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Apesar de 67 de suas 86 ações fecharem no azul nesta segunda-feira, o Ibovespa recuou 0,33%, terminando o dia aos 112.785 pontos. O resultado se deve aos 14% de sua composição dedicados à Petrobras, já que as ações ordinárias (ON, com direito a voto) despencaram 6,03%, enquanto as preferenciais (PN, com preferência por dividendos) caíram 6,61%. O resultado da estatal se deveu, em grande parte, à possibilidade de mudança no estatuto social da empresa. Só nesta segunda-feira, a empresa perdeu R$ 32,2 bilhões em valor de mercado. O dólar também fechou em queda, de 0,27%, cotado a R$ 5,02. Em Nova York, resultados mistos: Dow Jones caiu 0,58%, S&P 500 registrou baixa de 0,17% e Nasdaq avançou 0,27%. (Valor Investe)

O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da reforma tributária, afirmou que vai incluir na proposta uma alíquota diferenciada para profissionais liberais, como advogados, arquitetos, dentistas e médicos. Ele não quis detalhar o número, mas afirmou que será menor que a alíquota cheia do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), mas maior que a alíquota especial concedida a alguns setores, com desconto de 60%. “Houve uma negociação e ainda estamos terminando essa negociação. Você tem aqueles profissionais que estão no Simples e aqueles que estão acima do Simples. A reforma da Câmara aumentava o tributo sobremaneira para esses profissionais. Então, nem tanto, nem tão pouco”, afirmou Braga após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele disse que vai protocolar o relatório da reforma tributária até a noite desta terça-feira. Já a apresentação e a leitura do texto, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deve ocorrer na quarta-feira à tarde. (Globo)

O apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro ao candidato de ultradireita Javier Milei tirou votos do argentino à presidência do país. A avaliação é de Andrei Roman diretor-executivo da Atlas Intel, único instituto de pesquisa que previu a vitória do peronista Sergio Massa no primeiro turno. “Minha avaliação é que o apoio de Bolsonaro tira votos. Vamos adicionar essa pergunta na próxima pesquisa para testar a imagem do ex-presidente na Argentina. Não há apoio majoritário para o Bolsonaro naquele país, como não há para o presidente Lula. No caso do Lula, o motivo é a associação com a corrupção do passado. No caso do Bolsonaro, a rejeição se dá por conta de um governo considerado caótico, principalmente no contexto da Covid-19”, disse à coluna de Bela Megale. Roman também destaca que a pauta conservadora de costumes não capitaliza votos para Milei. “A Argentina é muito mais progressista que o Brasil, em termos de valores. Quase 70% do eleitorado apoia o casamento gay. Há temas que são capitalizados no Brasil por uma direita evangélica que, na Argentina, não existem, porque lá não há esse segmento. Isso é algo que os apoiadores brasileiros do Milei não entendem.” (Globo)

Candidato mais votado no primeiro turno das eleições presidenciais argentinas, o peronista Sergio Massa, que também é ministro da Economia, disse nesta segunda-feira que não quer envolver o presidente Lula e sua equipe nas eleições e que um eventual apoio será uma decisão do brasileiro. Massa disputará o segundo turno, em 19 de novembro, com o ultraliberal Javier Milei. “Tenho uma relação de muito afeto com o presidente Lula, um enorme respeito por Fernando Haddad, por Gabriel Galípolo [do Banco Central], pelo vice-presidente Alckmin, muitos dirigentes do Brasil. Não quero envolvê-los na eleição argentina, apesar de claramente haver uma simpatia mútua”, disse à Folha. “Em todo caso, será decisão deles envolver-se ou não do ponto de vista eleitoral. Sim, tenho uma enorme gratidão por sua simpatia, mas também pelo trabalho comum em temas energéticos, vinculados ao comércio bilateral, automotivo, a possibilidade de abrir novos mercados, e nisso temos trabalhado no último ano de maneira muito intensa”, continuou. Massa afirmou que separa “o que é público e o que é pessoal”, por isso não quis dizer o que conversou com Lula após a votação. (Folha)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou nesta segunda-feira por telefone com seu colega russo, Vladimir Putin, sobre as guerras entre Israel e Hamas e na Ucrânia. Lula relatou a situação dos brasileiros em Gaza e reiterou a urgência na criação de um corredor humanitário que permita a saída de estrangeiros e a entrada de itens humanitários, como remédios, água e alimentos, na Faixa de Gaza. “Os dois presidentes concordaram quanto à necessidade de que cessem os bombardeios na Faixa de Gaza e de imediata libertação dos reféns”, diz nota do Palácio do Planalto. “Ambos saudaram a iniciativa do Egito de realizar reunião sobre o tema no Cairo no último sábado.” Putin mencionou a resolução proposta pelo Brasil e vetada pelos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU e “lamentou que após tantas décadas não tenha sido encontrada solução para a criação do Estado Palestino”. Quanto à guerra na Ucrânia, Lula reafirmou a disposição do Brasil para ajudar em qualquer mediação. (Globo)

As israelenses Nurit Cooper, de 79 anos, e Yocheved Lifshitz, de 85, que haviam sido sequestradas pelo Hamas em 7 de outubro foram soltas netsa segunda-feira pelo grupo terroristas após mediação do Qatar e do Egito. “Posso confirmar que a minha mãe, Yochi (Yocheved) Lifshitz, é uma das duas reféns libertadas para a Cruz Vermelha nesta noite”, afirmou sua filha Sharone Lifshitz em comunicado divulgado à imprensa. “Embora não consiga expressar em palavras o alívio por ela estar agora segura, continuarei concentrada em garantir a libertação do meu pai e de todos aqueles – cerca de 200 pessoas inocentes – que permanecem reféns em Gaza”, segue o texto. “Elas foram entregues à Cruz Vermelha na passagem de Rafah há pouco tempo. De lá, serão transferidas em breve para Israel. As famílias foram informadas”, continuou o comunicado da família Lifshitz. (CNN)

O temor dos desdobramentos da guerra no Oriente Médio e a volta da pressão de uma nova alta de juros nos Estados Unidos, fizeram as Bolsas caírem. O Ibovespa fechou nesta quarta-feira com queda de 1,60%, aos 114.060 pontos. Em Nova York, Dow Jones caiu 0,98%, S&P 500 recuou 1,34% e Nasdaq cedeu 1,62%. Já o dólar caminhou no sentido oposto, avançando 0,37% em relação ao real, cotado a R$ 5,05. (Valor Investe)

O presidente americano, Joe Biden, afirmou nesta quarta-feira, durante seu voo de volta aos Estados Unidos, que seu colega egípcio, Abdel Fattah el-Sisi, concordou em abrir a passagem de Rafah exclusivamente para a entrada de ajuda humanitária em Gaza. O anúncio foi feito após uma conversa de mais de uma hora com o líder egípcio, que concordou em abrir o portão para deixar passar até 20 caminhões. “Meu embaixador está no Cairo agora e vai coordenar isso. Ele tem minha autorização para fazer o que for necessário para que isso aconteça”, disse Biden. A estrada até Gaza tem de ser consertada e os buracos tapados para que os caminhões passem. Isso vai levar cerca de oito horas nesta quinta-feira e o comboio deve começar a circular na sexta-feira. Biden disse que a passagem será aberta apenas para a entrada de ajuda humanitária, não sendo permitido a evacuações de pessoas. “O compromisso é que, se de fato atravessarem a fronteira, a ONU estará do outro lado e depois fará a distribuição, o que vai demorar um pouco para acontecer”, disse. E alertou: “Se o Hamas o confiscar ou não deixar passar, então será suspenso, porque não vamos enviar ajuda humanitária ao Hamas.” (CNN)

O relatório final da CPMI dos Atos Golpistas foi aprovado nesta quarta-feira por 20 votos a 11. Elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), o texto propõe o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de 60 aliados seus (civis e militares) por tentativa de golpe de Estado. A aprovação representa uma derrota à oposição, que tentou responsabilizar membros do governo Lula pelos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro. Em um primeiro desdobramento da CPMI, a relatora deve entregar o relatório à chefe interina da Procuradoria-Geral da República (PGR), Elizeta Ramos, na semana que vem. A expectativa é que o material seja remetido, então, ao subprocurador responsável pelas ações do 8 de janeiro no Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Frederico Santos. Após o encaminhamento, o MP terá até 30 dias para dizer ao colegiado se houve adoção de medidas em relação às conclusões do relatório. Entre as possibilidades estão a abertura de nova investigação com base no relatório, a anexação de materiais do relatório a apurações em andamento, o oferecimento de novas denúncias e o arquivamento. (g1)

Míriam Leitão: “O grande mérito da CPI do 8 de Janeiro foi vencer a luta contra a mentira. Qualquer análise sobre o desempenho da comissão deve levar em conta de onde ela partiu: de uma conspiração contra a verdade dos fatos. A oposição bolsonarista queria constranger o governo, e acabou constrangida. Queria provar que foi um movimento espontâneo, mas ficou claro que os atos golpistas foram organizados, preparados e financiados, e que estão claramente vinculados aos quatro anos anteriores, sob o comando do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus ataques às instituições”. (Globo)