A semana abriu com uma guerra de abaixo-assinados que chegaram ao Supremo. Com mais de cinco mil assinaturas de procuradores e juízes, principalmente, uma nota técnica defende que a corte mantenha a leitura de que após a segunda condenação a pena possa ser executada. Incluindo-se aí a prisão. O documento foi entregue a todos os ministros. Com três mil assinaturas, advogados criminalistas levaram um texto oposto, defendendo que é preciso considerar o réu inocente até que o trâmite jurídico seja cumprido, em todas as instâncias. Entregaram o abaixo-assinado ao decano, ministro Celso de Mello.
https://www.youtube.com/watch?v=2x-2iYxgMFU
https://www.youtube.com/watch?v=I6Gj8Fvukk4
Na noite de sábado, o ministro do Supremo Luís Roberto Barroso determinou a soltura de dois amigos do presidente Michel Temer, José Yunes e João Baptista Lima Filho, além dos outros detidos durante a Operação Skala. O pedido de soltura partiu da procuradora-geral da República, Raquel Dodge — a mesma que havia requisitado sua prisão. Segundo Dodge, os depoimentos que eram necessários para a investigação sobre irregularidades no Decreto dos Portos já haviam sido tomados, tornando a continuidade das prisões desnecessária. Normalmente, aliás, a procuradora teria pedido uma condução coercitiva. Mas o recurso de levar alguém para depor de forma obrigada foi suspenso pelo ministro Gilmar Mendes, em dezembro. Sobrou a prisão temporária.
https://www.youtube.com/watch?v=OZzb_6LtMjY