O novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, iniciou um processo de sufocamento financeiro das universidades federais. Começou por três: Universidade de Brasília, Federal Fluminense e Federal da Bahia. A Federal de Juiz de Fora, onde lecionava o ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez, pode ser a quarta. Na UnB, o corte foi de 30% em seu orçamento. Um dos critérios de Weintraub são eventos políticos e festas que considera inadequadas nos campi. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, afirmou. “Sem-terra dentro do campus, gente pelada.” O outro critério é acadêmico. “A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” Para ter liberdades, as universidades precisarão antes comprovar rendimento “Quando vão em universidade fazer festa, arruaça, não ter aula ou fazer seminários absurdos, é dinheiro suado que está sendo desperdiçado.” (Estadão)
A entrevista concedida na última sexta-feira pelo ex-presidente Lula acentuou o racha na esquerda. A avaliação de dirigentes tanto de PSB quanto de PDT é de que o líder petista, ao manter um discurso de hegemonia do PT no campo progressista, fugiu a uma autocrítica que, sem reconhecer a perda de espaço da legenda, manteve o tom que inviabiliza aliança. (Folha)
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A China foi um dos temas econômicos favoritos do então candidato Jair Bolsonaro, durante a campanha eleitoral. Bombardeou o quanto pôde. O milenar País do Centro estaria comprando o Brasil, levando o nióbio de graça, e o setor elétrico de troco. Na presidência, Bolsonaro mudou o tom — descobriu que tudo é mais complicado. Mas há um motivo para seu discurso inicial: Donald Trump, que o brasileiro mantém como referência política.
Por seis votos a quatro, o STF decidiu que empresas localizadas fora da Zona Franca de Manaus, quando adquirem insumos produzidos lá, terão direito de abater de seus tributos o Imposto sobre Produtos Industrializados. Mesmo que não tenham pago qualquer IPI. O Estado, em resumo, não só não cobra o imposto como ‘devolve’ o valor. Esta renúncia fiscal, nos cálculos da Fazenda, custará R$ 16 bilhões por ano. É praxe que empresas abatam impostos cobrados numa etapa anterior em casos similares. Abater impostos descontados na origem é novo. Os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Dias Toffoli consideraram que, sem o benefício, empresas poderiam preferir comprar insumos de outros estados, prejudicando o Amazonas. Pelo menos um especialista afirma que a decisão estimulará fraudes: empresas podem criar subsidiárias na Zona Franca, vender insumos superfaturados para a matriz, produzindo assim grande volume de créditos. (Folha)
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