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Edição de Sábado: Porões, polícias e política

Quatro semanas atrás, a Edição de Sábado trazia o depoimento de Diego Aguiar, morador da favela de Jacarezinho, que havia testemunhado o assassinato, por um policial militar, de Jonatan Ribeiro de Almeida. Ele lamentava que a tragédia tivesse acontecido às vésperas do aniversário de um ano da operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro, com 28 mortos, ali mesmo em sua comunidade. Pois a semana que passou tornou inescapável que o Meio voltasse ao tema. Na terça-feira, nova operação, dessa vez na Vila Cruzeiro, deixou 23 vítimas. No dia seguinte, as imagens de Genivaldo de Jesus dos Santos, 38 anos, contido no camburão onde seria asfixiado com gás lacrimogêneo, em Sergipe, redefiniram a noção de barbárie policial.

Datafolha projeta vitória de Lula no 1º turno

Se o primeiro turno das eleições presidenciais acontecesse hoje, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) seria eleito sem a necessidade de uma segunda votação, segundo pesquisa do Datafolha divulgada ontem. No levantamento, ele aparece com 48% das intenções de voto, oito pontos a mais que a soma dos adversários: o presidente Jair Bolsonaro (PL), com 27%; o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 7%; o deputado André Janones (Avante-MG) e a senadora Simone Tebet (MDB-MS), com 2% cada; e Pablo Marçal (PROS) e Vera Lúcia (PSTU), com 1% cada. Considerando somente os votos válidos, sem brancos e nulos, Lula teria hoje 54%. A pesquisa não pode ser comparada à anteriores por conta da saída de Sérgio Moro (UB) e João Doria (PSDB). Num eventual segundo turno, Lula iria a 58%, contra 33% de Bolsonaro. (Folha)

Bandido bom é bandido morto?

Neste episódio, Mariliz Pereira Jorge fala sobre dois casos que chocaram o Brasil nessa semana: a morte por asfixia de Genivaldo de Jesus Santos, no Sergipe, e a chacina da Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro. “Há algo de muito podre em uma sociedade que acha que bandido bom é bandido morto”, diz a jornalista. Segundo ela, episódios tão cruéis servem para que a população faça a escolha de estar ao lado da civilidade ou da barbárie. Esse e outros temas importantes que movimentaram o país estão aqui, em De Tédio a Gente Não Morre.

Agenda cultural para 27-05-22

A cantora Fabiana Cozza apresenta hoje o show do disco Dos Santos, que celebra a ancestralidade negra e as religiões de matriz africana, em live promovida pelo Itaú Cultural.

PSDB impõe condições pelo apoio a Tebet

Em que pese MDB e Cidadania já terem batido o martelo em favor da candidatura da senadora emedebista Simone Tebet (MS) à presidência, o PSDB, terceiro partido da aliança endurece o jogo. O presidente da legenda, Bruno Araújo, que ajudou a montar o cenário para a desistência do ex-governador paulista João Doria, condiciona o apoio a Tebet à reciprocidade em três estados considerados cruciais pelos tucanos: Rio Grande do Sul, Pernambuco e Mato Grosso do Sul, terra da candidata. “Só vai ter sentido formalizarmos a reunião da executiva quando essa construção política e programática estiver consolidada”, diz Araújo. Ele acrescentou ainda considerar natural que o vice na chapa de Tebet seja de seu partido. (Estadão)

Ex-milicos pretendem roubar do Brasil

Em evento com a presença do vice-presidente general Mourão, três institutos conservadores apresentaram um plano detalhado para o Brasil de 2035. Se você achava que isso seria só uma reunião, saiba que Kim Kataguiri já correu para tentar votar a PEC 206/2019 para discutir uma das etapas desse plano - a cobrança de mensalidade nas instituições de ensino superior públicas.

Os três “golpes” de Jair Bolsonaro

O sistema político de 1988 foi construído deliberadamente contra a herança autoritária do regime militar. A Constituição que lhe serve de baliza jurídica consagrou uma arquitetura institucional pautada por princípios e valores capazes de comportar governos liberais democráticos, como o de Collor e Fernando Henrique; social-democratas, como o de Lula e Dilma; e conservadores, como o de Sarney e Temer. A crise de legitimidade do sistema representativo tornada aguda entre 2013 e 2018 tornou possível, porém, a emergência de uma direita radical, inimiga do Estado de Direito da Nova República.

Brasil e EUA vivem terça sangrenta

Pelo menos 22 pessoas, incluindo uma moradora atingida por bala perdida, morreram numa operação da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal na Vila Cruzeiro, uma das favelas do complexo da Penha, na Zona Norte do Rio. Foi a terceira ação policial mais letal na história do estado. A PM identificou dez dos mortos, incluindo a moradora Gabrielle Ferreira da Cunha, de 41 anos, baleada dentro de casa. Somente quatro deles tinham anotações policiais. A Defensoria Pública do Estado protestou contra ação, justificada pela PM ao Ministério Público pela suposta movimentação de 50 líderes de uma facção criminosa. Após a operação, moradores fizeram um protesto. (UOL)

Conversas

O Conversas com o Meio recebe o psicólogo social norte-americano Jonathan Haidt, professor da Stern School of Business da New York University (NYU). Preocupado com as tendências autoritárias que têm surgido nas sociedades democráticas nos últimos tempos, o professor publicou, na mais recente edição da revista The Atlantic, um artigo que descreve em que momento acontece uma transformação no tipo de diálogo das redes. Haidt revela quando e por que as conversas foram substituídas pela cultura do cancelamento. Ele explica por que redes sociais e democracia não combinam e mostra como podemos resolver esse problema. __ CONVERSAS COM O MEIO