Andrea Freitas

Editora do Meio. Jornalista formada pela Uerj, é mestre em Relações Internacionais pela PUC-Rio. Com mais de 20 anos de experiência, a maior parte cobrindo economia, passou pelas redações de Jornal do Brasil, Jornal do Commercio, EFE e O Globo. Nas horas vagas, ama viajar, jogar tênis e surfar.

Espanhola Aena assumirá administração de Congonhas e outros 10 aeroportos

Entre 10 de outubro e 30 de novembro, a Aena Desarrollo, empresa espanhola de gestão aeroportuária, começará a administrar 11 aeroportos — incluindo o de Congonhas (SP) —arrematados por R$ 2,4 bilhões em leilão em agosto de 2022. Com isso, estará presente em nove estados, gerindo um total de 17 aeroportos e 20% do tráfego aéreo do Brasil. Os 11 aeroportos já estão na etapa de operação assistida, com contratação de consultorias para o desenvolvimento de projetos de ampliação e modernização para cada aeroporto. Em relação a Congonhas, entre as melhorias de curto prazo, estão ampliação da sala de embarque remoto, readequação das vias de acesso, reforma dos banheiros e revitalização da fachada. Em seguida, os principais investimentos serão para a revitalização dos pavimentos das pistas de táxi, ampliação do pátio de aeronaves com novas posições de contato, e construção de um novo terminal de passageiros. A entrega dessas obras de Congonhas está prevista para junho de 2028. Já as dos outros dez aeroportos acontecerá em junho de 2026. (CNN)

Viveremos momentos de estresse por causa da política fiscal, diz Samuel Pessôa

Momentos de estresse por causa da política fiscal. É isso que Samuel Pessôa, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), acredita que a economia brasileira vai enfrentar no atual governo. Em entrevista ao Estadão, ele afirma que Lula é o árbitro de um cabo de guerra entre o grupo político que deseja ampliar os gastos e a Fazenda, “que quer colocar um pé no freio”. “Quando a situação — via resposta do mercado — começa a ficar ruim, o presidente dá mais poder para a Fazenda. Quando nós estamos num período de bonança no mercado, o núcleo político vai ficando mais forte. É essa a economia política que vai vigorar até o final do mandato”, explica. “Ou seja, se não tiver nenhum estresse, eles vão gastando mais, até uma hora em que as pessoas começam a fazer conta, se assustam e têm um estresse.” (Estadão)

Pacheco afirma que Congresso não será empecilho para pautas econômicas

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou hoje que o Congresso “não será empecilho” para as pautas econômicas e ambientais. “O Congresso Nacional, além de não ser empecilho, será o caminho correto e republicano de ter todas essas conquistas no Brasil.” Ele destacou que desses temas estão acima de qualquer desentendimento entre os Três Poderes. “Eventuais divergências que hajam entre os poderes não devem contaminar a agenda principal do Brasil, que é a agenda de desenvolvimento econômico, cuidar desses projetos que interessam para a geração de emprego e renda.” (Poder360)

Americanas: ex-CEO quer fazer acordo para encerrar processo na CVM

Acordo para encerrar o processo relacionado à Americanas. É isso que busca o ex-CEO da varejista Sérgio Rial. Sua defesa deu essa indicação no último dia 1º e, com isso, tem 30 dias úteis para apresentar uma proposta de termo de compromisso, conta Rennan Setti. A defesa de João Guerra Duarte Neto também indicou, no mesmo processo, que pretende apresentar um acordo. O executivo substituiu interinamente Rial após a revelação da fraude contábil bilionária. O processo na CVM é referente à forma como a varejista comunicou o rombo ao mercado: em fato relevante, após o fechamento da Bolsa, em 11 de janeiro, informando a renúncia de Rial, após apenas nove dias, por ter encontrado “inconsistências contábeis”, deixando mais dúvidas do que certezas sobre o que de fato ocorreu. A diretora financeira da Americanas, Camille Loyo Faria, que assumiu após o escândalo, também sinalizou a intenção de fazer um acordo em outro processo. Ela é investigada por falha na divulgação das propostas de capitalização pelos principais acionistas da empresa — Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. (Globo)

Haddad diz que Congresso vai ditar ritmo de ajuste fiscal e espera surpresa positiva

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), está tranquilo. Pelo menos em relação às medidas econômicas enviadas ao Congresso e às metas para as contas públicas. Após evento em São Paulo, ele elogiou a postura do Legislativo e disse que não há motivos para temer que a agenda de interesse do governo não avance neste segundo semestre. “Estamos em diálogo permanente com as duas casas para que a agenda do segundo semestre seja tão virtuosa quanto foi no primeiro semestre. Quanto mais rápido tomarmos essas medidas de estruturação dos setores econômicos, mais rápido vamos colher os frutos”, afirmou. “Do nosso ponto de vista, estamos tranquilos com relação ao que estamos propondo, mas o Congresso é que vai se debruçar sobre as medidas provisórias e projetos de lei que foram encaminhados. É o Congresso que vai dar esse ritmo porque é ele que tem a palavra final.” (Infomoney)

Pressionado por Vale, Ibovespa fecha com leva queda de 0,07%

Dados fracos da construção civil na China puxaram para baixo o preço do minério de ferro e as ações das empresas do setor hoje. Com a queda da Vale (-2,06%), o Ibovespa também fechou hoje no vermelho, recuando 0,07%, aos 115.925 pontos. Em Nova York, o S&P 500 avançou 0,40%, aos 4.337 pontos, assim como Dow Jones, que fechou em alta de 0,13%, aos 13.271 pontos. (Valor)

Oficiais acreditam que almirante Garnier não deve escapar de punição militar

Se a delação do tenente-coronel Mauro Cid for confirmada, o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, não deve escapar de uma punição militar. Ele teria sido o único comandante das Forças Armadas a colocar suas tropas à disposição do então presidente Jair Bolsonaro (PL) caso ele tentasse dar um golpe de Estado. Segundo o Blog da Andréia Sadi, oficiais de alta patente avaliam que, pela gravidade do relato, Garnier deve ser encaminhado ao Conselho de Justificação após responder a processo criminal no Supremo Tribunal Federal (STF). Se a pena no STF for inferior a dois anos, o comandante da Força é quem encaminhará o caso ao conselho. Se for maior, caberá à Procuradoria-Geral Militar. Ligado à Justiça Militar, esse conselho avalia se um militar é considerado indigno para o oficialato. Garnier pode ser enquadrado nos artigos 151 (omissão da lealdade militar), 155 (incitamento) e 156 (apologia de fato criminoso ou seu autor). A maior pena é por omissão à lealdade militar, chegando a cinco anos de reclusão. Caso seja considerado indigno, o almirante perde o posto e a patente. (g1)

Diretor da PF diz que inteligência viu risco dias antes do 8/1, mas acionou DF só na véspera

Em 2 de janeiro, logo após tomar posse, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, recebeu as primeiras informações de que os protestos bolsonaristas marcados para o dia 8 daquele mês, ofereciam risco de violência. Apesar disso, só na véspera da invasão às sedes dos três Poderes, ele informou à Secretaria de Segurança do Distrito Federal que a inteligência da corporação havia identificado a possibilidade de invasão de prédios públicos e de impedimento do funcionamento das instituições. Segundo a Folha, esses relatos estão no depoimento de Rodrigues no procedimento administrativo disciplinar em curso na PF que apura a atuação de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), no episódio. (Folha)

Mendonça diz que mulher no STF é importante, mas indicação de Lula deve ser respeitada

A vontade do presidente Lula para definir quem ocupará a vaga da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal precisa ser respeitada. A afirmação é do ministro André Mendonça, que evitou responder se acha imprescindível que ela seja substituída por outra mulher. “A presença da mulher é sempre importante, mas temos que respeitar indicação do presidente”, afirmou após participar de evento no Rio. Questionado sobre os nomes cotados ao posto — Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública; Jorge Messias, ministro da Advocacia-Geral da União, e Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União –, Mendonça afirmou que “são bons nomes”. (Valor)

Lula: gênero e cor não serão critérios para escolher nomes para STF e PGR

Gênero e cor não serão critérios adotados pelo presidente Lula para escolher quem vai assumir a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) que será aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber. Ele afirmou hoje ter “várias pessoas na mira”. “O critério não será mais esse. Eu estou muito tranquilo de escolher uma pessoa que possa atender os interesses do Brasil. Uma pessoa que tenha respeito pela sociedade brasileira. Que tenha respeito, mas não medo da imprensa. Sem precisar ficar votando pela imprensa. Já tem várias pessoas em mira”, disse. “Não precisa perguntar questão de gênero ou de cor. No momento certo vão saber quem eu vou conhecer.” (Globo)