Na noite de ontem, um Pedro Parente consternado anunciou redução de 10% no preço do diesel que sai das refinarias. Informou, também, que congelará por 15 dias este valor. “É uma medida de caráter excepcional”, afirmou o presidente da Petrobras, “são 15 dias para que o governo converse com os caminhoneiros.” Ele defende que o preço do combustível tem de flutuar de acordo com o dólar e o valor do barril no mercado internacional. Por enquanto, os caminhoneiros não cederam. No terceiro dia de paralisação, mais de 200 trechos de rodovias federais foram afetados. Em São Paulo, os postos do interior começaram a ficar sem combustível. No Rio, o diesel não chegou às garagens de ônibus. Nas duas capitais, as empresas reduziram suas frotas. Os Correios suspenderam temporariamente as postagens das encomendas com dia e hora marcados. E as empresas aéreas também avisaram: haverá impactos para as operações em decorrência da falta de abastecimento de combustível em alguns aeroportos brasileiros. (Estadão)
A 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça mineiro rejeitou o embargo de declaração apresentado pelos advogados do ex-governador Eduardo Azeredo. Era o último recurso. A Defesa ainda tentou adiar mais um pouco a prisão, pedindo que só fosse emitido mandado após publicação do acórdão. Os desembargadores votaram, 4 a 1. A Polícia Civil já está negociando a entrega do tucano, que deverá se apresentar hoje a uma delegacia de Belo Horizonte. Azeredo foi condenado a 20 anos e um mês por desvio de dinheiro público sobre o qual era responsável, além da sua lavagem. O esquema que comandou, chamado Mensalão Mineiro, foi o precursor daquele utilizado pelo PT, em Brasília. (Estadão)
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Com os principais candidatos definidos, começaram os embates da campanha eleitoral. Há uma semana, enquanto Jair Bolsonaro prometia fuzis a agricultores, Geraldo Alckmin falava em tratores. Num momento de radicalização, o tucano ameaçado teve de ceder terreno: viu-se obrigado, depois, a argumentar que é preciso facilitar o porte de armas no campo. “O santo é ele, mas quem vai fazer o milagre sou eu”, respondeu com ironia, ontem, o ex-capitão do Exército, que aos poucos vai empurrando o candidato do PSDB para a direita. ‘Santo’, lembra Bernardo Mello Franco no Globo, era o nome de Alckmin na planilha da Odebrecht. Também ontem, perante jornalistas de Folha, UOL e SBT, Ciro Gomes fez um aceno ao PSDB. Seria, na campanha, uma aliança “completamente desparatosa”, afirmou. Mas entende que, já no governo, ter o PSDB ao lado ajuda a evitar dependência da base de apoio fisiológica no Congresso. E, assim, lança um sinal para quem, vindo do centro, se incomoda com a guinada na direção de Bolsonaro feita por Alckmin.
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O presidente venezuelano Nicolás Maduro foi reeleito, ontem, com 67,7% dos votos contra seu único adversário, Henri Falcón. É a maior margem de vitória da história eleitoral do país, num pleito que atraiu apenas 46% dos eleitores à urna. Na última eleição, 80% compareceram. Sua gestão é rejeitada por 70% dos venezuelanos, em média. Ao não reconhecer o resultado, Falcón apontou, entre as irregularidades, os ‘pontos vermelhos’. São núcleos do partido do governo, colados nas sessões eleitorais, onde após digitarem seus votos os eleitores documentam a presença para ter carimbado o ‘carnê da pátria’. É graças a esta marca que bônus e serviços lhes são garantidos. Argentina, Chile e União Europeia não reconheceram a eleição. Os EUA sinalizaram que tampouco vão fazê-lo. O presidente terá um mandato de seis anos.