Editora do Meio. Jornalista formada pela Uerj, é mestre em Relações Internacionais pela PUC-Rio. Com mais de 20 anos de experiência, a maior parte cobrindo economia, passou pelas redações de Jornal do Brasil, Jornal do Commercio, EFE e O Globo. Nas horas vagas, ama viajar, jogar tênis e surfar.
O plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar nesta sexta-feira o quarto grupo de acusados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes votou pela condenação de oito réus com penas de 3 a 17 anos, além do ressarcimento de R$ 30 milhões por danos morais coletivos. Os oito foram presos dentro do Palácio do Planalto e respondem por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência e deterioração de patrimônio tombado. O julgamento desse grupo acaba no próximo dia 20. Até o dia 16, o plenário virtual segue julgando a terceira leva de acusados: cinco presos no Palácio do Planalto e dois dentro do Congresso Nacional. (Agência Brasil)
Para ler com calma. Abu Madighem é um dos 200 mil membros da comunidade beduína árabe de Israel. Desde o sábado passado, quando os terroristas do Hamas atacaram Israel, seu telefone não para de tocar. Não para perguntar como ele está, mas para ameaçá-lo de morte. Um outro beduíno diz ter medo de andar na rua, por causa dos palestinos e dos israelenses. (BBC News Brasil)
O agravamento da guerra entre Israel e Hamas mexeu com os mercados nesta sexta-feira. O Ibovespa fechou em baixa de 1,11%, aos 115.733 pontos. Apesar da baixa, o principal índice da Bolsa brasileira encerrou a semana com alta de 1,39%. Já o dólar avançou 0,78%, a R$ 5,09, reduzindo a queda na semanal a 1,41%. Em Nova York, o Dow Jones ficou praticamente estável, com leve alta de 0,12%, enquanto S&P 500 caiu 0,50% e Nasdaq recuou 1,23%. (Valor Investe)
Os temores em relação à guerra entre Israel e Hamas e seus desdobramentos tiveram impacto sobre a cotação dos contratos futuros de petróleo, que avançaram mais de 5% nesta sexta-feira. O WTI para novembro fechou em alta de 5,77% (US$ 4,78), a US$ 87,69 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para dezembro subiu 5,69% (US$ 4,89), a US$ 90,89 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na semana, o WTI registrou alta de 5,92% e o Brent, de 7,46%. (Infomoney)
Em um raro discurso na véspera do shabat, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país “nunca esquecerá ou perdoará os atos horríveis dos nossos inimigos” e prometeu que os ataques aéreos na Faixa de Gaza, que já mataram mais de 1.700 palestinos, são “apenas o começo”. “Estamos lutando pela nossa casa como leões”, disse, acrescentando que o espírito das forças de defesa e do público em geral “inspira o mundo inteiro”. “Aniquilaremos o Hamas e traremos a vitória. Levará tempo, mas terminaremos esta guerra mais fortes do que nunca”, afirmou. Netanyahu também disse que Israel tem apoio internacional na luta contra o Hamas, tanto em termos de opinião pública quanto na ajuda militar dos EUA. (Haaretz)
Semanas antes do ataque surpresa do Hamas, a inteligência americana produziu ao menos dois relatórios parcialmente baseados em inteligência fornecida por Israel, alertando o governo de Joe Biden sobre o aumento do risco de um conflito com os palestinos, disseram fontes à CNN. O New York Times também informou sobre a existência dos relatórios, que não teriam sido levados ao conhecimento do presidente Joe Biden. O primeiro deles, de 28 de setembro, alertava, com base em múltiplos fluxos de informações, que o Hamas estava pronto para intensificar os ataques com foguetes. Em 5 de outubro, a CIA apontou para a possibilidade crescente de violência do Hamas. No dia seguinte, véspera do ataque, autoridades americanas circulou um relatório de Israel indicando atividade incomum do Hamas. Nenhuma das avaliações americanas continha detalhes táticos ou indicações do alcance, escala e brutalidade da operação que o Hamas perpetrou em 7 de outubro. E não se sabe se essas avaliações foram compartilhadas com Israel. (CNN)
Um diplomata de Israel em Pequim foi esfaqueado nesta sexta-feira em um dos distritos centrais da capital chinesa, conta Marcelo Ninio. Segundo o Ministério das Relações Exteriores de Israel, o diplomata foi hospitalizado e seu estado é estável. As autoridades chinesas não se pronunciaram sobre o caso, que não apareceu na mídia estatal. Não há confirmação do que motivou o ataque. Nas redes sociais chinesas, houve muitas manifestações de apoio ao Hamas, boa parte com teor antissemita. E, em raro protesto contra Pequim, a Embaixada de Israel criticou a reação do governo chinês aos ataques, que não condenou o Hamas e se limitou a pedir contenção dos dois lados. Yuval Waks, número dois da embaixada, disse que esperava uma condenação mais forte de Pequim. (Globo)
O cinegrafista da agência de notícias Reuters Issam Abdallah foi morto nesta sexta-feira durante um bombardeio de Israel a Alma al Shaab, no Sul do Líbano. Outros dois jornalistas da Reuters ficaram feridos quando o carro em que estavam foi atingido. “Estamos profundamente tristes ao saber que o nosso cinegrafista Issam Abdallah foi morto”, afirmou em nota. Ele fazia parte de uma equipe da Reuters no Sul do Líbano que fornecia sinal de vídeo ao vivo. “Estamos buscando urgentemente mais informações, trabalhando com as autoridades da região e apoiando a família e os colegas de Issam.” Ao menos dez jornalistas já morreram durante a cobertura da guerra entre Israel e Hamas, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas. (Rolling Stone e Reuters)
Para ler com calma. Nos últimos anos, o Hamas aperfeiçoou a construção de túneis e as técnicas de guerra nos últimos anos, tendo aprendido com as táticas dos rebeldes sírios em Aleppo e do Estado Islâmico. Acredita-se que os túneis sob Gaza fiquem até 30 metros abaixo da superfície e tenham entradas nos andares inferiores de casas, mesquitas, escolas e outros edifícios públicos para permitir que os militantes evitem ser pegos. (BBC)
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que o país está trabalhando com autoridades israelenses e organizações humanitárias internacionais “para levar ajuda aos civis em Gaza” e pediu a Israel que tome “todas as precauções possíveis para evitar ferir civis”. “Reconhecemos que muitas famílias palestinas em Gaza não têm culpa e estão sofrendo, e que civis palestinos morreram”, disse Blinken em Doha, no Qatar. “Lamentamos a perda de todas as vidas inocentes – israelenses, palestinos, judeus, cristãos, muçulmanos, bem como civis de todas as religiões e nacionalidades.” Ele também afirmou que os EUA estão trabalhando com Israel e organizações de ajuda humanitária para estabelecer áreas seguras para civis em Gaza. Um funcionário que acompanha Blinken disse que os EUA estão pressionando os governos egípcio e israelense sobre a importância de a passagem de Rafah estar aberta para a saída de cidadãos americanos e de outros países. (CNN)
