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Bolsonaro usa Queiroga como cortina de fumaça

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, encarnou ontem seu antecessor, o general Eduardo Pazuello, sempre pronto a atender aos caprichos do presidente Jair Bolsonaro, mesmo que isso significasse ir na contramão do que diziam especialistas no combate à Covid-19. Pior, como detalha Vera Magalhães, o fez para criar uma tripla cortina de fumaça a fim de desviar a atenção da falta de vacinas e dos caminhos que vem tomando a CPI da Pandemia. “O anúncio intempestivo em que recomendou a interrupção da vacinação de adolescentes entre 12 e 17 anos que não tenham comorbidades pegou técnicos, especialistas, governadores, prefeitos e pais de todo o país desprevenidos. Levou mais caos e desinformação ao programa de imunização”, diz Vera. Mas o que a fumaça pretendia esconder? 1) Que há “momento de apagão logístico no envio de vacinas”; 2) que a CPI tem em mãos documentos que acusam o plano de saúde Prevent Senior de omitir mortos em um estudo sobre cloroquina alardeado por Bolsonaro; e 3) que juristas peso-pesado estão auxiliando a CPI na tipificação dos diversos crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente. “Se alguém tinha esquecido o desastre que é esta gestão, Queiroga tratou de reavivar a memória de forma trágica”, conclui Vera. (Globo)

Agenda Cultural 17-09-21

Neil Thomson rege hoje as Variações Enigma, de Edward Elgar, em concerto da Osesp enquanto, no Theatro São Pedro, o Coral Jovem do Estado de São Paulo apresenta um programa dedicado a compositoras, de Lili Boulanger a Chiquinha Gonzaga. No Rio, a Orquestra Sinfônica da UFRJ toca, também nesta sexta, obras de Holst e Schubert, entre outros, sob a batuta de André Cardoso.

Ex de Bolsonaro vai à CPI

A CPI da Pandemia aprovou ontem a convocação de Ana Cristina Valle, segunda ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro e mãe de Jair Renan. Os senadores querem que ela explique sua ligação com Marconny Albernaz de Faria, suposto lobista da Precisa Medicamentos, intermediária da compra suspeita de vacinas indianas pelo Brasil. Na justificativa da convocação os integrantes da CPI dizem que mensagens gravadas indicam tráfico de influência feito por Ana Cristina a pedido de Faria junto à Secretaria Geral da Presidência. (UOL)

Dupla derrota para Bolsonaro, Senado e STF sepultam MP das Fake News

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), devolveu ontem ao Executivo a medida provisória que alterava o Marco Civil da Internet. Editada na véspera dos atos de 7 de setembro e apelidada de MP das Fake News, ela proibia redes sociais e provedores de retirarem do ar conteúdos como discurso de ódio e notícias falsas. Pacheco argumentou o tema já tramita em projetos no Congresso. Com isso, todos os efeitos da MP ficam anulados. (G1)

Edição de Sábado: Bolsonaro e os futuros possíveis

Se há um tabuleiro confuso, no momento, é o da política brasileira. A turbulência que se abateu no país esta semana deixou o jogo desorganizado e incerto. Mas, se deixou dúvidas, trouxe também algumas respostas a muitas angústias que pairavam.

Bolsonaro usa fracasso do MBL para reanimar sua base

Assustado com o tombo em sua popularidade após a “carta de recuo” retórica redigida por Michel Temer e a desmobilização da greve de caminhoneiros, o presidente Jair Bolsonaro ganhou uma ferramenta para reaglutinar sua base: o fracasso de público dos atos pelo impeachment convocados por MBL e Vem Pra Rua. “Dignos de dó”, foi como Bolsonaro definiu os manifestantes, enquanto seus ministros e aliados mais próximos iam fundo na ironia. “Mandetta, pode ir para a manifestação que o distanciamento social está sendo ‘totalmente respeitado’ em todas as manifestações”, escreveu Fábio Faria, ministro das Comunicações. Igualmente importante, na avaliação dos palacianos, é que o fiasco mostrou que uma terceira via eleitoral é artificial e fortaleceu o duelo entre Bolsonaro e Lula. (Folha)

Ato anti-Bolsonaro de MBL e VPR fracassa sem PT

Foram vazias as manifestações convocadas para o domingo em todo o país pelo Movimento Brasil Livre e Vem Pra Rua, pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Na Avenida Paulista, segundo os cálculos da Secretaria de Segurança Pública, havia cerca de seis mil pessoas. Na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, não chegou a mil. O MBL chegou a suavizar seu discurso — inicialmente o slogan era Nem Lula, Nem Bolsonaro — e assim atraiu parte da esquerda: PDT e PCdoB estavam presentes, assim como a UNE e a UJS. (Poder 360)

Edição de Sábado: Como as democracias sobrevivem?

Lançado em janeiro de 2018, o livro Como as Democracias Morrem fez dos cientistas políticos Steven Levitsky e Daniel Ziblatt celebridades instantâneas nos EUA — e também em muitos círculos fora. Ambos professores de Harvard, escreveram para o público de seu país embora não sejam especialistas em política local. Levitsky estuda política latino-americana e, Ziblatt, europeia. Mas, por isso mesmo, conheciam bem algo que era mais distante de seus pares por ali: o processo pelo qual democracias decaem ao ponto de se tornar ditaduras. Livro curto, fácil de ler, objetivo e escrito para ser um alerta. Perante Donald Trump, que naquele janeiro entrava em seu segundo ano de mandato, eles afirmavam que os EUA flertavam com um autocrata que poderia, sim, acabar com a democracia americana. A mais longeva do mundo. E, ao fazer seu alerta local, mostraram ao mundo como há um modelo novo de criação de ditaduras que não passa por golpes de Estado. Seus exemplos incluíam o venezuelano Hugo Chávez, o russo Vladimir Putin, o húngaro Viktor Orbán, o turco Recep Erdogan. Até ali, todas as democracias que haviam elegido um autocrata potencial viram o lento desmonte de seus regimes. Mas, três anos depois, Joe Biden, um homem que seguiu uma carreira tradicionalíssima como senador do Partido Democrata, está sentado à mesa do Salão Oval. Os EUA são o primeiro país a resistir perante o avanço do autoritarismo populista. Trump se reelegeu. Cá no Meio, portanto, nos perguntamos: onde foi que a fórmula deu errado? Ou, ora, como as democracias sobrevivem?

Sob tutela de Temer, Bolsonaro abranda tom com STF

Pressionado pela reação dura do STF a seus discursos golpistas em 7 de setembro e vendo sair do controle os bloqueios de estradas feitos por caminhoneiros apoiadores do governo, o presidente Jair Bolsonaro pediu socorro a seu antecessor. Michel Temer foi levado para Brasília num avião da FAB e, nas próprias palavras, já chegou com uma nota à qual Bolsonaro fez “uma pequena observação”. Com a marca de Temer da primeira à última linha, na “Declaração à Nação” Bolsonaro diz que nunca teve “intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar”, e que suas “palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum”. (UOL)