No momento em que fechou esta edição do Meio, havia já 58 pessoas mortas pela tragédia de Brumadinho, Minas Gerais. Além delas, 305 desaparecidas (lista) e 192 pessoas com vida. As chances de haver sobreviventes é mínima. A barragem que pertence à Vale rompeu no início da tarde da última sexta e o excesso de rejeitos fez transbordar outra. Desceram sobre o vale 12 milhões de metros cúbicos de lama — em volume, foi uma quantidade bem menor do que a da tragédia de Mariana, há três anos. Mas, desta vez, o preço foi bem mais alto em vítimas. As primeiras foram empregados da própria mineradora. Dos 427 funcionários no local, apenas 279 foram localizados. A onda avançou sobre uma área grande nos municípios banhados pelo rio Paraopeba, que incluem Brumadinho, Mario Campos, Juatuba, São Joaquim de Bicas, Igarapé e Betim, arrasando até pousadas que atendem o parque de Inhotim.
Mesmo para muitos venezuelanos, o rosto de Juan Guaidó, que aos 35 anos jurou na quarta-feira a Constituição do país assumindo interinamente a presidência, é desconhecido. Seu gesto é um quê mais do que simbólico — vem de uma extensa costura diplomática envolvendo EUA, Brasil, e inúmeros vizinhos. Faria parecer, ao espectador pouco atento, que Guaidó é parte da ascensão da direita na região em disputa para tirar o chavismo do poder. E, no entanto, dentro da oposição venezuelana, a Voluntad Popular, seu partido, é visto como radical. De esquerda.
Jean Wyllys renunciou à cadeira que teria na Câmara quando se encaminhava para ocupa-la no terceiro mandato. “Eu já vinha pensando em abrir mão da vida pública desde que passei a viver sob escolta, quando aconteceu a execução da Marielle”, disse à Folha. “A violência contra mim foi banalizada de tal maneira que Marilia Castro Neves, desembargadora do Rio, sugeriu minha execução num grupo de magistrados do Facebook. Vou recompor minha vida, quero fazer um doutorado.” Segundo Wyllys, no momento em que foi divulgado que Flávio Bolsonaro tinha a mãe e a mulher de um dos suspeitos do assassinato de Marielle entre seus assessores, tomou a decisão final. (Folha)
Ninguém arrisca um número, mas as ruas de Caracas e várias outras cidades venezuelanas encheram ontem de pessoas que entoavam slogans contra o governo de Nicolas Maduro. Aderiram, inclusive, os bairros pobres caraquenhos, tradicionalmente leais ao chavismo. Em meio ao dia tenso, o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, fez o gesto simbólico de jurar a Constituição, como se tomando posse interinamente da presidência. (Vídeo.) E o gesto simbólico disparou o relógio, lançando o país num sério impasse que terá algum desfecho nos próximos dois dias.
https://www.youtube.com/watch?v=SOHvqV_DpoQ
https://www.youtube.com/watch?v=UHL9VgFftx0