Começa hoje e vai até o dia 28 a mostra “Mulheres Mágicas: Reinvenções da Bruxa no Cinema”, no CCBB de São Paulo. São 25 filmes clássicos do gênero, com sessões presenciais e debates online.
A Rússia segue insistindo que ataca somente alvos militares na Ucrânia, mas o que o mundo viu ontem foi o bombardeio de um complexo com hospital infantil e maternidade na cidade portuária de Mariupol, uma das mais violentamente atingidas pelos ataques desde o início da invasão. Autoridades ucranianas disseram que pelo menos 17 pessoas ficaram feridas, entre funcionários e pacientes, mas nenhuma criança. De acordo com a prefeitura, pelo menos 1.170 civis já morreram na cidade desde o início da ofensiva russa. Em um vídeo falado parcialmente em russo, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenski classificou o ataque como maligno e “a prova final de que há um genocídio em andamento no país”. O governo da Ucrânia criou um site na Internet para registrar violações de direitos humanos e o que classifica como crimes de guerra cometidos pelos russos. O material será encaminhado à Corte Europeia de Direitos Humanos e ao Tribunal Penal Internacional. (BBC)
Máscaras que deixam de ser obrigatórias, golpista que luta pela terceira dose da covid-19 e o dia internacional da mulher. Essa semana veio cheia de momentos dignos da Curadoria Meio Maravilhosa.
Autoridades ucranianas acusaram a Rússia de atacar com morteiros a rota de saída de civis da cidade sitiada de Mariupol, um dos cinco corredores humanitários que os próprios negociadores russos anunciaram durante as negociações de segunda-feira. “O inimigo lançou um ataque mirando exatamente o corredor humanitário”, disse o Ministério da Defesa da Ucrânia por meio do Facebook. Segundo a nota, o Exército russo “não permite que mulheres, crianças e idosos deixem a cidade”. De acordo com a Cruz Vermelha, os moradores de Mariupol estão enfrentando “condições atrozes”. Muitos deles sem água, energia e aquecimento desde sexta-feira – e é inverno na Ucrânia. O prefeito Vadym Boychenko acusa os russos também de minarem a estrada que leva à Crimeia, que já é ocupada por Moscou desde 2014. (Guardian)
No Conversas com Meio de hoje, o professor Guilherme Casarões, da Fundação Getúlio Vargas, explica as várias teorias sobre como o mundo funciona. O mundo está em transformação, principalmente depois da invasão da Ucrânia pela Rússia. Dependendo de como a gente entende o mundo, essa invasão vai ter razões e motivos diferentes. __ CONVERSAS COM O MEIO
Terminou ontem sem acordo a terceira rodada de negociações entre representantes da Rússia e da Ucrânia. A delegação de Moscou anunciou a criação de cinco corredores humanitários para a retirada de civis das áreas de conflito, mais precisamente de Kiev, Kharkiv, Chernigov, Sumy e Mariupol. Porém, os ucranianos consideraram a proposta “imoral”, uma vez que os corredores levariam os civis para a Rússia e para Belarus, aliada de Moscou. “São cidadãos ucranianos, eles deveriam ter o direito de ir para território ucraniano”, disse, em nota, o governo de Kiev. Durante a noite, um novo ataque com foguetes a áreas residenciais em Sumy deixou pelo menos nove civis mortos, incluindo duas crianças, e fez a Ucrânia ceder e aceitar a proposta russa de um corredor para tirar os cidadãos e levá-los para a Rússia ou Belarus. (CNN)
O cessar-fogo acertado entre russos e ucranianos para a criação de um corredor humanitário que permitiria a evacuação de civis em áreas sitiadas foi violado. Soldados da Rússia dispararam morteiros contra pessoas que tentavam deixar a cidade ucraniana de Irpin matando pelo menos uma mulher e duas crianças (atenção, imagens fortes). Não havia tropas ucranianas oferecendo combate no local onde os civis foram mortos. (New York Times)
Na madrugada de 30 de novembro, um sábado em 2013, a temperatura se aproximava do zero grau na Praça da Independência, centro de Kiev. Desde a tarde anterior, aproximadamente dez mil pessoas se concentravam ali em protestos que pareciam querer se ampliar. O primeiro, ainda miúdo, havia sido no dia 21. No dia 24, 200 mil pessoas chegaram a ocupar a rua com faixas e bandeiras, incentivando a ex-premiê Yulia Tymoshenko, presa acusada de corrupção, a iniciar uma greve de fome em apoio. Mas o governo parecia decidido a não permitir que a manifestação alcançasse seu décimo dia. Eram 4h, havia poucas luzes na rua, quando começaram a desembarcar dos caminhões os homens da Berkut. A tropa de choque da polícia federal, com seus uniformes em camuflagem azul e cinza, coletes negros à prova de balas, balaclavas cobrindo o rosto, capacetes de grau militar, no ombro a insígnia da águia dourada. Escudos. E, nas mãos, cassetetes de ferro. Os quase 300 policiais então avançaram.
Além do horror da guerra, o mundo viveu durante a madrugada o temor de um desastre nuclear na Ucrânia. Após horas de combate, tropas russas tomaram a usina atômica de Zaporíjia, a maior da Europa. Mais cedo, o prefeito da cidade vizinha de Energodar disse que parte da usina estava em chamas devido a um ataque da artilharia russa. Agências de energia nuclear de todo o mundo passaram a noite monitorando os níveis de radiação na área, mas nenhum vazamento foi detectado, e o fogo, que teria atingido uma instalação de treinamento, foi contido. Autoridades locais ucranianas confirmaram a tomada, mas disseram que as equipes da usina seguem trabalhando para garantir o funcionamento e a segurança. Zaporíjia fornece um quinto de toda a energia consumida na Ucrânia. (Reuters)