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Edição de Sábado: As Origens do Nacional Desenvolvimentismo

Quem o conheceu conta que sempre sorria. E é assim mesmo que aparece em quase todos os retratos do tempo de presidente: sorrindo. Tinha aquela capacidade de falar com qualquer um no mesmo tom, não importa se rico ou pobre, com poder ou sem. Juscelino sempre ouvia atento. Hoje, seus discursos não impressionariam — tinham aquele tom de político antigo em que cada palavra é dita por inteiro, nunca tomava atalhos de raciocínio, mesmo quando improvisava parecia recitar um texto escrito. Tremia alguns dos Rs. Mas a memória que deixou foi a de um presidente que imaginou um país grande e o entregou. O presidente do tempo do otimismo, cujo período de governo é chamado Anos Dourados, que governou um país que ganhava o mundo — pela Copa de 1958, pela Bossa Nova que nascia, pelas duas polegadas de Martha Rocha, pela arquitetura modernista que criava. Era um democrata convicto, Juscelino Kubitschek de Oliveira, uma característica já rara naquele tempo em que tantos viam na possibilidade de um regime autoritário o atalho para dar um jeito definitivo no Brasil. E, no entanto, JK entregou ao sucessor um país que crescia como nunca e, ainda assim, estava quebrado. Um país que não ficaria mais de pé em tempo de manter sua democracia.

How do dogs “see” with their noses? – Alexandra Horowitz

https://www.youtube.com/watch?v=p7fXa2Occ_U&feature=emb_logo

STJ afasta governador do Rio

Enquanto o Meio fechava, agora pela manhã, equipes da Polícia Federal chegavam ao Palácio Laranjeiras para afastar do cargo o governador do Rio, Wilson Witzel. A ordem foi expedida pelo ministro Benedito Gonçalves, do STJ. A PF, acompanhada do Ministério Público, também cumpriu mandados de prisão contra o presidente do PSC, Pastor Everaldo; o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, Lucas Tristão; e o ex-prefeito de Volta Redonda, Sebastião Gothardo Netto. Há ainda mandados de busca e apreensão contra a primeira-dama, Helena Witzel; o presidente da Assembleia Legislativa, o petista André Ceciliano; e o desembargador Marcos Pinto da Cruz. (G1)

Festival Sarará 2020

https://www.youtube.com/watch?v=VdXXi-vc4C0

Enquanto Guedes frita, Brasil ultrapassa as 117 mil mortes por covid

O presidente Jair Bolsonaro atacou diretamente, ontem, o ministro da Economia Paulo Guedes. “A proposta que a equipe econômica apareceu para mim não será enviada ao Parlamento, não posso tirar de pobres para dar para paupérrimos.” Ele discursava durante uma cerimônia para o religamento de um autoforno, numa usina da Usiminas e se referia ao impasse interno do governo sobre o programa que substituirá o Bolsa Família. Na escolha das palavras, apresentou seu ministro como alguém insensível com a pobreza. “Não podemos fazer isso daí com, por exemplo, a questão do abono para quem ganha dois salários mínimos. Não podemos tirar isso de 12 milhões de pessoas para dar para o Bolsa Família ou Renda Brasil.” O presidente confirmou que estenderá o auxílio emergencial até dezembro. “É uma conta pesada, sabemos que os R$ 600 é pouco para muita gente que recebe, mas é muito para o país que se endivida e, lamentavelmente, como é emergencial, temos que ter um ponto final nisso.” (Poder 360)

Guedes quer fim do abono salarial por Renda Brasil

O impasse para construção do sucessor do Bolsa Família segue. O ministro Paulo Guedes propõe extinguir o abono salarial — o valor, pago a 23,3 milhões de trabalhadores que recebem até dois salários mínimos, representa anualmente R$ 18,3 bilhões. Seria o suficiente para arcar com 83% do novo benefício, o Renda Brasil. Hoje, o Bolsa Família paga em média R$ 190 mensais a 14 milhões de famílias. O presidente Jair Bolsonaro gostaria de atingir 20 milhões de famílias e pagar pelo menos R$ 300 ao mês. Ele acredita que conseguirá, assim, suplantar a memória dos anos Lula e consolidar uma base de eleitores. No Ministério da Economia, a dificuldade é fazer com que o programa não ultrapasse o teto de gastos. Bolsonaro não gosta da ideia de extinguir o abono e Guedes enfrentará resistência também no Congresso Nacional. (Globo)

Conversas: Christian Lynch, Ricardo Rangel e o momento político

Esta é uma versão diferente do Conversas com o Meio. Convidei dois amigos, o professor de ciência política Christian Lynch, do IESP-Uerj, e o colunista de Veja, Ricardo Rangel, para fazer o que fazemos habitualmente em privado. Conversar sobre o momento político. Uma experiência.

Bolsonaro e Guedes não se entendem, pacote adiado

Um impasse entre o presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, forçou o adiamento do pacote econômico que o governo pretendia anunciar hoje. Bolsonaro gostaria de estender o auxílio emergencial até o final do ano, com valor reduzido, mas que chegasse a pelo menos R$ 300. A equipe econômica fez uma proposta de R$ 270. As projeções da dívida pública em 2020 chegam a 100% do PIB e o desembolso com o auxílio já ultrapassou a conta de R$ 254 bilhões — são aproximadamente R$ 50 bi mensais. Guedes gostaria de acelerar a transição do auxílio para um novo programa, que substituirá o Bolsa Família e terá maior abrangência, batizado Renda Brasil. Mas também sobre isto há debate — o Renda Brasil custará, anualmente, R$ 20 bi a mais do que o Bolsa Família. Para compensar os gastos, o ministro gostaria de extinguir assistências que sua equipe considera ineficientes — caso do abono salarial, seguro-defeso e farmácia popular. Tampouco foram definidos o perfil dos beneficiários do novo programa ou o número, fundamentais para o cálculo do valor mensal a ser distribuído. (Folha)

Lang Lang —— BEETHOVEN: Piano Concerto No. 5

https://www.youtube.com/watch?v=aH63RKQ7OEw