junho, vindo de 218 mil em maio (leia o relatório completo). A taxa de desemprego aumentou levemente de 4,0% a 4,1%, enquanto o ganho médio por hora trabalhada e o salário médio por hora caíram. O número de servidores públicos aumentou em 70 mil no mês passado, o que ajudou a puxar o dado para cima. Para Julio Hegedus, economista da ConfianceTec, trata-se de um pouso suave da economia americana, ou seja, uma atividade que dá sinais de desaceleração de forma menos brusca, o que pode permitir corte de juros do Federal Reserve (Banco Central estadunidense). As projeções da ferramenta Fed Watch, do CME Group, apontam para maiores chances de redução de juros já em setembro: antes do dado havia 66,5% de chances de corte no referido mês, agora, o número subiu a 73%. Para Hegedus, se o cenário de corte de juros em setembro se confirmar, é possível haver maior fluxo de investimentos para o Brasil, um dólar menos valorizado em relação ao real e até maior espaço para corte de juros por aqui. “Já se fala em dólar a R$ 5,00, no médio prazo, se o governo não criar mais ruídos”, disse. (Meio)

Michelle Obama é a única que venceria Trump em eleições, diz pesquisa

Segundo pesquisa de intenção de voto, Michelle Obama é a única candidata que aparece à frente de Trump, com 11% a mais do que o ex-presidente

Após o desastre democrata no debate da CNN entre o presidente Joe Biden e seu antecessor, Donald Trump, cresceu a pressão para que ele desistisse de concorrer e abrisse vaga para alguém mais jovem. Michelle Obama seria a mais forte candidata, segundo pesquisa da Ipsos (íntegra aqui). Biden e Trump seguem tecnicamente empatados na intenção de voto, enquanto Kamala Harris, vice-presidente, fica ligeiramente atrás do republicano (43% x 42%). Em um pleito hipotético entre a senhora Obama e o candidato republicano, a advogada teria 50% dos votos e Trump, 39%. Outros governadores democratas foram testados, como Gavin Newsom, da Califórnia, mas estão numericamente atrás. A rejeição de Biden chegou a 60% do eleitorado, contra 56% de Trump, segundo o levantamento. (Meio)

Produção de petróleo volta a subir no Brasil após seis meses, diz ANP

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou o relatório mensal (leia aqui) referente à produção de maio do Brasil. Houve aumento tanto na produção de petróleo quanto de pré-sal, após seis meses de queda. Com relação ao petróleo, foram extraídos 3,318 milhões de barris por dia, crescimento de 3,9% na comparação mensal e de 3,6% na base anual. O gás natural também teve sua produção aumentada em 6,6% frente a abril de 2024, e de 0,8% na comparação com maio do ano passado. Os campos marítimos produziram quase 98% do petróleo, sendo 88,8% de responsabilidade da Petrobras. (Meio)

Reforma tributária é suprapartidária e será aprovada antes de recesso, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), falou brevemente com jornalistas na manhã desta terça-feira e revelou ter recebido do Grupo de Trabalho (GT) o texto final da reforma tributária, que será enviado ao Congresso. Haddad se disse otimista sobre a qualidade do projeto e ressaltou que o tema interessa a todas as legendas. Se tem um processo suprapartidário no Brasil hoje é a Reforma tributária”, afirmou. Outros deputados presentes no GT pontuaram a possibilidade da promulgação da reforma ser aprovada antes do recesso parlamentar, que começa em 17 de julho. Perguntado sobre as altas recentes do dólar e a preocupação fiscal, Haddad indicou novamente ser um problema de comunicação, e reforçou estar comprometido com a autonomia do Banco Central e a rigidez do arcabouço fiscal. O ministro terá um encontro amanhã com o presidente Lula e nossa agenda é exclusivamente fiscal. Para apresentar (a Lula) propostas para cumprimento do arcabouço em 2024, 2025 e 2026. (Meio)

Milei acusa Lula de interferência nas eleições argentinas e o chama de corrupto

O presidente da Argentina, Javier Milei, voltou a atacar o presidente Lula em sua conta no X. Ao criticar o jornalista Joaquín Morales Solá, colunista do jornal La Nacion - que ele chama de perfeito dinossauro idiota -, Milei acusou o presidente brasileiro de interferência na eleição presidencial de seu país, ano passado, na qual Milei venceu o candidato governista, Sergio Massa, no segundo turno. Em seguida, reafirmou o que disse esta semana ao chamar Lula de corrupto. Na quinta-feira passada, o petista condicionou uma reaproximação com Milei a um pedido de desculpas do argentino pelas bobagens que ele disse. No mesmo post, Milei classificou a tentativa de golpe militar na Bolívia, em 26 de junho, como uma fraude. (Meio)

Lula muda tom sobre BC e fala em ‘jogo especulativo’ contra o real

O presidente Lula concedeu entrevista à Rádio Sociedade, da Bahia, e foi perguntado sobre a economia do país, a relação com o Banco Central e as recentes subidas do dólar. Para o chefe do Executivo, há um “jogo de interesse especulativo contra o real”. Ele negou haver relação direta entre a alta da moeda americana e suas falas. Lula voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mas defendeu a autonomia da instituição: “Quando a gente indica um presidente do BC, não é para fazer o que a gente quer. O banco tem a função de cuidar da política monetária”. Para ele, a autarquia deve funcionar com liberdade para não ceder às pressões políticas. O petista ainda disse ser necessário cuidar dos gastos públicos e que ninguém teria cuidado mais desta questão do que ele, citando como exemplo a aprovação do Novo Arcabouço Fiscal no ano passado. (Meio)

Mercado piora expectativas de inflação e câmbio para 2024

O Boletim Focus, divulgado hoje pelo Banco Central com base em projeções de agentes de mercado, continuou com deterioração das expectativas quanto aos principais indicadores econômicos. Para 2024, a projeção para o IPCA (inflação oficial do Brasil) saiu de 3,98% para 4% e o câmbio foi de R$5,15 para R$5,20 - dólar à vista fechou em R$5,58 na sexta-feira. As expectativas quanto ao PIB e à Taxa Selic se mantiveram estáveis, com crescimento de 2,09% da economia brasileira, e taxa básica de juros em 10,5%, ou seja, sem novos cortes de juros este ano. Para 2025, no entanto, o mercado já projeta um crescimento menor que 2% (1,98%), dólar a R$5,19, inflação em 3,87% e Selic em 9,5%. (Meio)

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