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O governo brasileiro deu início a uma operação para repatriar cidadãos do país em Israel, reservando seis aeronaves. A primeira, um KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB), com capacidade para 230 passageiros, deve chegar a Tel Aviv na segunda-feira ou na terça-feira. O avião segue hoje para Itália para ficar mais próximo do conflito, enquanto as embaixadas finalizam a primeira lista de repatriação. Uma outra aeronave do mesmo tipo também foi destacada, além de dois KC-390, com capacidade para 80 passageiros cada, e dois aviões cedidos pela Presidência da República, com capacidade de 40 passageiros cada. “Estamos com um brigadeiro lá na embaixada [de Israel] ajudando nessa consolidação de todos os brasileiros, de todas as embaixadas da região, Egito, Jordânia e Israel, para que possamos trazer todos os brasileiros que estão na região, logicamente aqueles que desejarem. Importante dizer que vários também já estão se colocando em aeronaves comerciais”, afirmou o comandante da FAB, tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Damasceno, que participou de uma reunião no Palácio do Itamaraty com o ministro da Defesa, José Múcio, para analisar o conflito. (Agência Brasil)

No segundo dia de conflito com o Hamas, o gabinete de segurança de Israel declarou oficialmente guerra ao Hamas neste domingo. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já havia dito, de forma retórica, que o país estava em estado de guerra e prometeu uma que “se vingará poderosamente” dos ataques de militantes palestinos. A declaração de guerra segue o Artigo 40 da Lei Básica de Israel, que não tem uma constituição escrita, mas 13 leis básicas cumprem função semelhante. (CNN)

Apesar de a guerra entre o Hamas e Israel indicar que haverá um escalonamento da violência e das tensões na região, é pouco provável que o conflito perturbe o fornecimento de petróleo, segundo o Rapidan Energy Group, que aconselha investidores do setor energético. Já os preços podem subir. “Se Israel atacasse instalações de defesa, políticas, econômicas ou nucleares iranianas, os preços do petróleo imediatamente disparariam devido ao risco percebido de uma interrupção no Estreito de Hormuz e riscos para as instalações de petróleo da região.” (Bloomberg Línea)

Yahya Rahim Safavi, principal conselheiro militar do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, afirmou que Teerã apoia os ataques do Hamas a Israel e continuará a apoiar os combatentes islâmicos “até a libertação da Palestina e de Jerusalém”. “Apoiamos a louvável operação Tempestade Al-Aqsa”, afirmou Rahim Safavi, segundo a mídia estatal iraniana. A fala do ex-comandante da Guarda Revolucionária aumenta a suspeita de que Teerã teve papel direto no apoio ao Hamas. As afirmações também dão à Arábia Saudita, rival regional de longa data do Irã, um sinal ameaçador de que o Irã está disposto a incentivar o conflito regional, evitando que Riad normalize os laços com Israel, como os americanos desejam. (Politico)

Em discurso transmitido à nação pela TV, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou, que o Exército usará “toda sua força para destruir o Hamas” após o ataque que deixou aos menos 250 mortos e 1.400 feridos. Na Faixa de Gaza, cerca de 200 palestinos foram mortos e 1.610 ficaram feridos. O premier prometeu atacar o Hamas onde o grupo estiver, afirmando que usará “todo o poder” do Exército israelense, mesmo que isso “leve tempo”. Também disse que os moradores da Faixa de Gaza devem deixar o local “porque vamos operar em todos os lados com força total” e que todos os lugares onde o Hamas se esconde serão transformados “em ruínas”. Netanyahu qualificou os ataques como algo “nunca antes visto em Israel” e afirmou que “isso nunca mais acontecerá”. “Venceremos esta guerra, mas o preço será insuportavelmente alto. Este é um dia muito difícil para todos nós.” (UOL)

Em pronunciamento na Casa Branca, o presidente americano, Joe Biden, afirmou neste sábado que Washington permanecerá ao lado de Israel, que foi alvo de ataques do Hamas. “Os Estados Unidos estão ao lado de Israel. Jamais daremos as costas ao seu povo. Asseguramos que daremos o apoio que os cidadãos precisam”, afirmou Biden, que também destacou as “imagens horríveis que o mundo assistiu nas últimas horas”. Ele conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e reiterou o apoio americano. “Pedimos que pare completamente. Não há justificativa para este tipo de ataque. Nosso governo tem uma posição firme ao lado de Israel”, disse. Ele também afirmou que fez contato com o rei da Jordânia, Abdullah II, e outros líderes da região, como Egito e Emirados Árabes Unidos. (CNN Brasil)

Os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL), condenaram os ataques do Hamas a Israel neste sábado. Pacheco afirmou que é urgente que a comunidade internacional se esforce em favor da paz entre palestinos e israelenses. “Não podemos fechar os olhos para a violação de princípios fundamentais”, escreveu o parlamentar em uma rede social. “Em nome do Congresso Nacional, expresso condolências aos familiares das vítimas, e reafirmo o meu desejo pelo fim do conflito e a busca por uma solução justa, pacífica e duradoura da região.” Lira, também via redes sociais, disse que a guerra “não é a solução para conflitos políticos ou de qualquer natureza” e chamou o ataque de “inaceitável”. “Devemos todos, inclusive o Estado brasileiro, buscar o fim das hostilidades e o entendimento político. O caminho é o da paz.” (CNN Brasil)

Os ataques realizados pelo Hamas a Israel neste sábado foram comparados aos atentados em território americano do 11 de Setembro, em 2001, e de Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941. Steven Erlanger, principal correspondente do New York Times na Europa, relatou que o impacto psicológico das ações palestinas foi comparado ao dos atentados da Al Qaeda sobre os americanos. “O impacto psicológico sobre os israelenses foi comparado ao choque do 11 de Setembro nos Estados Unidos. Assim, depois de os militares israelenses repelirem o ataque inicial palestino, a questão é o que fazer a seguir. Há poucas boas opções para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que declarou guerra e está sendo pressionado por uma grande resposta militar.” Já Jonathan Conricus, ex-porta-voz das Forças de Defesa de Israel, afirmou à CNN que o ataque surpresa foi tipo Pearl Harbor. “Todo o sistema falhou. Não apenas um componente”, disse. “Este é um momento do tipo Pearl Harbor para Israel, em que havia uma realidade até hoje, e haverá uma nova realidade depois de hoje.” (New York Times e CNN)

Apenas uma empresa privada que atua no mercado brasileiro de internet por satélite atende aos requisitos para conectar 40 mil das 138 mil escola até 2026: a Starlink, do bilionário Elon Musk. Essa condição foi estabelecida em agosto, quando uma portaria do Ministério da Educação estipulou a velocidade mínima de conexão para as escolas em 50 megabits por segundo (mbps), revela o Estadão. O MEC afirmou em nota que a mudança segue os parâmetros de velocidade recomendados pelo Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas, vinculado à Agência Nacional de Telecomunicações. Também justifica que “as velocidades mínimas foram definidas com base em uma análise das necessidades das escolas públicas”. Os parâmetros brasileiros estão acima das recomendações da agência das Nações Unidas para tecnologias de comunicação, a International Telecommunication Union (ITU), que estabeleceu 20 mpbs para escolas em todo o mundo como meta para 2030. O presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Telecomunicações por Satélite (Sindisat), Fabio Alencar, critica a nova regra e afirma que o parâmetro de 50 mbps restringe a concorrência. (Estadão)

Após ataque do Hamas a Israel, o Ministério das Relações Exteriores identificou um brasileiro ferido e dois desaparecidos. Até o momento, não há registros de brasileiros mortos. O Itamaraty informou que mantém contato com cerca de 90 brasileiros que vivem na Faixa de Gaza ou nas cidades israelenses na zona de conflito. O ministério estima que 14 mil brasileiros vivem em Israel e 6 mil, nos territórios palestinos após ataque do Hamas a Israel – a maioria fora da área de conflito. (g1)