O presidente Jair Bolsonaro foi à televisão, ontem, para um pronunciamento rápido com mensagens específicas. Agradeceu a aprovação pela CCJ da Câmara da Nova Previdência e destacou o esforço de Rodrigo Maia. “É muito importante lembrar que se nada for feito o país não terá os recursos para garantir uma aposentadoria para todos os brasileiros”, martelou. “Sem mudanças, o governo não terá condições de investir nas áreas mais importantes como saúde, educação e segurança. Com a reforma, os mais pobres pagarão menos.” (Vídeo.) Por sua vez, em entrevista à GloboNews, Maia já apontou os pontos principais de negociação. Vão sair do texto mudanças propostas para a Aposentadoria Rural e para o Benefício de Prestação Continuada — que garante um salário mínimo a deficientes e idosos sem condições de se manter. A transição para um sistema de capitalização puro também não passará. “Vai ter de explicar muito bem”, disse se referindo ao ministro Paulo Guedes. “O custo de capitalização é muito alto, R$ 400 bilhões em dez anos.” (G1)
https://www.youtube.com/watch?v=KQjCk1_vFBE
https://www.youtube.com/watch?v=Zbjjf2r98w4&feature=youtu.be
Pela primeira vez, um tribunal superior analisou a condenação do ex-presidente Lula, preso desde abril do ano passado, quando foi condenado em segunda instância pelo TRF-4 a 12 anos e um mês de prisão no caso do tríplex do Guarujá. O Superior Tribunal de Justiça manteve a condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas considerou que os desembargadores de Porto Alegre abusaram da pena. Foi uma vitória para Lula: com o período de pena reduzido para 8 anos e 10 meses de prisão, o ex-presidente pode até passar ao regime semiaberto já em setembro. É o que ocorre quando, cumprido um sexto da pena, e com bom comportamento, o preso pode deixar a cadeia durante o dia para trabalhar e retornar à noite. Mas nem tudo foi ganho. Os ministros do STJ negaram unanimemente qualquer aspecto eleitoral ao crime. O STF havia decidido que crimes com aspecto eleitoral deveriam ser encaminhados ao TSE. Lula não se enquadrará. (Jota)
Algo ocorreu no Planalto. Pela primeira vez desde o início de seu governo, o presidente Jair Bolsonaro fez uma crítica ao escritor Olavo de Carvalho, personagem constante nas crises ocorridas no ministério. Em resposta aos comentários de Carvalho, publicados no perfil de YouTube do próprio Bolsonaro no último sábado, o presidente se queixou. “O professor teve um papel considerável na exposição das ideias conservadoras que se contrapuseram à mensagem anacrônica cultuada pela esquerda”, abriu a nota suavizando para então pontuar. “Entretanto, suas recentes declarações contra integrantes dos poderes da República não contribuem para a unicidade de esforços e consequente atingimento dos objetivos propostos em nosso projeto de governo.” Bolsonaro não falou pessoalmente, pediu a seu porta-voz que o fizesse. Carvalho havia, em menos de seis minutos, se queixado simultaneamente tanto dos militares quanto dos parlamentares eleitos na esteira da onda de direita. (G1)