Foi com uma carta curta, de dois parágrafos e só, que o senador Aécio Neves destituiu da presidência interina seu colega de Casa e adversário no partido, Tasso Jereissati. “Conforme conversas que tivemos hoje”, escreveu o mineiro, “estou reassumindo a presidência do partido.” Reassumiu só por um instante e, de presto, indicou para o comando Alberto Goldman, que foi vice-governador de José Serra e, por alguns meses, também governador paulista. Ninguém esperava um movimento assim agressivo, que aumenta a cisão interna. O argumento de Aécio é que Tasso poderia influir em sua própria eleição à presidência tucana, que ocorrerá em dezembro. “O objetivo é garantir a desejável isonomia entre os postulantes.” Por trás, houve pressão dos ministros tucanos que querem permanecer no governo. (Estadão)