Ainda não acabou. Mas já está decidido: por 7 votos a 1, os ministros do Supremo decidiram que a denúncia apresentada pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve ser encaminhada para avaliação da Câmara dos Deputados. Faltam os votos de três — Marco Aurélio, Celso de Mello e Cármen Lúcia. Todos devem seguir com a maioria, o julgamento se encerra hoje, mas mesmo que votassem contra não seria o suficiente para mudar o placar. Os ministros concordaram com o relator, Edson Fachin: o STF não pode tomar qualquer decisão a respeito da denúncia antes de os deputados se manifestarem. “A Constituição diz que compete à Câmara falar primeiro”, afirmou. “A análise da Câmara deve preceder à do STF.” Luís Roberto Barroso concordou, forçando a mão. “Que a Câmara decida ou não o caso para verificar-se de fato dirigentes de partidos políticos indicavam diretores de estatais para desviarem dinheiros.” Dias Tóffoli, que também votou a favor de encaminhar a denúncia para a Câmara, discordou do argumento. “O recebimento da denúncia não é automático”, disse, considerando que o relator poderia rejeitá-la, caso avaliasse ter argumentos. (Jota)
Nas últimas contas oficiais, pelo menos 217 pessoas morreram no México por conta de um terremoto de 7,1 graus na escala Richter com epicentro a 123 quilômetros da capital. Os números estão sendo atualizados pelo coordenador nacional de Proteção Civil, Luis Felipe Puente, via Twitter. Apenas na capital, desabaram 49 prédios — entre eles, o de uma escola, da qual já saíram 21 corpos de crianças. (Estadão)
Raquel Dodge tomou posse como procuradora-geral da República cedo de manhã, numa cerimônia adiantada para que o presidente Michel Temer pudesse participar a tempo de viajar para os EUA, onde tinha jantar marcado com Trump. “O país passa por um momento de depuração”, afirmou. Citou o papa Francisco para explicar a alma do corrupto. “Corrupção não é um ato, mas uma condição, um estado pessoal e social, no qual a pessoa se habitua a viver.” Com exceção da ministra Cármen Lúcia, todos os presentes à mesa da posse foram alvos de Rodrigo Janot, seu antecessor: Temer, Rodrigo Maia e Eunício Oliveira. (Estadão)