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Edição de Sábado

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Edição de Sábado: Uma dor sem nome

“Uma das maiores dores que eu carrego é de não lembrar o rosto da minha filha.” Não existe um nome para essa dor. Para esse luto. Seja por sua vastidão ou pela absurda ruptura do ciclo natural da vida, o sofrimento de uma mãe que perde o filho ou a filha que gestou plenamente, sem sobressaltos, seja perto de seu nascimento ou instantes depois dele, é algo com que a sociedade – e mesmo os profissionais de saúde – não estão aptos a lidar. E, assim, esse luto comumente as condena a uma solidão avassaladora. Mas um grupo está disposto a quebrar esse silêncio e esse tabu, com muito estudo, acolhimento e afeto. E é ao relato dessas pessoas que este texto se dedica – o que pode trazer luz ao assunto, mas também pode ser doloroso demais para quem passou por algo semelhante. Este é o alerta de gatilho que fazemos.

Edição de Sábado: Beth acima de todos

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Enquanto ajeitava o cabelo e o caimento do sobretudo verde, prestes a entrar em um estúdio de televisão, Beth via sua bolsa, deixada em cima de uma poltrona próxima, tremer. Mais um retoque na maquiagem, e a bolsa tremia. Era o celular que não parava de tocar, ela explicou, sem atendê-lo. Mais de 60 familiares da juíza chegariam a Brasília naquele dia, vindos do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e de Manaus, para prestigiar sua posse como presidente do Superior Tribunal Militar. Duas mil pessoas haviam sido convidadas para o evento, que ocorreria dali a dois dias. Os preparativos e o telefone da ministra estavam a mil. Mas os preparativos incluíam, também, um périplo de entrevistas a emissoras de TV e portais. “As pessoas não conhecem a Justiça Militar, nem as do mundo do direito", queixa-se. O telefone deveria esperar.

Edição de Sábado: O Y da questão

Se tem um personagem que está no centro das mudanças políticas e da guinada à direita que vemos no cenário mundial, é o homem de classe média. No caso do Brasil, essa é uma classe que passou a representar a maioria da população no primeiro mandato de Lula na Presidência, surfando a onda de estabilidade levantada pelo Plano Real de FHC. Mas, do final do governo Dilma para cá, esse homem tem de encarar perdas em cima de perdas. Reais e simbólicas, de posse e de crença. E parece ter de remar contra tudo e todos. Mesmo chegando à universidade, não tem a garantia de um emprego e de uma mudança de status, vê sua masculinidade fragilizada pelo crescimento do papel das mulheres e é seduzido por discursos hiperindividualistas e pelo populismo de extrema direita, que consegue dar materialidade a sua raiva e frustração.

Edição de Sábado — Carnaval: ame-o ou deixe-o

Esta é uma Edição de Sábado diferente. A gente aqui no Meio sabe que Carnaval é um momento em que todo brasileiro tem direito — e dever — de relaxar. Sabe também que tem que seja de samba, de festa, que adore uma bagunça na rua. Mas que há ainda aquelas pessoas que preferem fingir que a festa não existe e curtir seu refúgio, seja em casa, na praia ou numa casinha de sapê. Pensando nisso reunimos nossa equipe para trazer dicas para todos os gostos. Um guia para ter o melhor Carnaval possível.

Edição de Sábado — AfD: o triunfo do neonazismo

Os alemães vão às urnas renovar o Parlamento, e todas as atenções estão voltadas para um partido radical de direita classificado por órgãos do governo como “organização extremista” – seus integrantes chegaram a participar de uma tentativa de golpe de Estado. Criada há apenas 12 anos, a legenda vive uma ascensão meteórica. Seu discurso – baseado no nacionalismo, na xenofobia, no preconceito religioso, no conservadorismo de costumes e na defesa da “cultura germânica” – atrai pessoas de todas as idades, desiludidas com a estagnação econômica e com o que veem como decadência do país sob a democracia liberal. Segundo as pesquisas, será o segundo mais votado, e já há na centro-direita quem não torça o nariz para uma aliança que permita um governo conservador, mesmo que isso venha a turbinar ainda mais os radicais.

Edição de Sábado: Trump, o Hamas e dois bebês

Foto: Mandel Ngan / AFP

1. O soldado

Edição de Sábado: Ser tão brasileiro

Gusttavo Lima emergiu nesta semana como presidenciável. Sem partido, sem atuação política para além da de soldado na linha de frente da guerra cultural bolsonarista, o cantor, que tem 12,5 milhões de ouvintes mensais no Spotify, surge como a mais nova força da direita na pesquisa Quaest divulgada na última segunda-feira. Se o presidente Lula aparece com folga na preferência dos eleitores nos quatro cenários que combinam como opositores Tarcísio de Freitas (Republicanos), Gusttavo Lima (Sem Partido), Pablo Marçal (PRTB), Eduardo Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União), as intenções de voto no cantor mineiro radicado em Goiânia foram a maior surpresa do levantamento.

Edição de Sábado: O renascimento de um santuário

Foto: Fernando Facioli/Divulgação

Durante as queimadas recordes que atingiram o Pantanal no ano passado, o empresário e ambientalista Roberto Klabin teve consumidos pelo fogo mais de 40 mil dos 53 mil hectares de sua propriedade no município de Miranda, no Mato Grosso do Sul. A área incinerada equivale a 40 mil campos de futebol padrão Fifa. “Tive um prejuízo de mais de R$ 7 milhões, fora a perda de vida selvagem, que é incalculável. Foi uma coisa horrorosa ver aqueles bichos todos queimados”, lamenta o proprietário da pousada e refúgio ecológico Caiman, referência no turismo de observação de fauna selvagem.

Edição de Sábado: A criptocracia de Trump

Olhos grudados na tela do computador, movimentos rápidos do mouse, dez, vinte, quarenta, talvez mais de cem janelas abertas no navegador, 475 pessoas observam, analisam, comentam e começam a investir em uma nova moeda digital — uma memecoin — sendo divulgada em transmissão ao vivo por seu criador, um jovem americano de não mais que 15 anos de idade.

Edição de Sábado: Trump e as cortinas de fumaça

Foto: Kamil Krzaczynski/AFP

Quando tomar posse para seu segundo mandato na Casa Branca, na próxima segunda-feira, dia 20, Donald Trump promete fazer as “cabeças girarem”. Bastante afeito a bravatas, disse ao longo dos últimos meses que nas primeiras horas de governo irá anunciar mais de cem ordens executivas. Nos Estados Unidos, essas ordens não exigem aprovação do Congresso, têm força de lei e permanecem em vigor até serem canceladas, revogadas, interrompidas ou expirarem. Essas diretivas presidenciais para agências federais podem afetar tudo, desde imigração e política de fronteira até ação climática, energia e criptomoedas.

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