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Andrea Freitas

Editora do Meio. Jornalista formada pela Uerj, é mestre em Relações Internacionais pela PUC-Rio. Com mais de 20 anos de experiência, a maior parte cobrindo economia, passou pelas redações de Jornal do Brasil, Jornal do Commercio, EFE e O Globo. Nas horas vagas, ama viajar, jogar tênis e surfar.

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Relator da reforma tributária diz que já há votos para aprovação no Senado

O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), não revela o placar, mas afirma que já há votos suficientes para aprovar a proposta Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário do Senado. A avaliação foi feita em conjunto com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). “Nós acreditamos que temos votos para aprovar, tanto na comissão quanto no plenário”, afirma em entrevista à Folha. Seu parecer, contemplando parte das demandas de senadores, contribuiu para criar um clima favorável à reforma, que está no Legislativo há cerca de 40 anos. O trabalho também teve um caráter de “contenção de danos” para evitar que demasiadas exceções acabassem desfigurando a proposta por completo. “Vamos trabalhar muito ainda até a reunião da CCJ, na terça-feira (7). A expectativa é de termos uma aprovação expressiva na CCJ. E a ideia é, no dia 8, deliberar no plenário em primeiro turno. No dia 9, em segundo turno”, diz. Uma proposta de emenda à Constituição (PEC) requer maioria simples na CCJ e o apoio de ao menos 49 dos 81 senadores para ser aprovada no plenário da Casa, onde passa por dois turnos de votação. (Folha)

Meta fiscal: Lula reúne ministros da área econômica e recebe cenários para mudança

O presidente Lula esteve nesta quarta-feira com os ministros da área econômica para receber possíveis cenários para a mudança da meta fiscal de déficit zero em 2024. Interlocutores disseram ao Estadão que ele não tomou uma decisão na reunião, mas acreditam que Lula acabará alterando a meta — para um rombo de 0,25% ou 0,50% do Produto Interno Bruto (PIB) — já neste ano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prefere que a alteração ocorra só em 2024. A discussão gira entre mudar para um rombo de 0,25% ou 0,50% do Produto Interno Bruto (PIB). Haddad participou da reunião, mas quase não falou. Entre os técnicos da área econômica, avalia-se que um déficit de 0,25% já seria suficiente para evitar um bloqueio de gastos, já que o arcabouço fiscal tem uma margem de tolerância para cima e para baixo de 0,25 ponto porcentual do PIB. Lula ouviu os ministros, mas também não fez comentários. Se o presidente confirmar a mudança, o encaminhamento formal será feito pelo relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Danilo Forte (União-CE), ou por algum membro do governo na Comissão Mista de Orçamento (CMO). Em seguida, o Ministério do Planejamento enviará dados complementares ao projeto para o anexo de metas na LDO. A ideia de fazer a mudança via mensagem modificativa do governo ao projeto da LDO foi praticamente descartada devido aos prazos do regimento da CMO. (Estadão)

Com terceiro corte seguido de 0,50 ponto, taxa básica de juros fica em 12,25% ao ano

Novo corte nos juros. Pela terceira vez seguida e em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a Selic de 0,5 ponto percentual, passando de 12,75% ao ano para 12,25%. A redução seguiu a expectativa dos analistas e já havia sido sinalizada pela autoridade monetária. No comunicado divulgado após a reunião, o colegiado indicou que pode adotar novos cortes de 0,5 ponto percentual. Neste ano, haverá apenas mais uma reunião, nos dias 12 e 13 de dezembro, o que permitiria, caso esse patamar de redução seja mantido, encerrar o ano com a Selic em 11,75%. “Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, diz o texto. No comunicado, o Copom destaca que o ambiente externo é adverso e cita a elevação das taxas de juros de prazos mais longos nos Estados Unidos e as novas tensões geopolíticas. Já no cenário doméstico, a inflação cheia ao consumidor manteve trajetória de desinflação, mas segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta de inflação, enquanto as medidas mais recentes de inflação subjacente ainda se situam acima da meta para a inflação. “O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.” (Bloomberg Línea)

Israel confirma que ataque aéreo causou segunda explosão em campo de refugiados

As Forças de Defesa de Israel confirmaram que uma explosão no campo de refugiados de Jabalya, em Gaza, foi causada por um ataque aéreo nesta quarta-feira, segundo dia consecutivo de bombardeio ao local. “Com base em informações precisas, os caças das FDI atacaram um complexo de comando e controle do Hamas em Jabalya. Podemos confirmar que os terroristas do Hamas foram eliminados no ataque”, diz o comunicado. “O Hamas constrói deliberadamente a sua infraestrutura terrorista sob, à volta e dentro de edifícios civis, colocando os civis de Gaza intencionalmente em perigo.” Diretor do hospital indonésio de Gaza, o médico Atef Al Kahlout disse à CNN que o segundo ataque matou ao menos 80 pessoas e que muitos estão sob os escombros. Na véspera, um ataque ao campo de refugiados deixou danos catastróficos e ao menos 50 mortos. Israel diz que matou um importante comandante do Hamas, mas o grupo negou. (CNN)

Após decisão de juros nos EUA e falas de Powell, Ibovespa sobe 1,69%

Na chamada Superquarta, dia de decisão sobre os juros nos Estados Unidos e no Brasil, o Ibovespa fechou com alta de 1,69%, aos 115.059 pontos. O dólar caiu 1,34%, cotado a R$ 4,9730. Em Nova York, o Dow Jones subiu 0,67%, o S&P 500 avançou 1,05% e o Nasdaq fechou com alta de 1,64%. (Valor Investe)

Justiça nega pedido de recuperação judicial da SouthRock, dona no Starbucks no Brasil

O Tribunal de Justiça de São Paulo negou o pedido de recuperação judicial da franqueadora do Starbucks no Brasil, a SouthRock Capital. O juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1ª Vara de Falências de São Paulo, negou todas as demandas feitas pela empresa, inclusive a de manutenção do contrato de franquia com a matriz da Startbucks nos Estados Unidos, conta Mariana Barbosa, da coluna Capital. O juiz considerou que as alegações eram muito genéricas e ressaltou o fato de o contrato de licença da Starbucks não ter sido anexado no pedido. A SouthRock, que tem uma dívida de R$ 1,8 bilhão, foi notificada mês passado pela Starbucks americana sobre o rompimento do contrato de licenciamento por descumprimento por rompimento do contrato. Santos determinou a nomeação de um administrador judicial para fazer uma perícia prévia e analisar a documentação apresentada. Só então, ele voltará a decidir sobre o pedido. A SouthRock tem 180 lojas próprias do Starbucks no Brasil e dona da operação local do Subway e do Eataly. (Globo)

Balança comercial registra superávit de US$ 8,9 bi, melhor resultado para outubro desde 1989

As exportações superaram as importações em US$ 8,959 bilhões em outubro, melhor resultado para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 1989. O dado mostra crescimento de 140,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. Com isso, o saldo da balança comercial no ano está positivo em US$ 80,212 bilhões, maior marca para os dez primeiros meses de um ano desde o início da série e acima dos R$ 62 bilhões registrados em todo o ano de 2022, que foi recorde. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), no mês passado, as exportações somaram US$ 29,484 bilhões, e as importações, US$ 20,525 bilhões. Frente a igual período do ano passado, as exportações recuaram 0,7%, enquanto as importações caíram 20,9%. (g1 e Poder360)

Câmara cria Bancada Negra com direito a voto em reuniões de líderes

Por meio de um projeto de resolução de Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Damião Feliciano (União-PB), a Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, a criação da Bancada Negra, que é composta por parlamentares autodeclarados pretos ou pardos, de forma suprapartidária. Com isso, eles passarão a ter um representante nas reuniões do colégio de líderes, em que os deputados decidem as pautas econômicas que serão tratadas nas votações semanais. A nova bancada acredita que, assim, poderá avançar com projetos relacionados à população negra. A Bancada Negra conta com um cargo de coordenação-geral e três vice-coordenadorias, mas ainda não há definição de quem ocupará esses postos. A direção será renovada a cada 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, por eleição. A iniciativa se assemelha à criação da Bancada Feminina, mas ainda sem a mesma estrutura física e de servidores. Conforme relatório do deputado Antonio Brito (PSD-BA), a Bancada Negra corresponde a aproximadamente 24% dos 513 parlamentares: 31 se declaram pretos e 91 se identificaram como pardos. (Carta Capital)

Braga Netto ‘discorda’ de inelegibilidade diz que vai recorrer da decisão do TSE

Candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022, o general da reserva Walter Braga Netto afirmou nesta quarta-feira que “discorda” da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o tornou inelegível até 2030. Ele afirmou que utilizará “todos os meios judiciais e democráticos para provar e comprovar a lisura” de suas ações. Bolsonaro também foi condenado a oito anos de inelegibilidade por uso eleitoral das comemorações do Bicentenário da Independência. Além disso, os dois foram multados: Bolsonaro em R$ 425,6 mil e Braga Netto em R$ 212,8 mil. (Metrópoles)

Em dia de Copom, presidente e diretores do BC participam de protesto de servidores

O presidente e os diretores do Banco Central (BC) participaram nesta quarta-feira de um ato de servidores da autoridade monetária cobrando reestruturação de carreira e aumento salarial. Roberto Campos Neto já demonstrou preocupações com o quadro de funcionários públicos do BC. Os diretores Gabriel Galípolo (Política Monetária) e Ailton Aquino (Fiscalização), ambos indicados pelo atual governo, também participaram da manifestação, que ocorreu em frente à sede do BC, em Brasília, no segundo dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Desde o início de julho, os servidores trabalham em operação-padrão, o que tem atrasado a divulgação de dados econômico-financeiros mensais. A categoria afirma que haverá problemas no cronograma de implementação da agenda tecnológica, como o Real Digital e inovações no Pix. (Poder360)

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