Hoje vamos conversar com José Cesar Martins, sociólogo e investidor. Ele é coordenador do Derrubando Muros, grupo apartidário que visa criar um projeto para um Brasil melhor, reunindo políticos dos mais diversos partidos, economistas, empresários, cientistas políticos e muitos outros. Zeca, como é conhecido, vai explicar um pouco mais sobre o projeto, como é possível juntar tantas visões diferentes e o que o Brasil precisa nesse momento. __ CONVERSAS COM O MEIO
Surpreendendo a todos, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber autorizou ontem a liberação de verbas das emendas do relator. Trata-se de uma rubrica no Orçamento da União sem destinação específica, distribuída por critérios políticos e não identificando os parlamentares cujos redutos foram beneficiados, daí o apelido de orçamento secreto. A própria Rosa havia suspendido a execução das emendas do relator, decisão mantida pela maioria do Plenário da Corte, exigindo transparência. A ministra tomou a decisão após o Congresso aprovar no dia 29 novas regras que deveriam permitir, apenas de agora em diante, identificar os parlamentarem beneficiados. (Metrópoles)
Estados e municípios já exigem comprovante de vacinação para uma série de atividades, mas o presidente Jair Bolsonaro pretende, na prática, acabar com isso. Ele anunciou que enviará ao Congresso uma Medida Provisória determinando que somente o governo federal possa estabelecer esse tipo de exigência. “Tem uns itens (na lei) que falam das medidas a serem adotadas por qualquer agente sanitário, estado e município. Quero trazer para agente federal. Por mim, vacina é opcional. A lei era da pandemia, não falava de vacina ainda”, afirmou. Em abril de 2020 o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que estados e municípios têm autonomia para aplicar medidas de combate à covid-19, e é certo que a MP, se for editada, vai ser levada à Corte. (Poder360)
Boa parte do Brasil conheceu a ministra da Economia Zélia Cardoso de Melo quando ela apareceu ao vivo, em vários canais de TV, para uma entrevista coletiva na tarde de 16 de março, em 1990. (YouTube.) A posse do presidente Fernando Collor, o primeiro eleito pelo voto popular desde Jânio Quadros, trinta anos antes, havia sido na véspera. E a expectativa para aquela entrevista era imensa. Em 1989, último ano do governo de José Sarney, a inflação oficial calculada pelo IBGE havia chegado quase em 2000%. Dois mil por cento ao ano. O que o salário comprava no supermercado no primeiro dia do mês não rendia nem de perto o mesmo apenas duas semanas depois. A inflação daquele mês de março bateria em mais de 80% — os preços quase dobraram ao longo de um mês. Não havia outro tema que angustiasse mais a população brasileira e a esperança era de aquele governo conseguisse, enfim, controlar o monstro. Nos últimos três dias de seu governo, Sarney decretou de surpresa feriado bancário a pedido da nova equipe econômica. Não havia internet ou mesmo máquina de saque. Naqueles dias, ninguém poderia movimentar seu dinheiro. Algo ia acontecer.
O Brasil entrou em recessão técnica. O Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 0,1% no terceiro trimestre deste ano na comparação com trimestre anterior, segundo dados divulgados ontem pelo IBGE. No 2º trimestre, o PIB recuou 0,4% ante os três primeiros meses do ano. Com isso, o Brasil entra em uma nova recessão técnica, que é quando o PIB tem retração por dois trimestres seguidos. A última foi registrada nos dois primeiros trimestres de 2020, quando o PIB ‘encolheu’ 2,3% e, em seguida, 8,9%. (g1)