Na sexta-feira, o Facebook ameaçou ir à Justiça contra o diário britânico Guardian que pretendia publicar — e publicou — uma longa reportagem sobre a empresa. No sábado, além do Guardian, o New York Times também tinha a mesma história: Christopher Wylie, um cientista da computação canadense de 28 anos, revelou como descobriu o truque para extrair do Facebook os perfis detalhados de 50 milhões de pessoas. Este material foi utilizado pela consultoria em que trabalhava, a Cambridge Analytica, nas campanhas vencedoras que tiraram o Reino Unido da União Europeia — o Brexit — e levaram Donald Trump à presidência. A empresa de Mark Zuckerberg passou o fim de semana sob fogo cerrado de legisladores nos dois lados do mundo anglo-saxão.
https://www.youtube.com/watch?v=X0ZVaFO7cGE
https://www.youtube.com/watch?v=4jGRyEa2jhE
A Polícia do Rio tem fortes indícios de que foi mesmo execução a morte da vereadora carioca Marielle Franco. Os assassinos seguiram seu carro por um trajeto de 4 quilômetros até o ponto do crime. Dispararam com o automóvel ainda em movimento, vindo de trás, e continuaram quando os dois veículos emparelharam a dois metros um do outro. Possivelmente, um outro carro dava cobertura. Marielle levou três tiros e o motorista, Anderson Pedro Gomes, outros 4. Indícios coletados pela Inteligência sugerem que a morte ocorreu como reação à intervenção. À tarde, ainda ontem, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pousou no Rio para ouvir detalhes do caso. Pela manhã, chegou a insinuar pedir que a investigação fosse passada à Polícia Federal. O ministro Raul Jungmann mencionou a mesma possibilidade. Por enquanto, porém, o caso segue responsabilidade da Polícia Civil do estado, que está sob pressão máxima. O secretário de Segurança Pública, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, afirmou que os responsáveis têm de ser encontrados rapidamente. (Globo)
https://www.youtube.com/watch?v=E0dCcMV2B_I
https://www.youtube.com/watch?v=L8u8QkIy7es
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Marielle Franco, que estava em seu primeiro mandato na Câmara do Rio pelo PSOL, foi assassinada dentro de seu carro não longe da sede da Prefeitura. Tinha 38 anos, fora eleita a quinta mais votada da cidade. Era próximo das 21h30 quando um automóvel emparelhou com o da parlamentar e abriu fogo. Investigadores da Polícia Civil recolheram pelo menos oito cápsulas e, segundo eles, os criminosos sabiam em que banco Marielle estava sentada, pois foi onde miraram apesar dos vidros escuros e de ser noite. Seu motorista, na linha de tiro, também morreu. Uma assessora, sentada ao lado, foi atingida apenas por estilhaços. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil trabalha com a hipótese de ter sido uma execução. Nos últimos dias, pelo Facebook e pelo Twitter, ela vinha denunciando a violência da Polícia Militar. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, determinou que a Polícia Federal ajude na investigação. (Globo)