https://www.youtube.com/watch?v=wCTKwkYzVzo
https://www.youtube.com/watch?v=_1flh7OfKOw
No final daquela manhã, o 25 de agosto em 1961, o presidente da República Jânio Quadros convocou à sala que lhe servia de escritório, no Planalto, os chefes da Casa Civil, Francisco Quintanilha, e da Casa Militar, general Pedro Cardoso, o ministro da Justiça Oscar Pedroso Horta, seu secretário particular José Aparecido de Oliveira, e o jornalista Carlos Castello Branco, assessor de imprensa do governo. “Chamei-os para dizer que renunciarei à presidência”, informou de bate pronto aos cinco, se lembraria anos depois Castello. “Não sei assim exercê-la”, continuou.
Ontem foi dia de gravações divulgadas, tuítes presidenciais apagados, um dia em que predominou a palavra traição e, do qual, ninguém conseguiu sair se dizendo vencedor. O partido do presidente Jair Bolsonaro está derretendo num ritmo veloz. O primeiro traidor foi o deputado federal Daniel Silveira, do Rio — o mesmo que, candidato, quebrou a placa com o nome da vereadora Marielle Franco. Ele se infiltrou em uma reunião do lado bivarista do PSL para gravar o que conseguisse. “Fiz porque queria saber o que o grupo estava articulando contra o presidente”, explicou à jornalista Bela Megale. Pois flagrou o líder do partido na Câmara em uma crise de ódio. “Eu vou implodir o presidente”, afirmou o Delegado Waldir. “Aí eu mostro a gravação dele. Não tem conversa. Sou o cara mais fiel a esse vagabundo. Andei no sol em 246 cidades gritando o nome desse vagabundo.” Waldir estava transtornado com a articulação feita pelo próprio Bolsonaro para destituí-lo da liderança e colocar seu filho Eduardo no lugar. Articulação, diga-se, frustrada. Waldir é líder, Bolsonaro perdeu. (Globo)
https://www.youtube.com/watch?v=dpcPK5sCk6M
O novo cenário da briga que dividiu o PSL é a Câmara dos Deputados. O deputado candidato a embaixador Eduardo Bolsonaro se lançou também candidato a líder do partido na Casa e recolheu, durante o dia, 27 assinaturas para depor o Delegado Waldir do posto e então assumi-lo. Seria o suficiente, já que representa mais de a metade dos 53 parlamentares. O próprio presidente da República fez ligações pedindo participação. À tarde, a ala pró-Luciano Bivar, o presidente nacional da sigla, revidou. Colheu 32 assinaturas para manutenção de Waldir. Como as listas não são públicas, não é possível saber ainda quem assinou ambas. Já à noite, os bolsonaristas apresentaram nova lista — com 27 nomes, não se sabe se os mesmos da anterior. É decisão de Rodrigo Maia, presidente da Câmara, escolher qual das duas (ou três) valerá. Os bivaristas, porém, têm o controle do partido e traçam planos de expulsar a deputada federal Carla Zambelli e outros leais ao Planalto. Se concretizado, o plano de Eduardo murcha. E o tamanho da bancada sofre. (Congresso em Foco)