Editora do Meio. Jornalista formada pela Uerj, é mestre em Relações Internacionais pela PUC-Rio. Com mais de 20 anos de experiência, a maior parte cobrindo economia, passou pelas redações de Jornal do Brasil, Jornal do Commercio, EFE e O Globo. Nas horas vagas, ama viajar, jogar tênis e surfar.
Sem grandes mudanças no cenário da guerra entre Israel e Hamas, os investidores mostraram apetite ao risco nesta segunda-feira. O Ibovespa subiu 0,67%, aos 116.534 pontos. Já o dólar caiu 1,02 %, a R$ 5,04. Em Nova York, à espera por balanços de empresas do terceiro trimestre também contribui para a alta: Dow Jones subiu 0,93%, S&P 500 avançou 1,06% e Nasdaq, 1,20%. (Valor Investe)
O Hamas divulgou nesta segunda-feira o vídeo de uma refém israelense de 21 anos em Gaza. “Sou Maya Sham, tenho 21 anos e sou de Shoham. No momento, estou em Gaza. Voltei cedo, no sábado de manhã, de uma festa em Sderot. Tinha um ferimento grave na mão. Eles me trouxeram para Gaza e me levaram para o hospital aqui. Eles estão cuidando de mim, fornecendo medicamentos. Só peço que vocês me levem de volta para casa o mais rápido possível, para minha família, meus pais, meus irmãos. Por favor, tirem-me daqui o mais rápido possível.” A família confirmou que é Maya no vídeo e reagiu: “Estamos felizes”. (Haaretz)
As eleições de 2024 na Venezuela foram tratadas em uma conversa telefônica de cerca de 30 minutos, nesta segunda-feira, entre Lula e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Além de informações sobre o processo de negociação entre governo e oposição no país vizinho, Lula também perguntou sobre as tratativas entre Caracas e Washington para alívio das sanções. O jornal americano The Washington Post informou que um acordo de eleições competitivas e monitoradas em troca de alívio das sanções sobre o petróleo venezuelano deve ser anunciado amanhã. Lula e Maduro discutiram, ainda, assuntos de interesse bilateral, como a facilitação do comércio na fronteira e a aceleração da negociação de um Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos, que representa alternativa inovadora aos tradicionais acordos bilaterais de investimentos. (Meio)
Em mensagem transmitida pela TV, o porta-voz militar do grupo terrorista Hamas, Abu Obeida, afirmou que há entre 200 e 250 reféns na Faixa de Gaza, e que não há uma contagem definitiva devido a “dificuldades práticas e de segurança”. Segundo ele, 200 pessoas estão com o Hamas e cerca de 50 estão com outras “facções de resistência e em outros locais”. Os estrangeiros são “nossos convidados”, disse Obeida, prometendo protegê-los e libertá-los sempre que as condições “no terreno” permitirem. O porta-voz também afirmou que a ameaça de uma operação terrestre em Gaza não assusta e que o grupo está pronto para isso.
Venezuela e Estados Unidos chegaram a um acordo: o regime de Nicolás Maduro se compromete a realizar uma eleição presidencial competitiva e monitorada por observadores internacionais no ano que vem, e a Casa Branca alivia as sanções à indústria de petróleo no país. As informações foram passadas por duas fontes ao jornal The Washington Post. O alívio das sanções será anunciado depois que Maduro e a oposição venezuelana, apoiada pelos EUA, assinarem um acordo, o que deve ocorrer amanhã, durante uma reunião em Barbados, na presença de autoridades americanas. Maduro, que reivindicou a vitória em 2018 em um pleito considerado fraudulento, concordaria com o fim da proibição de candidatura de nomes da oposição, disse uma das fontes, sem esclarecer quando isso ocorrerá. O acordo não inclui planos para descongelar ativos venezuelanos mantidos nos EUA. Após a divulgação do acordo pelo jornal americano, uma autoridade de Washington afirmou que não há qualquer comprometimento entre os dois países. “A administração tem sido clara: apoiamos uma negociação liderada pela Venezuela e estamos preparados para aliviar as sanções em resposta a ações concretas rumo a eleições competitivas. As principais conversas são entre a oposição e Maduro”, disse. (The Washington Post)
O ex-presidente americano Donald Trump está proibido de criticar os promotores, o tribunal e possíveis testemunhas antes de seu julgamento por acusações de interferência nas eleições de 2020. A decisão da juíza federal Tanya Chutkan, anunciada nesta segunda-feira, segue comentários recentes em que ele classificou os promotores como “uma equipe de bandidos” e atacou uma testemunha do caso como “um porco covarde”. A magistrada, que teve de equilibrar a necessidade de proteger o processo judicial e a liberdade de expressão de um candidato, afirmou que a ordem de silêncio é necessária para evitar “uma campanha de difamação antes do julgamento”. Ao longo de mais de duas horas, ela lembrou à equipe de Trump que, como réu criminal, ele “não tem o direito de dizer e fazer exatamente o que lhe agrada.
Em comunicado a seus subordinados, Ronen Bar, chefe da agência de inteligência de Israel, o Shin Bet, assumiu nesta segunda-feira responsabilidade por falhas na segurança interna que possibilitaram o ataque do Hamas. “Apesar de uma série de ações que realizamos, infelizmente, no sábado, não conseguimos gerar um alerta suficiente que permitisse frustrar o ataque”, escreveu. “Como aquele que dirige a organização, a responsabilidade por isso é minha. Haverá tempo para investigações. Agora, nós estamos lutando”, afirmou. Ainda nesta segunda-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu que as falhas de segurança e de inteligência serão investigadas pelo governo.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta sexta-feira que o Egito aceitou a saída dos brasileiros que estão em Gaza pela fronteira do território palestino com o país. A expectativa é que isso ocorra neste sábado. “Sairiam neste ônibus, que os transportará amanhã. E, o que nós propusemos, é que saíssem e fossem levados para um aeroporto, uma localidade muito próxima da fronteira, onde um avião da Força Aérea Brasileira, estará esperando”, afirmou. (Globo)
As guerras na Ucrânia e entre Israel e Hamas podem ter impactos de longo prazo nos mercados de energia e alimentos, no comércio global e nas relações geopolíticas, segundo Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, que destaca o risco desses conflitos em termos globais. “Este pode ser o momento mais perigoso para o mundo em décadas”, afirmou o executivo no comunicado sobre os resultados do terceiro trimestre. (Bloomberg Línea)
A reunião do Conselho de Segurança convocada pelo Brasil, que preside o órgão neste mês, terminou nesta sexta-feira sem uma definição. Mas, em uma manobra diplomática que pegou diferentes países de surpresa, a Rússia aproveitou o encontro para apresentar um projeto de resolução pedindo um cessar-fogo humanitário em Gaza e a libertação de todos os reféns pelo Hamas, conta Jamil Chade. O gesto do Kremlin deixa o Ocidente numa posição delicada: o esforço pela busca pela paz vem da Rússia, que trava uma guerra na Ucrânia. Segundo o Itamaraty, os negociadores continuarão trabalhando para que um texto seja aprovado nos próximos dias. “Pedimos um cessar-fogo imediato e que negociações ocorram para permitir a criação de um Estado palestino”, disse o embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia. O texto, porém, não cita o Hamas já que, para os russos, a resolução teria o objetivo de criar um acordo humanitário, não político. (UOL)
