O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, deu 48 horas, até terça-feira, para que o Ministério da Saúde apresente as datas de início e término do programa de vacinação em massa contra a Covid-19, inclusive as de suas fases. O plano foi entregue ao STF na sexta-feira, mas não continha um cronograma claro. A programação prevê a distribuição de 108,3 milhões de doses a cerca de 51 milhões de pessoas, menos de um quarto da população brasileira. Após a entrega do plano, o presidente do Supremo, Luís Fux, retirou da pauta, a pedido de Lewandowski, as ações que cobraram um planejamento do Executivo. A intimação, porém, da a entender que o relator pode mudar de ideia.
Cinco tiros dados pelas costas, quatro deles no alvo. O assassino se senta na calçada e lê calmamente um livro enquanto aguarda a polícia. Uma ambulância leva a vítima até o hospital, mas os médicos constatam que não havia mais o que fazer. John Lennon estava morto. A notícia do que havia acabado de acontecer na noite daquele 8 de dezembro de 1980 provocou ondas de choque emocionais em todo o mundo. Sozinhos em seus quartos ouvindo discos ou reunidos em multidões diante do Hospital Roosevelt, onde estava o corpo, e do Edifício Dakota, local do crime, os fãs choraram o vazio provocado pela obsessão de Mark David Chapman, o criminoso.
Há, no mínimo, uma discrepância entre a visão do governo federal em relação à Covid-19 e os números da doença. Ontem, em visita ao Rio Grande do Sul, o presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil está vivendo “um finalzinho de pandemia” e afirmou que seu governo, “levando-se em conta outros países do mundo, foi aquele que melhor se saiu” no enfrentamento à Covid-19. No mesmo dia, o país registrou 769 mortes pela doença, elevando o total a 179.801. A média móvel de óbitos subiu no Distrito Federal e em 21 estados, inclusive o Rio Grande do Sul. Sete capitais brasileiras estão com mais de 90% dos leitos de UTI para Covid ocupados. Segundo o PoderData, 71% dos brasileiros são a favor do distanciamento social.