A insatisfação dos argentinos com o presidente Maurício Macri e a crise econômica ficou clara com o resultado das Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (Paso), que antecedem as eleições para valer, previstas para outubro. Com 96% das urnas apuradas, a chapa de oposição, tendo a ex-presidente Cristina Kirchner como vice e liderada por Alberto Fernández, obteve 47,65% dos votos, enquanto a de Macri, que tenta a reeleição, ficou com apenas 32,08%. Caso o resultado se repita daqui a dois meses, o pleito será resolvido no primeiro turno. Pela lei eleitoral argentina, para não haver segundo turno, um candidato precisa de 45% dos votos ou 40% e ao menos dez pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado - a chapa Fernández/Kirchner cumpriu os dois requisitos.
Causaram impacto. Quase todos vestindo negro, alguns com casacos de couro, muitos de boinas, seus cabelos black power. Todos pantera negras, o movimento radical dos anos 1960. O dia: 2 de maio, 1967. Marcharam juntos, um pouco menos de trinta deles, militantes negros pesadamente armados com rifles e pistolas, todas as armas carregadas, caminhando calmos e mostrando ostensivamente o equipamento que levavam para dentro do Capitólio em Sacramento, sede da Assembleia Legislativa da Califórnia. Ostensivamente, como a legislação lhes permitia. Os parlamentares nunca haviam visto algo assim. Era legal, claro, mas sentiram-se intimidados. Quando o governador foi informado, tomou um susto. “Não consigo imaginar que armas carregadas possam ser a maneira de encarar um problema que poderia ser resolvido por pessoas de boa vontade”, disse a um repórter o ator tornado político Ronald Reagan. Os policiais não sabiam o que fazer — aqueles ativistas radicais não estavam quebrando nenhuma lei. Mas, todos os políticos ali imaginavam, deveriam. Aquele armamento pesado não podia ser legítimo. “Nós vamos levá-los todos à delegacia e checar seus históricos”, afirmou um oficial.
A quinta-feira não foi um dia fácil para o ministro da Justiça, Sérgio Moro. Seu pacote anticrime, que já vinha sendo paulatinamente desidratado pelo Congresso, foi colocado na geladeira por ninguém menos que o presidente Jair Bolsonaro. Segundo este, com a reforma da Previdência já no Senado, a prioridade do governo é tocar a reforma tributária, o que jogaria o pacote do ministro para as calendas gregas. “O Moro está vindo de um meio onde ele decidia com uma caneta na mão. Agora, não temos como decidir de forma unilateral”, disse Bolsonaro. “Entendo a angústia dele, de querer que o projeto vá para frente, mas nós temos que fazer o Brasil andar.” Para diminuir o desconforto, ele levou Moro para sua tradicional live nas redes sociais. (Estadão)
https://www.youtube.com/watch?v=YIWgD-Tm4rw
O Supremo Tribunal Federal aproveitou a tentativa de transferência do ex-presidente Lula para um presídio no interior de São Paulo para dar uma demonstração de unidade e, segundo analistas, um sinal de que a paciência com a “república de Curitiba” chegou ao fim. A juíza federal do Paraná Carolina Lebbos mandou transferir Lula atendendo a um pedido da PF, alegando que a presença do ex-presidente atrapalhava o funcionamento da sede em Curitiba. A defesa de Lula recorreu ao STF.
https://www.youtube.com/watch?v=sEJ1aPM7CJQ&feature=youtu.be