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A imprevisibilidade de Donald Trump

Há incerteza no Oriente Médio, em grande parte provocada pela repentina mudança de posição do presidente Donald Trump. Em 2013, quando um ataque com armas químicas do governo sírio matou mais de 1.400 pessoas, o hoje presidente foi ao Twitter se posicionar contra um ataque militar ao país. Durante sua campanha, estabeleceu como prioridade internacional a derrota do Estado Islâmico, principal inimigo do governo de Bashar al-Assad. E, na semana passada, quando um novo ataque atribuído a Assad custou a vida de 72 pessoas na última conta, os EUA decidiram responder com uma carga de mísseis num alvo militar. Na ONU, a embaixadora americana Nikki Haley declarou que “não há solução política na Síria se Assad continuar à frente do regime”. Não está clara, portanto, qual a solução proposta para a Síria se os principais rivais na Guerra Civil, governo e Estado Islâmico, estão sob ataque americano.

Quem é quem no conflito sírio

Trump ordena ataque inesperado contra Síria

Os Estados Unidos dispararam 59 mísseis Tomahawk contra a base aérea da cidade de Shayrat, na Síria. De acordo com o New York Times, a Rússia foi alertada antes a respeito do ataque, como é de praxe, para que nenhum avião do país, que é aliado do regime de Bashar al-Assad, fosse atingido. Do ponto de vista militar, não foi um ataque particularmente agressivo: destruiu-se uma base pontual e só. Foi, principalmente, um recado de que os EUA responderão militarmente caso novos crimes de guerra sejam cometidos.

Governo cede na Previdência para evitar derrota

O projeto de Reforma da Previdência mudou em um de seus pontos mais críticos: a regra de transição. No texto original, homens com mais de 50 e mulheres além de 45 seguiriam as regras antigas e, os outros, não poderiam se aposentar antes dos 65 anos. Agora, segundo O Globo, o governo planeja um escalonamento mais suave. A mudança tem motivo de ser. Um levantamento feito pelo Estadão mostra que apenas 95 deputados se declaram a favor da reforma e que 251 são contra. Como se trata de um Projeto de Emenda Constitucional, para que seja aprovada são necessários 308 dos 513 votos disponíveis no plenário. Acaso convença todos os indecisos, o que é improvável, o governo ainda precisaria virar ao menos 46. A regra de transição é justamente o ponto que mais incomoda, na Câmara. “O quadro reflete a posição dos parlamentares nesta fase das discussões”, diz o ministro Henrique Meirelles. “Isso vai avançar. Estamos mostrando que, ao contrário do que muitos dizem, o déficit da Previdência é insustentável e que o mais importante é garantir a solvência ao longo prazo da Previdência.”

TSE adia — muito — julgamento de Temer e Dilma

Foi adiado — e foi adiado bastante — o início do julgamento que pode levar à cassação da chapa Dilma-Temer. Desde o início da sessão no TSE, nos debates às vezes tensos, o ministro relator Herman Benjamin se viu isolado perante seus outros seis pares. O conjunto dos juízes decidiu que devem ser ouvidas mais algumas testemunhas: o ex-ministro Guido Mantega, o marqueteiro da campanha, João Santana, sua mulher, Mônica Moura, e André Santana, funcionário de João. Após ouvir seus depoimentos, Benjamin apresentará novo relatório e, só então, deverá abrir mais um prazo — de cinco dias — para que as defesas de Dilma e Temer se pronunciem. O processo já dura dois anos e meio. “Não podemos transformar isso num universo sem fim”, protestou o relator. “Não podemos ouvir Adão e Eva para que se intime a serpente”, continuou, sugerindo que os pedidos da defesa para ouvir mais e mais testemunhas são, no fundo, uma tática de procrastinação. (Estadão)

Giordano Bruno na série Cosmos

TSE começa julgamento que pode cassar Temer

Começa hoje, às 9h, o julgamento que pode terminar com a cassação do mandato do presidente Michel Temer ao anular a eleição da chapa encabeçada por Dilma Rousseff. O ministro Herman Benjamin abre a sessão com a leitura de um resumo de seu relatório, em que estão detalhadas as delações que confirmam o abuso de poder econômico por parte da aliança entre PT e PMDB. Na sequência, falam advogados de acusação e defesa, além do Ministério Público Eleitoral. Cada qual terá 15 minutos. É após este rito inicial que aparecerá ou não o primeiro sinal de que a avaliação dos ministros pode ser retardada. Eles encaram os pleitos da defesa, dentre os quais está um pedido de mais dias para apresentação de seus argumentos por escrito. Um cronômetro gira rápido nos bastidores. Afinal, o ministro Henrique Neves, cujo voto deve ser pró-cassação, fica no cargo até o dia 16. Quanto mais se adia o momento de seu voto, maiores as chances de que sequer vote. Se os ministros decidirem que o julgamento segue, Benjamin, na condição de relator, apresentará sua opinião. Ele deve defender a cassação da chapa, mas a manutenção dos direitos políticos de Temer e Dilma. Seu argumento é que as provas de dinheiro ilegal na campanha são contundentes, mas não é possível garantir que os candidatos soubessem disso. O segundo a expressar sua opinião é Napoleão Nunes que deve pedir vistas do processo. Se ocorrer, é mais um sinal de adiamento do prazo. Em verdade, qualquer ministro pode pedir vistas a qualquer momento. A praxe é de que o façam na sua vez de votar. Neves é o terceiro que vota. O trâmite é lento e certamente não se encerrará nesta manhã. Uma segunda sessão ocorrerá, logo mais, às 19h. Depois, mais duas sessões, às 9h de quarta e quinta-feira.

América do Sul mergulha na polarização

O Congresso paraguaio ardeu em chamas na noite de sexta-feira. No sábado, o vice-presidente venezuelano, Tarek El Aissami, anunciou que a suprema corte do país fora instada a devolver o Poder Legislativo à Assembleia Nacional. No mesmo dia, as ruas argentinas foram tomadas por manifestações pró-governo Macri, gente vestindo a camisa da Seleção celeste y blanca, aos gritos de “Argentina, sin Cristina”. E, num Equador rachado, o segundo turno disputado voto a voto levou o candidato governista Lenín Moreno à presidência. Por conta de um resultado 51% x 49%, a oposição já pediu recontagem. O continente sul-americano está polarizado e, aqui e ali, conflagrado.

Renan Calheiros critica Reforma da Previdência