Quem, como eu, viveu o período inicial do famigerado Curso Online de Filosofia do Olavo de Carvalho lembra qual era o sentimento que vigorava entre as pessoas que se inscreveram para participar [fio]
A nova edição da revista Época, que já está publicada no app para iOS e Android, reconstrói a história de como a ministra Damares Alves levou há 15 anos, de uma aldeia no Xingu, a menina que hoje apresenta como sua filha adotiva, Lulu Kamayurá. A adoção nunca foi formalizada. Uma das pessoas ouvidas pelos repórteres Natália Portinari e Vinícius Sassine é Tanumakaru, uma senhora octogenária e cega de um olho, avó da menina e quem a criou até mais ou menos seis anos. Falando em tupi, ela contou que Lulu nasceu frágil e com inúmeros problemas de saúde. Era menininha ainda quando Márcia Suzuki, braço direito da hoje ministra, se ofereceu para leva-la a um tratamento dentário. “Chorei e Lulu estava chorando”, conta a avó. “Disse que ia mandar de volta. Cadê?” Damares conta que salvou a menina de ser sacrificada. Segundo os índios, ela foi levada na marra. A ministra e Márcia são fundadoras de uma ong chamada Atini, ligada à Igreja Metodista, e voltada para assistência da população indígena. A capa, com um close da velha senhora, é forte e traz por título ‘A branca levou a Lulu’.
Sob pressão, o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, anunciou ontem que a empresa vai desativar as barragens semelhantes a Brumadinho que tem no país. No período, a operação de mudança deve interromper 10% da produção da mineradora. Hoje, a Agência Nacional de Mineração conta com apenas 35 fiscais capacitados para avaliar as 790 barragens de rejeitos de minérios. (Estadão)
Foram presos agora de manhã os engenheiros que atestaram a segurança da barragem 1, que rompeu na sexta em Brumadinho. Não deve ficar só nisso. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, abriu a porta para que os executivos da Vale sejam processados individualmente pela tragédia ocorrida em Brumadinho. Para Dodge, a prioridade é socorro às famílias das vítimas, muitas das quais perderam também o financiamento de suas vidas. “Também é preciso ter uma responsabilidade séria, do ponto de vista indenizatório, da empresa”, ela continuou. “Executivos também podem ser penalizados.” Ela se reúne hoje com o presidente do STF, José Dias Toffoli, para definir o rumo que o Ministério Público tomará. Baskut Tuncak, responsável na ONU por temas ligados a substâncias tóxicas, seguiu por linha parecida. “Deveria ser investigado como um crime”, disse à BBC. “É particularmente preocupante que especialistas ambientais tenham expressado preocupação sobre o potencial de rompimento da barragem.” O rompimento não surpreende.
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