Pode o ruído incessante produzido pela sociedade contemporânea provocar instintos homicidas num morador de uma grande cidade? No novo romance da aclamada escritora Patrícia Melo, um rotineiro problema entre um pacato professor e seu novo vizinho acaba se transformando numa guerra bárbara, narrada em ritmo frenético e com a linguagem ácida e irônica que são a marca da autora, um dos principais nomes da ficção policial e urbana brasileira. Confrontando bem e mal, crime e castigo, sanidade e loucura, vida e morte, som e silêncio, Patrícia Melo constrói uma trama verossímil, ambientada num Brasil violento e desigual, onde a vida perdeu seu valor fundamental e o homicídio passou a ser uma forma de resolver problemas corriqueiros.
Um novo patacão de documentos vazado anonimamente e analisado pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) detalha o uso de offshores por políticos e grandes corporações para driblar os impostos de seus países. Em alguns casos, os chamados Paradise Papers revelam também ligações que os envolvidos preferiam ver escondidas. O secretário do Comércio americano, Wilbur Ross, é um dos proprietários duma empresa que, em 2014, recebeu US$ 68 milhões da Sibur, petroquímica russa de propriedade do genro do presidente Vladimir Putin e de magnatas que sofrem sanções oficiais do governo americano. Um dos principais investidores do Vale do Silício, com participações importantes em Twitter e Facebook, o bilionário Yuri Milner usa dinheiro que vem do Kremlin. No Canadá, o responsável pelas finanças do Partido Liberal do premiê Justin Trudeau, Stephen Bronfman, fez um lobby pesado para impedir a regulamentação para uso de offshores. E Trudeau foi eleito com uma plataforma que pregava taxação dos mais ricos. No Brasil, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem um trust, devidamente declarado à Receita Federal, nas Bermudas. E o da Agricultura, Blairo Maggi, é sócio de uma offshore nas Ilhas Cayman para driblar impostos no comércio internacional de commodities.
Tendo terminado as negociações internas para receber nove dissidentes vindos do PSB, o DEM, com 29 deputados, aumentará sua bancada em um terço. O plano vai além. O objetivo agora é conduzir o partido para longe dos extremos. Na economia, defenderá reformas e empreendedorismo. No social, pretende levantar a bandeira da educação. Em segurança, um discurso conservador. “Proteção da vida e da sociedade, não do bandido”, pôs no rascunho do manifesto de refundação. (Folha)
O ministro da Justiça, Torquato Jardim, bateu de frente com o governo do Rio. “Todo mundo sabe que o comando da PM no Rio é acertado com deputado estadual e o crime organizado”, acusou. “Comandantes de batalhão são sócios do crime organizado.” Para o ministro, o assassinato, na semana passada, de um tenente-coronel PM foi acerto de contas. (Estadão)
Sabe aquele computador velho que você tem parado em casa desde que comprou um novo? Que tal dar um novo uso para ele? Listamos aqui 5 ideias.