A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo afirma que Michel Temer fazia parte de uma organização criminosa — o PMDB da Câmara — e que, no momento em que se tornou presidente, tornou-se também líder do grupo. Os membros da quadrilha ofereciam serviços em troca de propinas usando para isso Petrobras, Furnas, Caixa Econômica, Ministério da Integração Nacional e a própria Câmara. O segundo crime imputado ao presidente é o de obstrução de Justiça. Ao instigar o empresário Joesley Batista, por meio do executivo Ricardo Saud, a dar dinheiro à irmã do doleiro Lúcio Funaro para evitar sua delação premiada, Temer tentou atrapalhar a investigação. (Globo)
Rodrigo Janot deve apresentar nova denúncia contra o presidente Michel Temer hoje, até o final do dia. O documento, de acordo com a apuração da repórter Talita Fernandes, tem mais de 200 páginas e se baseia tanto nas delações da JBS quanto na do doleiro Lúcio Funaro. Temer será acusado de obstrução de Justiça por ter dado o aval a Joesley Batista para comprar o silêncio de Funaro e Eduardo Cunha, presos. E de participar de uma organização criminosa — a “quadrilha do PMDB da Câmara”. É a própria Câmara que decidirá se a denúncia pode ser tratada ou não pelo Supremo, pelo voto de 342 deputados. (Folha)
No esquema de corrupção capitaneado por Michel Temer havia quatro operadores. José Yunes, que foi seu assessor, o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, o ex-presidente da Companhia Docas de São Paulo, Marcelo Azeredo, e o coronel João Batista Lima Filho. Esta, segundo Lydia Medeiros, é uma das revelações feitas na delação premiada do doleiro Lúcio Funaro. O presidente da República recebeu propinas ligadas às obras da usina nuclear de Angra 3. (Globo)