https://www.youtube.com/watch?v=TRqiFPpw2fY
https://www.youtube.com/watch?v=W83InivbUSQ
Ampla e detalhada. Essas são as principais características da proposta de reforma da Previdência entregue ontem à Câmara pessoalmente pelo presidente Jair Bolsonaro. As mudanças, como era previsto, vão muito além da idade mínima e do fim da aposentadoria por tempo de serviço. De um lado, atingem com firmeza quem ganha mais, criando alíquotas progressivas de contribuição e endurecendo as regras para servidores públicos. De outro, num dos pontos mais polêmicos, sobe de 65 para 70 anos a idade na qual pessoas de baixíssima renda têm direito a receber um salário mínimo. Até as leis trabalhistas são afetadas, pois o texto tira de futuros aposentados que continuarem trabalhando o FGTS, e os que já estão nessa situação perdem o direito à multa de 40% em caso de demissão.
A expectativa do Planalto era de que a temperatura política baixasse com a demissão do ministro Gustavo Bebianno. Não baixou. A revista Veja revelou com exclusividade áudios das conversas de um irritado presidente Jair Bolsonaro, ainda hospitalizado, com o ministro que acusava de vazar informação. E enquanto Brasília se distraía na escuta das mensagens descuidadas, o governo tomou uma surra histórica em sua primeira — e que deveria ser tranquila — votação na Câmara dos Deputados. Por 367 votos a 57 foi derrubado o decreto que alterou a Lei de Acesso à Informação, ampliando o número de funcionários que podem colocar em sigilo dados governamentais. Até o presidente do PSL, Luciano Bivar, votou contra.
A ala militar ampliou ainda mais seu espaço no governo ontem, quando finalmente se consumou a demissão de Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência e foi confirmada a nomeação do atual secretário-executivo do ministério, o general Floriano Peixoto, para seu lugar. Com a chegada do oitavo ministro militar, Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, passa a ser o único ministro no Palácio do Planalto que não veio da caserna.
Gustavo Bebbiano amanheceu ainda ministro da Secretaria-Geral da Presidência, sua exoneração não foi publicada publicada pelo Diário Oficial da União. Uma edição extra pode ser publicada ao longo do dia. A demissão era dada como certa durante o fim de semana, desde que ele apareceu no olho do furacão por denúncias de candidaturas laranja no PSL e foi alvo de um ataque feito por Carlos Bolsonaro, filho 02 do presidente. Não há indícios de que o presidente Jair Bolsonaro tenha decidido mantê-lo. Mas a decisão de exonerar, obviamente, ainda não ocorreu.
https://www.youtube.com/watch?v=AorZ5LKB3dg