Andrea Freitas

Editora do Meio. Jornalista formada pela Uerj, é mestre em Relações Internacionais pela PUC-Rio. Com mais de 20 anos de experiência, a maior parte cobrindo economia, passou pelas redações de Jornal do Brasil, Jornal do Commercio, EFE e O Globo. Nas horas vagas, ama viajar, jogar tênis e surfar.

TSE registra 2 votos pela inelegibilidade de Bolsonaro por uso eleitoral do 7 de Setembro

O julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e seu candidato a vice Walter Braga Netto foi retomado nesta quinta-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral, fechando o dia com placar parcial de 2 votos a 1 pela inelegibilidade do ex-presidente e pagamento de multa. Também há um voto pela inelegibilidade do ex-candidato à vice-presidência. Relator das ações, Gonçalves votou pela inelegibilidade de Bolsonaro por abuso de poder político e econômico durante as comemorações do Bicentenário da Independência, no ano passado, e por livrar Braga Netto, dessa penalidade. Mas votou por multar os dois: Bolsonaro em R$ 425 mil e a Braga Netto em R$ 212 mil. Primeiro a votar após o relator, o ministro Raul Araújo abriu divergência e votou pela absolvição de Bolsonaro e Braga Netto, afirmando que não se constatou qualquer conduta típica vedada pela legislação eleitoral e que “não há falar em abuso de poder”. Já o ministro Floriano de Azevedo Marques Neto acompanhou o voto do relator pela multa de Bolsonaro e Braga Netto, mas divergiu parcialmente quanto à inelegibilidade dos investigados, considerando que ambos devem ficar inelegíveis por oito anos a partir da eleição de 2022. Após os três votos, o julgamento foi suspenso e será retomado na próxima terça-feira. (Jota)

Senado aprova desoneração da folha para 17 setores até 2027

A desoneração da folha de pagamento de 17 setores por mais quatro anos, até o fim de 2027, foi aprovada nesta quarta-feira no plenário do Senado. Com isso, termina a tramitação no Congresso e o texto segue agora para sanção presidencial. O projeto permite que empresas desses 17 setores substituam a contribuição previdenciária, de 20% sobre os salários dos empregados, por uma alíquota sobre a receita bruta, que varia de 1% a 4,5%, de acordo com o setor e serviço prestado. (g1)

Senado rejeita indicação de Lula para chefia da Defensoria Pública da União

Em derrota para o governo, o Senado rejeitou a indicação feita pelo presidente Lula de Igor Roque para o cargo de defensor Público-Geral. Em votação secreta, que contabilizou 38 votos contra e 35 a favor, Roque sofreu forte pressão da ala conservadora da Casa que o associou à organização de um seminário sobre aborto na Defensoria. (Globo)

Netanyahu diz que responderá por falhas que levaram ao ataque e fala em ofensiva terrestre

Em pronunciamento na TV nesta quarta-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que os militares estão se “preparando para uma operação terrestre” na Faixa de Gaza e que “o momento da operação foi decidido por unanimidade pelo gabinete de guerra”. O premiê, que ainda não assumiu responsabilidade pelos erros de segurança e governamentais que precederam o ataque mortal do Hamas em 7 de outubro, disse que também vai responder pelas falhas. “Todos terão de responder [pelo ataque], incluindo eu, mas isso só acontecerá depois da guerra”, disse em horário nobre. (Haaretz)

Principais índices fecham em queda, e dólar volta a R$ 5

Pressionado pelo salto dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, o Ibovespa fechou em queda de 0,82%, aos 112.830 pontos, nesta quarta-feira. O mesmo ocorreu em Nova York, onde o Dow Jones recuou 0,32%, o S&P 500 caiu 1,43% e o Nasdaq teve forte baixa de 2,43%. Por aqui, o dólar subiu 0,17%, cotado a exatos R$ 5. (Valor Investe)

Vetos paralisam Conselho de Segurança em relação à guerra no Oriente Médio

O Conselho de Segurança da ONU fracassou novamente. Em duas votações, os membros do órgão máximo da entidade não chegaram a um acordo sobre a guerra entre Israel e Hamas. Russos e chineses vetaram uma resolução dos EUA, que condenava o Hamas e insistia na necessidade de reconhecer que Israel tem direito à autodefesa. O texto mencionava a possibilidade de um corredor humanitário e trégua com esse fim. Mas foi considerado inaceitável pelos países árabes, que insistem na necessidade de um cessar-fogo imediato. Para o governo chinês, o texto autoriza uma escalada do conflito e apresenta uma “nova narrativa” sobre a situação. Para a Rússia, a resolução “apenas serve interesse geopolíticos” dos americanos e dá um “sinal verde” para invasão terrestre. Minutos depois, americanos e britânicos vetaram uma resolução proposta pela Rússia, pedindo um cessar-fogo, mas sem citar o direito de Israel de se defender. O Brasil se absteve em relação às duas resoluções. Nos bastidores, os governos tentam retomar a proposta brasileira, vetada na semana passada, para que sirva de base para eventualmente uma nova iniciativa, conta Jamil Chade. (UOL)

GM demite mais de 1.000 em São Paulo, dizem sindicatos

Em consequência da queda nas vendas e nas exportações, a General Motors do Brasil demitiu mais de 1.000 funcionários de duas fábricas em São Paulo, segundo os sindicatos dos trabalhadores. Houve 800 cortes em São José dos Campos, informou nesta quarta-feira o sindicato de metalúrgicos da região. Na véspera, o diretor-executivo do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, Agamenon Alves, disse que mais de 200 pessoas haviam sido demitidas da planta da cidade. Funcionários das duas fábricas entraram em greve por tempo indeterminado no início da semana após o anúncio, por telegrama, das demissões em massa. Nesta quarta-feira, metalúrgicos da unidade de São José dos Campos realizaram um ato em frente à fábrica. A GM disse, na terça-feira, que a redução nas vendas e exportações levaram a montadora a “adequar seu quadro de empregados” nas fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes. “Esta medida foi tomada após várias tentativas atendendo as necessidades de cada fábrica como lay off, férias coletivas, days off e proposta de um programa de desligamento voluntário.” (UOL)

Cinco pontos sobre o novo presidente da Câmara dos Representantes dos EUA

O deputado republicano Mike Johnson, da Louisiana, foi eleito novo presidente da Câmara dos Representantes Estados Unidos nesta quarta-feira. O advogado conservador, de 51 anos, opôs-se à certificação das eleições presidenciais de 2020, votou contra a extensão da ajuda à Ucrânia, é contrário ao aborto, é aliado próximo do ex-presidente Donald Trump e é favorável a restrições à comunidade LGBTQIA+. (The Washington Post)

Depois de três semanas sem liderança, Mike Johnson é eleito presidente da Câmara dos EUA

Após três semanas sem uma liderança na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o deputado republicano Mike Johnson, de Louisiana, foi eleito novo presidente da Casa nesta quarta-feira. Em votação única, Johnson, de 51 anos, venceu por 220 votos a 209 o líder democrata Hakeem Jeffries, tornando-se o 56º presidente da Câmara e o mais jovem em décadas a ocupar tal função. “Restauraremos a confiança neste órgão”, afirmou em seu primeiro discurso. “Vamos promover uma agenda política conservadora abrangente, combater as políticas prejudiciais da administração [do presidente Joe] Biden e apoiar os nossos aliados no exterior.” A dificuldade na definição da liderança da Câmara — que, apesar de pendências urgentes, como a aprovação do orçamento e a guerra no Oriente Médio, ficou paralisada desde a destituição do republicano Kevin McCarthy, em 3 de outubro — expôs ideias conflitantes entre os republicanos, que demoraram a chegar a um consenso sobre a nomeação do partido para o cargo. Nas últimas duas semanas, os republicanos rejeitaram três nomes: Steve Scalise (Louisiana), Jim Jordan (Ohio) e Tom Emmer (Minnesota). Já Johnson foi unanimidade entre seus correligionários, incluindo a ala mais radical do partido, que foi a responsável pela moção que levou à deposição de McCarthy. Johnson também recebeu o apoio do ex-presidente Donald Trump. (Globo)

‘Não sou amigo de miliciano’, afirma Dino em comissão da Câmara

Discussão, bate-boca e alfinetada. Assim foi a audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados com o ministro de Justiça e Segurança Pública (MJSP), Flávio Dino, nesta quarta-feira. A confusão envolveu inclusive parlamentares da oposição e do mesmo partido. O estopim foi o uso do palavrão “porra” durante um questionamento do deputado Éder Mauro (PL-PA) sobre facções criminosas. “Eles [criminosos] fazem o que querem e vocês do ministério [da Justiça] não fazem porra nenhuma para resolver o problema”, afirmou o parlamentar, que foi imediatamente interrompido pela presidente da CFFC, Bia Kicis (PL-DF). “Deputado, por favor, vamos só cuidar das palavras”, repreendeu, pedindo à assessoria para retirar o palavrão das notas taquigráficas. Mauro não se deu por vencido e fez questão de, ironicamente, repetir a expressão: “Está bom. Então retire a palavra ‘porra’ daí”. Dino foi pressionado principalmente sobre a situação da segurança pública no país. Ao falar sobre o Rio de Janeiro, o ministro fez ataques indiretos ao ex-presidente Bolsonaro e sua família. “Eu não homenageio miliciano, não sou amigo de miliciano, não sou vizinho de miliciano, não empreguei no meu gabinete filho de miliciano, esposa de miliciano, e, portanto, não tenho nenhuma relação com o crime organizado no Rio de Janeiro”, afirmou Dino, acrescentando que um dos maiores erros políticos do estado foi o apoio às milícias, que, segundo ele, partiu de políticos. (Metrópoles e Estadão)