Andrea Freitas

Editora do Meio. Jornalista formada pela Uerj, é mestre em Relações Internacionais pela PUC-Rio. Com mais de 20 anos de experiência, a maior parte cobrindo economia, passou pelas redações de Jornal do Brasil, Jornal do Commercio, EFE e O Globo. Nas horas vagas, ama viajar, jogar tênis e surfar.

Argentina lança mais uma taxa de câmbio: o dólar ‘Vaca Muerta’

Às vésperas das eleições, a Argentina lançou o “dólar Vaca Muerta”. A nova taxa de câmbio especial, que passa a valer em outubro e terá vigência de 60 dias, é destinada a exportadores de hidrocarbonetos da Bacia de Vaca Muerta e busca liquidar cerca de US$ 1,2 bilhão. Anunciada pelo ministro da Economia e candidato à presidência Sergio Massa, a medida procura fortalecer as reservas cambiais e reduzir a possibilidade de tensões. O “dólar Vaca Muerta” permitirá que 25% das exportações sejam inseridas a preço à vista com liquidação, enquanto os 75% restantes irão para o Mercado Único de Câmbio Livre. Massa afirmou que a medida oferece estabilidade aos empregos e sistema financeiro, além de permitir a continuidade de obras. Vaca Muerta é o segundo reservatório de gás de xisto do mundo e o quarto em petróleo não convencional. É responsável pela metade da produção de hidrocarbonetos da Argentina. (CNN Brasil)

Comissão quer ouvir ministros palacianos sobre atuação de Janja

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou ontem o convite a três ministros – Rui Costa (Casa Civil), Márcio Macêdo (Secretaria Geral) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) – para esclarecer as funções da primeira-dama Janja da Silva. Os deputados querem explicações sobre notícias relacionadas à possibilidade e competência dela para “assumir a agenda presidencial”. A comissão também aprovou convites a Paulo Pimenta (Secom), para falar de gastos com publicidade oficial; Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) para dar explicações sobre ações contra a criminalidade; e Esther Dweck (Gestão e Inovação) para debater a reforma administrativa. (Poder360)

Tomás Paiva concorda com exclusão das Forças Armadas da fiscalização das eleições

O general Tomás Paiva, comandante do Exército, concordou com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de excluir as Forças Armadas da lista de entidades fiscalizadoras do processo eleitoral. “Concordo sim. Nenhum problema quanto a isso”, disse ao Blog da Andréia Sadi, acrescentando que a iniciativa de incluir as Forças Armadas partiu do próprio TSE. “Não pedimos para estar! [...] Isso tem que ser lembrado.” Com a perda do status de entidade fiscalizadora, as Forças Armadas deixam de ter, por exemplo, autorização de acesso aos sistemas eleitorais desenvolvidos pelo TSE e ao código-fonte. O Supremo Tribunal Federal (STF) também perdeu o status de entidade fiscalizadora. (g1)

Juiz de Nova York declara Trump culpado por fraude em ação civil

Culpado por fraude. O juiz Arthur Engoron decidiu hoje que o ex-presidente americano Donald Trump exagerou o valor de sua fortuna em declarações a bancos e seguradoras. A decisão ocorre no âmbito de uma ação civil iniciada pela procuradoria-geral do estado de Nova York, em setembro passado. De acordo com o juiz, Trump e diretores de sua empresa mentiram reiteradamente sobre relatórios financeiros e valores de ativos para conseguir empréstimos com taxas melhores e seguros mais baratos, violando a legislação. A ação também cita dois dos filhos de Trump e sua empresa como réus. O patrimônio líquido do ex-presidente teria sido exagerado em até US$ 2,2 bilhões em algumas das declarações. (Folha)

Forças Armadas são excluídas da fiscalização das urnas eletrônicas pelo TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou hoje por unanimidade medida proposta por seu presidente, o ministro Alexandre de Moraes, excluindo as Forças Armadas da lista de entidades que fiscalizam o sistema eletrônico de votação. Na mesma decisão, Moraes propôs a retirada o Supremo Tribunal Federal como entidade fiscalizadora. “Não me parece que seja a competência do Supremo, guardião da Constituição, órgão competente para julgar e analisar recursos, fazer parte do rol de fiscalizadoras”, disse. “Da mesma maneira, não se mostrou necessário, razoável e eficiente a participação das Forças Armadas. Demonstrou-se absolutamente incompatível com as atribuições constitucionais, e também a participação na comissão de transparência eleitoral”, acrescentou. Durante a sessão, Moraes afirmou que as Forças Armadas são indispensáveis para a organização do processo eleitoral. “O importante, e aí sim imprescindível auxílio, é a constante parceria das Forças Armadas com a Justiça Eleitoral, essa permanecerá.” Além disso, o TSE incorporou, por meio da nova resolução, o teste de integridade com biometria proposto pelas Forças Armadas para as eleições de 2022 como modalidade do teste de integridade das urnas eletrônica. (Globo)

CPI das Americanas aprova relatório final sem pedir indiciamentos

A CPI que investiga o rombo contábil na Americanas encerrou suas atividades hoje com a aprovação do relatório por 18 votos a oito. De autoria do deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), o texto não identifica os responsáveis pelas inconsistências de R$ 20 bilhões nas contas da empresa e se limita a fazer sugestões de melhorias legislativas, pedido de reforço no orçamento e no quadro de servidores da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Segundo o parlamentar, não foi possível definir “de forma precisa, a autoria dos fatos identificados, nem imputar a respectiva responsabilidade criminal, civil ou administrativa a instituições ou pessoas determinadas”. (Folha)

Biden é o primeiro presidente americano a se unir a piquete grevista

O presidente americano, Joe Biden, desembarcou, hoje, em Michigan — estado que pode ser decisivo nas eleições de 2024 — para falar com trabalhadores grevistas da indústria automobilística. Ao comparecer ao piquete de sindicalistas do United Auto Workers (UAW), que reúne empregados de Stellantis, Ford e General Motors, ele se tornou o primeiro presidente dos Estados Unidos a participar de forma direta de um ato grevista. “O fato que importa é que vocês, caras, UAW, salvaram a indústria automotiva em 2008”, afirmou. “Vocês merecem os aumentos significativos de que precisam, e outros benefícios. Vamos recuperar o que perdemos”, acrescentou. A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, classificou a visita como “histórica”. Em campanha pela reeleição, o democrata espera conquistar o apoio dos grevistas um dia antes da visita de Donald Trump, que deve falar com os trabalhadores amanhã. O republicano anunciou sua viagem antes de Biden e acusou o presidente de imitá-lo. O apoio do UAW a Biden em 2020 foi essencial para que Michigan votasse a seu favor, após votar em Trump em 2016. (Globo)

‘Perseguição política’, afirma Bolsonaro sobre virar réu por incitação ao estupro

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro réu por incitação ao estupro por afirmar, em dezembro de 2014, que a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) “não merecia ser estuprada”. No dia seguinte, reafirmou sua fala ao jornal gaúcho Zero Hora. Nas redes sociais, Bolsonaro disse ser vítima de perseguição. “A perseguição não para! Defendemos desde sempre punição mais severa para quem cometa esse tipo de crime e justamente quem defende o criminoso agora vira a ‘vítima’”, postou o ex-presidente no X. “Fui insultado, me defendo e mais uma vez a ordem dos fatos é modificada para confirmar mais uma perseguição política conhecida por todos.” Na época, a vice-procuradora da República, Ela Wiecko, ofereceu denúncia contra Bolsonaro. Ele chegou a virar réu, mas o processo foi suspenso em fevereiro de 2019, por decisão do ministro do Supremo Luiz Fux, já que Bolsonaro era presidente. Com o fim do mandato presidencial, o ministro Dias Toffoli declinou da competência de julgar o caso e enviou o processo ao TJDFT. (Correio Braziliense)

Ibovespa recua 1,49% e dólar encosta em R$ 5

Após a divulgação da prévia da inflação e da Ata do Copom, o Ibovespa fechou, ontem, no menor patamar desde 5 de junho, com queda de 1,49%, aos 114.193 pontos. O desempenho das commodities e a perspectiva de juros mais altos nos Estados Unidos por mais tempo também contribuíram para o fraco desempenho da Bolsa brasileira. Já o dólar avançou 0,42%, a R$ 4,9870. Na Bolsa de Nova York, o S&P 500 caiu 1,47%, o Dow Jones recuou 1,14% e o Nasdaq teve desvalorização de 1,57%. (Valor)

Augusto Aras teme ser investigado após deixar o comando da PGR

Augusto Aras encerrou ontem seu mandato à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR), temendo que procedimentos administrativos disciplinares sejam abertos para apurar sua gestão, conta Bela Megale. Seu maior temor é relacionado às decisões tomadas durante a pandemia. Não à toa, ele dedicou seu tempo final na PGR tentando se desvencilhar da imagem de leniente com os desmandos do governo de Jair Bolsonaro, especialmente em relação à Covid-19. (Globo)