Beto Sicupira vai pagar mais que Lemann e Telles para salvar a Americanas
Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira são os maiores acionistas das Lojas Americanas. Mas Sicupira vai desembolsar mais que seus sócios no acordo de R$ 12 bilhões que vem sendo costurado com bancos, segundo a coluna de Mônica Bergamo. Ele se comprometeu a honrar metade desse valor, já que era o que acompanhava de forma mais próxima o dia a dia da companhia. Os outros R$ 6 bilhões serão divididos entre Lemann e Telles. O acordo entre os três e os credores financeiros deve ser assinado nos próximos dias para salvar a rede, que tem 1.700 lojas e cerca de 40 mil empregados. A gigante do varejo entrou em crise no início do ano após anunciar um rombo contábil de mais de R$ 20 bilhões. (Folha)
Governo deve definir neste ano taxa para compras internacionais on-line até US$ 50
O Ministério da Fazenda deve definir neste ano a alíquota do imposto de importação para compras on-line de até US$ 50. O governo reduziu a taxa a zero para compras até esse valor de empresas do programa Remessa Conforme, criado para regularizar as compras internacionais on-line. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse, nesta terça-feira, que a meta é calibrar uma alíquota que dê isonomia ao varejo nacional, que se opõe a zerar o imposto de importação, alegando concorrência desleal. “A nossa preocupação é com o varejo nacional e, em especial, com o emprego que o varejo gera”, afirmou. No início de setembro, ele já havia adiantado que o governo avalia aplicar uma alíquota de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50, atendendo às reivindicações das empresas nacionais, mas aplicando uma taxa menor do que os 60% previstos atualmente para compras acima desse valor. No caso de empresas fora do Remessa Conforme, os 60% valem para itens de qualquer valor. Além disso, sobre compras de qualquer valor, há cobrança de 17% de ICMS. (Globo)
Ataque aéreo a hospital de Gaza deixa centenas de mortos
Um ataque a um hospital no Centro da Cidade de Gaza matou entre 200 e 300 pessoas nesta terça-feira, segundo as primeiras estimativas divulgadas pelo Ministério da Saúde palestino. Muitas pessoas seguem sob os escombros. “O hospital abrigava centenas de pacientes, feridos e deslocados de suas casas à força devido aos ataques aéreos”, diz o comunicado, classificando o ataque atribuído a Israel como “crime de guerra”. O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, declarou três dias de luto pelas vítimas. Ele também ordenou que as bandeiras sejam hasteadas a meio mastro em respeito às vítimas da “agressão israelense ao hospital al-Ahli e a todas as pessoas mortas pela ocupação”. Já o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, disse que o ataque está sendo investigado para saber se o hospital foi atingido pela Força Aérea Israelense ou por um lançamento falho do Hamas. (CNN)
Lula conversa com presidentes de Irã e Turquia sobre situação em Gaza
O presidente Lula conversou por telefone, nesta terça-feira, com os presidentes do Irã, Ebrahim Raisi, e da Turquia, Recep Erdogan, sobre a situação humanitária na Faixa de Gaza. Lula tem falado com líderes de todo o Oriente Médio para tentar abrir um corredor humanitário para a retirada dos brasileiros que estão no território palestino e a entrada de suprimentos para os civis. O presidente turco se dispôs a ajudar nos trâmites para a abertura de Rafah, na fronteira com o Egito. Lula também destacou a importância de um cessar-fogo e recebeu sinalizações positivas de Raisi e Erdogan. Os telefonemas foram acompanhados pelo chanceler Mauro Vieira, que esteve no Palácio da Alvorada, onde o petista está trabalhando devido às cirurgias no quadril e nas pálpebras realizadas em 29 de setembro. (Metrópoles)
Por que a invasão de Gaza e a lógica ‘de uma vez por todas’ são erradas para Israel
Thomas Friedman: “Ao longo dos anos, aprendi que cinco das mais perigosas palavras no Oriente Médio são ‘de uma vez por todas’. Todos estes movimentos islâmicos/jihadistas têm profundas raízes culturais, sociais, religiosas e políticas em suas sociedades. E têm acesso a fontes inesgotáveis de jovens humilhados, muitos dos quais nunca tiveram um emprego, poder ou uma relação romântica: uma combinação letal que os torna fáceis de mobilizar para o caos. E é por isso que, até hoje, nenhum desses movimentos foi eliminado de uma vez por todas. Por isso, tenho dito nas minhas últimas colunas: estou com o presidente Biden quando ele disse ao 60 Minutes que seria um ‘grande erro’ Israel ‘ocupar Gaza novamente’”. (New York Times)
BC sugere máximo de 12 parcelas no parcelamento sem juros no cartão
O Banco Central assumiu a mediação das negociações para regulamentar as operações do rotativo do cartão de crédito e sinalizou que será necessário impor um limite na modalidade de parcelamento sem juros. Em reunião com representantes de 12 entidades da indústria de cartão de crédito, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, sugeriu o máximo de 12 vezes sem juros. Hoje, não há limite para o total de parcelas e isso é apontado com uma das razões dos altos juros do cartão, devido à inadimplência. Sem consenso, uma nova reunião foi marcada para daqui a 15 dias. O projeto de lei limita os juros do rotativo do cartão de crédito e do parcelado a 100% do valor da dívida caso o setor financeiro não apresente uma proposta de autorregulação em 90 dias. A regulamentação terá de ser validada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). (Estadão)
Diretor do BC diz que não há um alvo pré-definido para a Selic
Não há um alvo pré-definido para a taxa terminal e o tamanho total do corte da Selic no fim do ciclo, “vai depender de vários fatores”. A afirmação é do diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central (BC), Maurício Moura. “Esse orçamento monetário [tamanho do corte no fim do ciclo] vai depender de vários fatores, da inflação corrente, expectativas e do balanço de riscos principalmente”, disse na live semanal da autoridade monetária. “Para além do orçamento o importante é não perder de vista a função primordial da Selic. O Copom vai seguir reduzindo enquanto achar que há espaço. Não há um alvo pré-definido para a Selic”, afirmou. Ele também comentou o boato de que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, teria dito na semana passada, em reunião fechada, que seria mais fácil reduzir a magnitude do que acelerar o passo de corte de juros: “só o Copom fala sobre o Copom”. “O Copom é formado por nove membros, nenhum deles pode definir sozinho qual vai ser a decisão [sobre a Selic]”, disse. “A sinalização do Copom na reunião passada sobre o ritmo de 0,5 ponto foi uma unanimidade. Essa é a posição do Copom e ponto.” (Valor)
Ataque a tiros mata dois suecos em Bruxelas e é investigado como terrorismo
Dois cidadãos suecos morreram nesta segunda-feira em um ataque a tiros em Bruxelas, na Bélgica, que as autoridades investigam se foi um ato terrorista. Em um vídeo que circula nas redes sociais, o suposto atirador afirma ser membro do Estado Islâmico. “Vivemos pela nossa religião, morremos pela nossa religião, graças a Deus”, afirma o suspeito no vídeo. “Graças a Deus, seu irmão Abdesalam vingou os muçulmanos, matei três suecos agora há pouco”, acrescenta no vídeo. A polícia local, no entanto, confirmou duas mortes. O jogo entre Bélgica e Suécia pelas eliminatórias da Copa do Mundo 2026, que ocorria na cidade, foi suspenso após a notícia da morte dos torcedores suecos se espalhar. O primeiro tempo de Bélgica x Suécia ocorreu normalmente e terminou 1 a 1, mas os times não voltaram para a etapa final. (UOL)
Presidente da Febraban: só apoiaremos soluções com limites ao parcelado das compras
A regulamentação dos juros sobre a dívida do rotativo do cartão de crédito precisa ser definida até janeiro, conforme prevê projeto de lei recém-aprovado. Caso contrário, será aplicado um teto que limita a dívida a 100% do montante original. O tema é motivo de disputa entre os segmentos que participam desse negócio. Em entrevista ao Estadão, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirma que o Banco Central terá de arbitrar a regulação das operações do rotativo do cartão de crédito e do limite às compras parceladas sem juros. “Somente emprestaremos nosso apoio por soluções que passem pela criação de limites ao parcelado das compras. Parcelado sim, mas uma alavanca temerária para o superendividamento, isso não”, afirmou, acrescentando que a perpetuação do atual modelo de negócio não terá o apoio da Febraban e os bancos continuarão resistindo. O problema, alerta, é uma bomba-relógio para o crédito e a economia do Brasil. “Estamos cientes e preparados para cortar na própria carne, mas precisaremos atacar as duas pontas da equação: tanto na contenção de juros do rotativo, o que atingiria o lado emissor, como na limitação do parcelado sem juros.” (Estadão)