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Estouro do teto causa debandada na equipe de Guedes

O estouro no teto de gastos admitido por Paulo Guedes para pagar o Auxílio Brasil de R$ 400, nova bandeira eleitoral de Jair Bolsonaro, cobrou seu preço na Equipe Econômica e, claro, no mercado financeiro. E não foi barato. Bruno Funchal, secretário do Tesouro e Orçamento e mais três auxiliares da pasta pediram demissão nesta quinta-feira: Jeferson Bittencourt, secretário do Tesouro Nacional; Gildenora Dantas, secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento; e Rafael Araujo, secretário-adjunto do Tesouro Nacional. O Ministério da Economia disse que as demissões eram por “motivos pessoais”, mas antes do anúncio, Funchal reuniu a equipe e disse que, após o estouro do teto, não tinha condições de continuar no cargo. “Foi uma questão de princípio”, disse ele a interlocutores. O acordo fechado nesta quinta no governo prevê uma mudança no teto de gastos que abre um espaço de R$ 83,6 bilhões para despesas adicionais em 2022. Horas depois, a medida foi aprovada dentro do texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios votada pela comissão especial da Câmara dos Deputados. (Estadão)

Agenda cultural para 22-10-21

Mais de 7 mil itens relacionados à trajetória de Lygia Clark – incluindo obras, catálogos de exposições, vídeos e documentos, além de cartas e materiais inéditos – serão reunidos a partir de sábado em um novo site. Idealizado por Alessandra Clark, neta da artista, o projeto é realizado pela Associação Cultural Lygia Clark com o Itaú Cultural.

Guedes fura o teto

Não poderia acontecer sem autorização do ministro da Economia — e ele a concedeu. “Seria uma antecipação da revisão do teto de gastos, prevista para 2026”, explicou Paulo Guedes sem dar pista de qual o mecanismo legal para estourar o teto imposto pela lei. “Uma licença para gastar com essa camada temporária de proteção.” Pois assim nascerá o Auxílio Brasil, com valor fixado em R$ 400 mensais. Na avaliação do ministro, o benefício de R$ 400 é necessário para atender às famílias mais pobres, afetadas pela inflação. O objetivo do programa é também aumentar o número de beneficiários, de 14,6 milhões para 16,9 milhões. Para bancar o substituto do Bolsa Família, Guedes disse que o governo deve pedir o que chamou de waiver (renúncia de regra). De acordo com o governo, o espaço fora do teto será de R$ 30 bilhões, se aprovado. (Estadão)

Dia de caos em Brasília

No Senado, briga — a oposição rachou na CPI da Covid. No Planalto, apreensão à beira da quebra do teto de gastos. Em Brasília, o dia foi de caos, de indecisão. O Planalto parecia ter enfim dobrado a Equipe Econômica, forçando o grupo por uns ainda considerado liberal a aceitar o estouro no teto. Preparava uma festa para anunciar, no fim da tarde, o Auxílio Brasil no valor de R$ 400. Aí o mercado financeiro surtou. Inseguro, o governo cancelou o evento sem desistir do Auxílio que, se criado, não terá sido por crença na política social e sim para dar chance de reeleição ao presidente. Enquanto que a minutos dali, no Congresso Nacional, o conflito na CPI da Pandemia só aumentava. O relator Renan Calheiros (MDB-AL) apresentou uma minuta do relatório que lerá hoje com todos os pontos que provocaram divergências. Por exemplo, principalmente: a acusação de que Bolsonaro é responsável por genocídio indígena e o indiciamento de 70 pessoas, sendo que a maioria sequer foi ouvida na comissão. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), que escolheu Renan para a relatoria, está entre os mais críticos. Durante a noite os senadores combinaram tirar as acusações mais genéricas contra Bolsonaro, mas os conflitos não foram resolvidos. A quarta-feira será de tensão.

Conversas: As chances de um terceiro candidato por Carlos Melo

Quanto mais perto se chega das eleições de 2022, mais se fala dos possíveis candidatos. Além do embate Bolsonaro e Lula, espera-se uma terceira via que possa fazer frente a essas duas forças. Mas existe espaço para este terceiro candidato?

Oposição racha e CPI já tem dois relatórios

Acusado de vazar trechos de seu relatório para a imprensa, o senador Renan Calheiros acabou isolado na CPI da Pandemia. O incomodo levou ao adiamento da leitura do relatório de hoje para amanhã. Nos bastidores, alguns colegas acusam Renan de ter vazado os trechos para emparedá-los e evitar mudanças. Se foi, o tiro saiu pela culatra. Os senadores pedem que ele retire vários pontos e ameaçam apresentar emendas. Já o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), pagou para ver e disse que quer no relatório tudo o que foi vazado. Renan entregou textos preliminares aos demais integrantes da CPI. Ele propõe o indiciamento de 70 pessoas, inclusive do presidente Jair Bolsonaro e seus três filhos mais velhos. (Folha)

CPI quer mais uma semana para pesar relatório contra Bolsonaro

Prevista para a próxima terça-feira, a leitura do relatório final de Renan Calheiros (MDB-AL) na CPI da Pandemia foi adiada em pelo menos um dia, e sua votação foi jogada para a terça da semana que vem. A decisão do presidente Omar Aziz (PSD-AM) se deveu à divergência na cúpula da comissão sobre temas como tipificação de crimes do presidente Jair Bolsonaro e a proposta de indiciamento de todos os seus filhos com mandato. “Tem muita divergência ainda, precisamos discutir. Em relação a indiciamento, tipificação de crime. A ideia é uma semana de vista”, disse o senador Humberto Costa (PT-PE). Mesmo senadores oposicionistas não concordam, por exemplo, com o indiciamento de Bolsonaro por “genocídio de povos indígenas” e na inclusão do também senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) no relatório. Eles acham que não há indícios fortes contra ele, diferentemente de seus irmãos, o vereador carioca Carlos (Republicanos) e o deputado Eduardo (PSL-SP). (Folha)

Edição de Sábado: Deu Tilt na Globalização

O meme circulou faz uma ou duas semanas no Reino Unido — o premiê Boris Johnson liga para a rainha Elizabeth II e pergunta, como quem não quer nada. “A senhora dirigiu caminhões durante a Guerra, não?” Elizabeth II trabalhou de fato, no esforço de Guerra, como mecânica de caminhões. E Johnson está desesperado atrás de motoristas para a frota — há, na Grã Bretanha, 100 mil vagas abertas com ninguém que deseje preenche-las. O governo abriu um programa de vistos temporários para atrair motoristas principalmente do Leste Europeu. Após duas semanas apareceram vinte candidatos. O resultado mais visível da crise são as longas filas de carros para abastecer nos postos de combustível. Derivados de petróleo estão em falta. Mas não é só lá. Em agosto havia 40 navios cargueiros na fila para descarregar no maior porto dos Estados Unidos, o de Los Angeles e Long Beach. Em setembro já eram 70. Agora em outubro os números pararam de ser divulgados. É pouco. No mar próximo dos portos de Hong Kong e de Shenzen, na China, a fila passa de cem navios. Nas contas do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, o setor deixou de exportar nos últimos meses US$ 500 milhões em grãos. Por falta de contêineres de navio. No Vietnã, o principal centro produtor de roupas do mundo, as fábricas fecharam em setembro após uma explosão de casos de Covid. A Apple anunciou que vão faltar iPhones 13 no Natal — não há peças para fabricar e atender à demanda.

No pé do ouvido. A partir da próxima segunda.